A voz dela é lei, patroa do morro

1537 Palavras

Tucano narrando Os dias foram passando… e eu já tava ficando agoniado naquela cama. O corpo ainda fraco, os movimentos lentos, mas a cabeça… a cabeça já tava mil. Pensava no morro, nas fitas, nos meus… mas principalmente nela. Bruna. A pequena não desgrudou de mim em momento nenhum. Vi ela dormir sentada na poltrona, vi ela chorando baixinho achando que eu não percebia. Vi ela rezando de olhos fechados, pedindo a Deus por mim… e isso, parceiro, isso foi o que mais doeu e mais me fortaleceu ao mesmo tempo. Cada toque dela me trazia de volta. Cada palavra, cada beijo de boa noite, cada bronca quando eu tentava levantar sem permissão dos médico. — Tu vai ficar bom, mas tem que ter paciência, cabeça dura. — ela dizia. E eu tentava obedecer… tentava. Mas minha natureza é outra. Sou cria do

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