33

1282 Palavras

ISABELA NARRANDO Eu entrei no carro ainda meio zonza do dia, sabe? Aquelas 12 horas que parecem 48, quando a cabeça tá cheia e o corpo só quer uma cama. O filho do Romeu, que eu só percebi que não era o Romeu quando sentei no banco de trás deu partida no carro e aquele ar-condicionado geladinho bateu no meu rosto como uma bênção enviada diretamente do Céu. Encostei a cabeça no vidro, deixei o cinto apertar minha cintura, respirei fundo e quase apaguei. O motor do carro fazia aquele ronronado gostoso que embala o sono, a rua passando devagar por São Conrado, e eu já tava piscando lento quando ouvi a voz dele: — Cansada, né? Abri os olhos devagar, meio sem entender se ele tava falando comigo ou com o GPS. — Bastante — admiti, ajeitando o corpo no banco. — Começo sempre é puxado. Ele de

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR