O quarto estava preparado como um ateliê de metamorfoses. Sobre a cama king size, caixas de veludo abertas exibiam colares, brincos e pulseiras como troféus à espera de uma vencedora. Um cabideiro de ferro, colocado ao lado do armário, sustentava fileiras de vestidos luxuosos, cada um mais imponente que o outro, cintilando sob a luz suave do abajur de cristal.
Jean caminhava lentamente pelo espaço, mãos nos bolsos, o olhar atento a cada detalhe como se fosse um general inspecionando suas armas antes da batalha.
Izzie, ainda sentada à beira da cama, olhava ao redor com um misto de fascínio e insegurança. O quarto parecia pertencer a outra vida — não a dela. Tecidos reluzentes, saltos altíssimos, maquiagem cuidadosamente organizada em uma penteadeira iluminada.
Jean parou diante dela.
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