Igor
acordei com cabelo na minha cara, tudo muito novo, deixa eu raciocinar.
agora vocês me perguntam o motivo de eu querer tanto estar perto dela, e eu não vou saber responder. eu sempre segui o que eu queria, não sou de negar meus sentimentos, a questão é que isso ta tudo estranho ja que eu nunca quis ta perto de ninguém.
levantei da cama devagar pra não acordar ela, peguei uma roupa qualquer e minha toalha e fui pro banho, coisa rápida, só pra acordar mesmo. Sai do banheiro vendo ela toda encolhida, brisei um pouquinho ali mas ja sai do quarto descendo pra sala.
peguei meu celular no sofá vendo as mensagens, tavam me chamando pra ir na boca, peguei a chave da moto e sai de casa montando na moto e ja acelerando pra boca principal.
passei buzinando para as crianças na rua e acenando pros moradores, deixei a moto paradinha do outro lado da rua e desci atravessando entrando na boca e cumprimentando todo mundo.
Matador: oq q pega? - perguntei pro lagarto entanto rodava a chave da moto no dedo, ele passou a mão na cabeça abaixando e eu ja parei de mexer na chave e fiquei em alerta.
Lagarto: então... - levantou a cabeça - meio que a salinha ta destruida - franzi as sobrancelhas - cheguei aqui não tinha ninguém na segurança e tudo revirado, falei com os vapores da noite e eles disseram que o Jp liberou - ja me estressei.
Matador: como q vcs me deixam essa p***a sozinha em dia de baile???? tão ficando louco p***a?
Lagarto: eu não tenho nada a ver com isso, vim pegar meu turno e ja não tinha ninguém.
Matador:cadê o jp??
Lagarto: não faço idéia
Xx: tio Matador! - ouvi um garoto me chamando e me virei vendo o Gabriel que mora aqui do lado, ele se aproximou esticando a mão e eu fiz um toque com ele.
Matador: fala meu bom - dei uma abaixada ficando na altura dele.
Gabriel: tio, eu vim contar uma coisa, não é querendo ser dedo duro não, é pq eu sei que tem que falar a verdade prós responsáveis.
Matador: isso ai biel, agora pode falar pro tio.
Gabriel: eu fiquei sabendo que vc ta procurando o Jp, eu vi ele entrando aqui ontem a noite lá pelas 2 da manhã, e só saiu as 5 sendo levado por duas mulheres - desviei o olhar dele olhando pro lagarto que levantou as mãos em rendição.
Matador: vc sabe qm era as mulheres biel?
Gabriel: pô tio, sei não, mas foram pra la - apontou pra esquerda.
Matador: ele ajudou mais q vc - falei levantando e passando a mão na cabeça do Gabriel - ta com fome? - perguntei pro garoto que assentiu - vem - encostei na cabeça dele incentivando ele ir pra frente.
Gabriel: deixa só eu avisar minha mãe tio, 2 minutinhos - assenti e ele saiu correndo.
Matador: descola dois capacete ai - falei pro lagarto que entrou na boca, não demorou muito pra ele sair com oq eu pedi, peguei os dois - tenta descobrir quem era as mulheres, e passa esse b.o ai pro Perigo, fala q eu mandei ele resolver - fiz toque com ele e fui até minha moto colocando um capacete.
Gabriel: voltei - respirou ofegante e eu sorri entregando o outro capacete - vamos andar de foguetão? - o olho dele chegou a brilhar, só assenti com a cabeça montando na moto, ele colocou o capacete e eu ajudei ele a subir
o biel é bem magrinho, 10 anos, moreno com o loiro pivete, cria de favela ne.
tirei o pezinho da moto do chão acelerando ela saindo do lugar. fui devagar até sair do complexo, mas dai acelerei mais quando sai sentindo os bracinhos do garoto na minha cintura, só ri.
queria levar ele pra praia porém muito longe e eu tenho mais planos pra hoje, tamo aqui por perto, só não la dentro.
parei a moto e ele desceu, tirei o capacete pindurando no retrovisor, ele me entregou o outro eu deixei do outro lado. Desci da moto e fui entrando na lanchonete sendo seguido pelo biel.
Matador: pode pegar oq vc quiser, ta merecendo - sentei em uma mesa e uma garota logo se aproximou.
Xx: oq vai querer? - deu um risinho de canto, ignorei.
Matador: um café preto e dois pão de queijo.
Xx: mais alguma coisa?
Matador: oq ele quiser - apontei pro Biel.
tomei meu café vendo o Biel todo feliz comendo oq ele queria, garoto é bom, merece. Peguei umas coisas lá pra doida comer e montei na moto depois de colocar o capacete esperando o Gabriel. assim que ele subiu eu acelerei indo pro cpx.
coisa de 5 minutos pra eu estar na porta da casa do Gabriel.
Biel: valeu tio - fez toque comigo e me entregou o capacete.
