Capítulo 13

1050 Palavras
— Eu sei, eu sei. É que ficamos sem um governante por tanto tempo que tenho medo de que algo aconteça a você, majestade. — Eu compreendo e aprecio o cuidado. Vou ficar o tempo todo aqui dentro e em seu campo de visão, tudo bem? — Certo, mas acho que deveríamos incluir treinamento com armas no seu dia a dia, é bom que saiba se defender além da magia. — Eu concordo com essa ideia. Eles se afastaram em direções opostas. Frederick oferecia o braço para Anaïs e ela fazia alguma gracinha que arrancava uma risada do lorde. Emma sorriu ao observar e então continuou seu caminho até Dante. Dante arrumou a postura e sorriu enquanto fazia uma reverência para a rainha. Ele mantinha a postura aberta indicando que confiava completamente em Emma, precisava que ela o lesse como alguém fiel e gentil, precisava da confiança dela. — O que achou? — São todos muito lindos, senhor Fallace. Ainda irei conversar com os decoradores para saber quais dos seus enfeites poderiam ficar pendurados em nossas árvores sem que sejam um risco para as crianças, mas definitivamente iremos encomendar alguns. Capítulo 7: Dante sorriu como um comerciante satisfeito enquanto Emma elogiava os enfeites.  — Soube que a senhorita vai colocar uma árvore em seu quarto, porque não fica com o enfeite que eu percebi que não queria soltar? Um presente pelo seu retorno ao nosso reino. — ele ofereceu com um sorriso gentil e ansioso. Emma interpretou o sorriso como uma ansiedade em agradá-la, como governante. Hesitou por um momento considerando a ideia, ela havia gostado mesmo daquele enfeite e não seria de bom tom recusar um presente de um súdito.  — Você está falando sério? Porque se não estiver, eu vou ficar muito chateada. — Estou falando sério. — ele prometeu. Emma sorriu com uma alegria como a de criança ao abrir os presentes na manhã de Natal. Caminhou ao longo da mesa e parou diante de uma estrela para o topo da árvore, ela era dourada, porém moldada com diversos furos, com glitter por dentro ele todo. O que realmente chamava a atenção de Emma para o objeto, é que parecia ter sido moldada no vidro e isso a tornava uma peça diferente e linda. Segurando a estrela com cuidado entre suas mãos, ela caminhou de volta até Dante que esperava pacientemente a escolha. Emma ao parar diante dele estendeu as mãos para que ele visse o objeto escolhido. — Eu achei que iria escolher a bola de natal com tons da estação, mas a estrela é uma boa escolha. — ele comentou — Vou pedir que deixe aqui para que eu faça o inventário e embrulhe, depois levarei para você. — Tudo bem, obrigado pelo presente. Emma se inclinou e deu um beijo na bochecha de Dante, apenas um encostar de lábios rápido antes de se afastar e já caminhar para se encontrar com Anaïs e Frederick. — Seu lordezinho é muito careta. — declarou Anaïs ao ver a amiga. — Você é careta, Frederick? — Não sou careta, só que quando se trata de decoração de árvore de natal, eu simplesmente prefiro que as coisas sejam feitas da maneira tradicional. Além disso, — ele acrescentou — eu não confio nesse Fallace. — Dê tempo ao tempo Fred, querido. Descobriremos a índole de Dante com o correr dos dias, por enquanto voto a favor dele, me deu uma linda peça de vidro para minha árvore. — Não se deixe bajular por presentes, majestade, isso pode ser perigoso. — Nisso eu concordo com ele. — Não estou e não vou. Apenas acho que pessoas com bom coração são dadivosas e tendem a ser mão aberta, dar mais do que receber. — Terminamos aqui? Porque realmente precisamos ir para o vilarejo. — alertou Frederick. — Creio que sim, podemos ir. Anaïs pode vir junto? — Ela vai me zoar o caminho inteiro? — Pode apostar seu título real que vou. — respondeu a jovem. Ele suspirou e pediu que James pedisse que preparasse a carruagem. *** Dentro da sala trancada, ele desfez o feitiço nos objetos e os guardou de volta na mala, todos exceto a estrela. Nesse em particular, ele selou o feitiço, assim fazendo a estrela ficar naquele estado, tornando-o em um enfeite permanente. E também colocou um feitiço vigilante que seria conectado ao espelho de mão que pertencia a Madelyn, mas que estava com ele para a execução da magia. Para quem perguntasse, ele dizia que estaria em seus aposentos e foi para lá que Dante realmente foi. Porém, ao chegar, fechou a porta e foi até o corvo empoleirado no peitoril da janela. Retirou o pergaminho, estavam escritas coordenadas geográficas. Caminhou até a mala e dela retirou o espelho antes de fechar e colocar debaixo da cama. Trancou a porta do quarto e então se teletransportou para a localização. — Até que enfim, achei que teria que esperar eternamente por sua aparição. — uma voz feminina e irritada comentou. — Desculpe a demora, mas manter a aparência de um artesão demanda muito, sabe, eu literalmente tenho que mostrar produtos ou irão duvidar da veracidade de meu papel. — Não me importo com o que precisa fazer. — ela retrucou — Trouxe o que pedi? — Sim, Madelyn. Uma figura loira surgiu por entre as árvores. Madelyn tinha um rosto jovial, mas suas expressões exibiam crueldade. Ela não era alta, tinha estatura mediana para baixa, ainda assim, ela tinha belas curvas e seus lábios eram carnudos. Seus olhos eram verdes como esmeraldas e alguns pontos de castanho se faziam presentes. Naquele momento trajava um longo e quente casaco preto, ele moldava seu corpo de forma a mostrar suas melhores vantagens. — E funciona? — Creio que sim, ainda não tive a oportunidade de testar, vim entregar-lhe o espelho antes de dar a ela a estrela. — ele explicou e logo se encolheu sabendo a bronca que viria. — Seu t**o i****a, eu deveria quebrar esse espelho em sua cabeca, assim aprenderia a fazer as coisas direito. Porém não posso arriscar quebrar a única forma de ver a nova Rainha e conhecer seus pontos fracos. — Devo voltar para o castelo? — Sim, vá, cansei de sua incompetência. — ela o dispensou com um gesto da mão.
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