📺 [NARRADO POR MARINA ALVES – SÁBADO DEPOIS DO CAOS]
Acordei com o cabelo parecendo que saiu no tapa com um liquidificador e perdeu.
Literalmente.
Um ninho de pombo ansioso. Uma arte abstrata feita com frizz, suor seco e vergonha residual.
Levantei devagar, igual idosa no segundo dia de crossfit emocional.
O sol já entrava pela fresta da cortina e o ventilador girava com a preguiça de quem viu tudo e não quer opinar.
— “Achei que tu nem tava em casa.” — disse minha mãe, da cozinha, com a voz carregada de indireta e café.
— “Oi pra senhora também, Cláudia.” — respondi, bocejando e coçando a b***a com a dignidade de quem já esfregou papel higiênico em CEO gostoso.
Ela me olhou por cima do óculos de grau, segurando uma espátula como quem segura um cetro de julgamento.
— “Tu vive na c
