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638 Palavras
Capítulo 5 Gilmara narrando Eu vejo as noviças entrar para dentro do convento e aquela noviça em especial, me deixou encasquetada e nervosa com seu comportamento, já senti que aquela ali iria me dar um grande trabalho. Madre Maria Tereza sai de dentro do convento e vem em minha direção, ela se esquiva e me encara. — Quem é aquela garota mesmo? — Janaina – ela fala e eu a encaro — Ela é a primeira que vai rodar, você me entendeu? – eu falo — Não acho que ela tem que ser a primeira – ela responde – Janaina é muito devota, desde pequena sempre disse que queria fazer seus votos, as meninas não iriam acreditar se ela desistisse. — Eu tenho a sensação que ela vai me dar trabalho – eu respiro fundo – faça ela ficar na dela! Se não, ela terá consequencias mais sérias. — Você sabe que sempre pode contar comigo – ela fala – vou manter Janaina ocupada de mais para pensar em outra coisa. — Demorou muito para isso acontecer – eu falo – você deveria ter feito uma lavagem cerebral nessas meninas antes mesmo delas virem para cá, ainda mais sabendo as noviças que tem. — E você me avisou quando a gentre iria vir? – ela pergunta – do nada, você disse que deveríamos estar no morro. — Está ficando muito difícil comandar essa vida dupla – eu respondo – Leandro já estava desconfiando das minhas viagens, já tive que matar uma tia umas quatro vezes. Uma hora ele iria descobrir e não poderia me desfazer desse negocio. — Precisamos de noviças novas – ela fala — Não se preocupa – eu respondo – agora com o convento aqui do meu lado, será fácil comandar tudo. — E seu marido não vai suspeitar de nada? — Leandro está ocupado com outras coisas – eu falo para ela e ela me encara – Pode deixar, que dele eu cuido! Você cuida dessa noviça, espero que você não esteja me escondendo nada e que não tenha motivos para proteger tanto ela. — Não protejo Janaina – ela fala – só que ela é muito influente na vida cristã e acho que seria muito difícil de convencer as outras, que ela sairia! — Talvez a gente precise dar um motivo – eu falo e ela me encara — Como? — Pensarei em algo – eu falo para ela. Ela sai andando de volta para dentro do convento e eu fico ali parada de braços cruzados, Leandro se aproxima de mim e eu levo um susto quando ele encosta suas mãos em meu ombro. — Está com medo de algo? – ele pergunta já desconfiado — Não – eu respondo – estava observando as reformas – ele encara — Não sei porque um convento dentro do morro – ele fala. — Para proteger a todos – eu falo – vocês precisam de bastante proteção – ele me encara — A minha proteção é meu fuzil – ele fala – e a minha pistola. – eu o encaro — Sempre fui devota e você sabe disso – ele me encara – estão passando por necessidade na cidade de origem, não poderia negar ajuda a uma antiga amiga, como Madre Maria Tereza. — E pensar que um dia você foi noviça – ele fala — Não fui noviça – falo rindo – estudei – ele acende um baseado – onde vai? — Preciso resolver uma parada, não sei se volto hoje! – ele fala — Como assim? – eu pergunto — Assunto do morro – eu olho para ele e ele me encara. Eu assinto com a cabeça e Leandro sai andando, não estar sobre o controle da situação, ainda mais sobre o controle de Leandro me deixa um pouco irritada. QUEM ESTA AQUI ACOMPANHANDO?
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