MAIA SOLIS Pela noite, volto ao maldito bar que hoje está cheio. Caminhoneiros comem, bebem e conversam entre si, volta e meia encarando-me. Esperam qualquer inclinação minha para me levarem até seus caminhões. Alejandra segue grudada no celular, em meio às suas panelas, esperando algum sinal de Javier. A vida é um saco. — E então, Maia. Decidiu? — Travis questiona. — Já disse que não. Vou resolver sozinha. — Nem se atreva a captar os clientes daqui e ganhar sozinha! — Ele diz, me acuando no balcão e apertando meu braço. — Me solta! — Acha que eu não conheço gente da sua laia? Atravessam a fronteira e ganham as nossas custas. Bem, aqui não. Se for abrir as pernas para alguém, eu vou ganhar também, ouviu? — Eu não faço programas! Qual o seu problema? Eu sou americana, seu i***

