[NARRADO POR LEONARDO VERANO – AINDA SÁBADO, AINDA ATORDOADO] Fiquei ali, sozinho. A sala ainda cheirava a café requentado, orgulho ferido e uma pontinha de saudade antecipada do que, até ontem, era uma rotina previsível. Me encostei na porta. Olhei pro teto. Suspirei. E aí... O maldito e-mail voltou à minha cabeça. > “...sem chefe p*u pequeno...” Revirei os olhos. E ri. De novo. Sozinho. — “p*u pequeno...” — repeti, como quem degusta o insulto mais aleatório e mais hilário que já recebeu por tabela. Automaticamente, meu olhar desceu. Sim. Pra ele. Pro “digníssimo”. Pro “instrumento da verdade”, como diria Marina, se estivesse com tequila na veia e filtro zero na boca. E a conclusão? Modéstia à parte... a moça mandou m*l no juízo. Porque, se tem uma coisa que a genética V

