ISABELA NARRANDO A dona Helena m*l fechou a porta do quarto do Davi e já começou a suspirar daquele jeito de mãe exausta que vive com o coração na mão. A gente saiu pelo corredor enorme, todo iluminado, aquelas luzes embutidas que fazem a casa parecer um hotel cinco estrelas. Eu fui andando ao lado dela, observando tudo com cuidado, porque cada canto ali valia o meu aluguel inteiro de um ano. — Isabela… — ela começou, ajeitando o cabelo atrás da orelha, toda desconcertada. — Eu quero te pedir desculpas antecipadamente por qualquer coisa que o Davi venha a dizer. Ele está… muito difícil. Muito mesmo. Eu dei uma risadinha leve, sincera, quase debochada sem querer, porque eu já tinha percebido isso na primeira olhada que ele me deu. — Dona Helena, fica tranquila. — sorri, segurando minha

