MAIA SOLIS Assisto enquanto tia Lúcia tenta esconder a tristeza durante o jantar, falando amenidades, contando fofocas e falando sobre novelas. Essa mulher precisa que algo dê certo. — Vou tentar um empréstimo amanhã. — Digo. — Querida, m*l conseguimos pagar o primeiro. — Ela se refere ao que apliquei no negócio de Daniel, na empresa que seria nossa e na qual trabalharíamos após o casamento. — Desculpa. — Pare. Você o amava e ele sempre foi bom com as palavras. Não tinha como você saber que ele era um cafajeste. — Eu vou dar um jeito, tia. Eu juro. Após o jantar, sigo para meu trabalho noturno e, Deus, como eu odeio isso. O bar fica à beira da estrada e os caminhoneiros fazem parada para comer, descansar e procurar alguma garota para ter alívio. O problema é que sempre acham q

