Capítulo 1
Leandro narrando
Eu entro no quarto e vou para o banho, quando saio do banho encontro Gilmara, ela me encara.
— Leandro, você já sabe sobre algo da morte do seu pai? – eu a encaro
— Não , ninguém viu nada! Somente quando meu pai já estava morto.
— Quem encontrou ele? – ela pergunta
— Um vapor – eu respondo – eu vou ter que dar uma saída.
— Agora? – ela pergunta – você acabou de enterrar seu pai.
— Por isso mesmo, preciso resolver umas coisas. Eu volto logo.
Eu saio de dentro de casa e acendo um baseado, essa invasão tinha acontecido somente para que meu pai fosse morto, quem comandou ela, fez ela certeira, tirou o foco de tudo e levou meu pai lá para cima por algum motivo, era alguém próximo eu tinha certeza disso.
Eu subo na moto e vou até onde Patrycia estava, eu fico cuidando ela sair e vejo quando um táxi para na frente da pousada, eu saio de cima da moto e pego ela pelo braço.
— Precisamos conversar! – eu falo para ela e ela me encara
— Me solta, Leandro. Agora! – ela me encara
— Você não pode ir embora!
— Ah não – ela fala me encarando e abrindo um sorriso irônico – devo ficar no morro vendo você se casar com outra? Sendo humilhada?
— Eu não queria que isso tivesse acontecido, eu estou disposto a largar a Gilmara para ficar com você – eu falo olhando para ela e ela me encara
— Não precisa disso – Patrycia fala me encarando – eu não quero mais você e nem ficar naquele morro.
— E seu restaurante? Algo que demorou tanto para construir.
— Eu reconstruo novamente – ela responde
— Por favor não vai embora, estou te pedindo!
— Deveria ter pensado nisso antes de acreditar que eu pudesse ter te traído – ela me olha – você foi injusto comigo e isso não tem perdão.
— Você não precisa ir embora, assumo meu erro!
— Agora é tarde – eu olho para ela – eu preciso ir , vou perder meu voo!
Eu largo seu braço e ela entra no táxi, vejo o táxi se distanciar e meu celular começa a tocar e era Gilmara, eu acendo um baseado antes de subir na moto, respiro fundo e voltlo para o morro.
Quando chego no morro vejo os vapores para cima e para baixo, a tensão estava bem forte após a morte do meu pai, mas a minha tensão também era por ter perdido Patrycia e só quando eu vi ela indo embora, é que eu entendi a merda que eu tinha feito.
— Meu amor -Gilmara fala se aproximando e eu encaro ela – acabei de vir no médico, está tudo bem com nosso bebê – ela beija a minha boca mas ver que não retribuo – está tudo bem?
— Sim, preciso resolver uns negócios no morro – eu falo e ela me encara assentindo com a cabeça.