Matador: toma - tirei uma nota de vinte dando pra ele - valeu menor - sorri, ele acenou pra mim e correu pra dentro todo feliz.
acelerei a moto entrando em um beco, chegando já na minha casa. estacionei a moto na garagem, coloquei os dois capacetes nos retrovisores e entrei em casa. Silêncio e nada diferente, deixei a sacola na mesa e fui até meu quarto não encontrando ela lá. deve ter ido pra casa, e eu que não sou b***a liguei, eu ja disse que tinha planos.
peguei uma bolsa colocando algumas roupas dentro, nada demais. tirei meu celular da cintura, deixando avisado pro mano que cuida da casa que eu tava constando. joguei a mochila nas costas e desci as escadas vendo a resposta, deixei o celular na cintura de novo, peguei a sacola com as coisas que eu comprei e a chave do meu carro.
tranquei toda a casa, deixei minha mochila no banco de trás e a sacola no painel, entrei no carro, coloquei o portão pra abrir e liguei o carro logo saindo dali. Apertei pra fechar o portão e acelerei indo devagar pra casa da minha irmã.
estacionei o carro na rua, peguei as chaves daqui e entrei na casa subindo as escadas devagar sem fazer barulho. ouvi alguma música tocando mas não identifiquei. passei pela porta do quarto da minha irmã onde ele tava toda jogada dormindo, essa garota não tem fim.
me escorei no batente da porta vendo a loira sentada no chão pintando a unha e cantando baixinho planos que era a música que tocava.
igor: bora loirão - ela deu um pulo virando pra mim na hora e colocando a mão no peito.
Fernanda: p**a que pariu matador - ficou um tempinho respirando e eu ri baixo - entrou como?
Igor: eu tenho as chaves - levantei elas e chacoalhei.
Fernanda: então vamos - levantou do chão, pegou o esmalte, calçou o chinelo e a mochila que estava em cima da cama ela jogou nas costas - vai acordar a Carol? - foi saindo do quarto e eu seguindo.
Igor: não tem necessidade - ela me olhou rápido fazendo uma cara lá e eu ri baixo, descemos as escadas e chegando na porta ela parou.
Fernanda: espera eu comer - foi passar pra cozinha mas eu impedi.
Igor: eu comprei as coisas pra vc comer, ta no carro.
Fernanda: que empenhado - revirei os olhos sorrindo d ladinho e abri a porta da casa saindo, ela trancou a porta e eu puxei o portão, esperei ela passar e enconstei.
Igor: entra - apontei pro carro com a cabeça depois de destrancar ele - põe suas coisas no banco de trás - ela assentiu e eu dei a volta no carro entrando no motorista.
Fernanda: pra onde a gente vai? - falou depois de entrar e fechar a porta.
Igor: ja vc descobre - olhei pra ela e logo desviei pegando a sacola e colocando no colo dela.
liguei o carro acelerando em direção a pista, não demorou muito também pra chegar na rodovia e eu acelerar mais sentido Angra.
Fernanda: vc é maluco - deu risada.
Igor: vc que ta com um cara com um histórico duvidoso indo pra um lugar desconhecido - olhei pra ela rápido que abriu um pouco a boca e eu dei risada voltando a atenção pra rodovia.
Fernanda: é, eu sou maluca - assentiu com a cabeça e eu ri.
Igor: ta comigo, ta com Deus - olhei pra ela rápido que levantou as sobrancelhas duvidando - confia.
Fernanda: eu estar aqui já indica que eu estou confiando - riu.
ela ja tinha comido e tava quietinha olhando a estrada, peguei meu celular no painel, desbloqueie e joguei no colo dela.
Igor: deve estar conectado no carro, põe alguma música ai - falei sem olhar pra ela.
Fernanda: alguma preferência?
Igor: nenhuma - olhei pra ela rápido depois voltei a atenção pra pista.
na hora que eu ouvi o comecinho de "lip tint" eu percebi mais uma qualidade nela, o gosto pra música.
Fernanda: não vou trocar - levantou as mãos em rendição.
Igor: as vezes acho que ta tudo certo ligando pros amigos que mexe com o errado...
foram duas horas ouvindo músicas e brincando com a cara dela até chegar na entrada de Angra.
Fernanda: mentira - falou assim que eu virei o carro sentidoa cidade mesmo - mano, eu amo esse lugar.
Igor: eu também - falei baixo.
depois de mais 20 minutos cheguei na casa, estacionei o carro bonitinho e desci do carro, peguei as coisas no banco de trás, chamei a Fernanda e entrei em casa, joguei as duas mochilas no chão mesmo.
me virei pra loira que tinha acabado de fechar a porta e me aproximei fazendo ela voltar, deixando ela "presa" na porta.
Fernanda: oi - riu.
Igor: oi - coloquei o cabelo dela atrás da orelha e fiquei só olhando no olho dela, mas dai eu olhei pra boca, vontade bate.
me aproximei mais e eu nem precisei fazer nada, quem veio foi ela. o beijo encaixou na hora, coloquei as duas mãos no seu pescoço e dei um passo pra frente prendendo ela na porta de novo.
tudo muito intenso, se eu quero algo eu falo, eu faço acontecer, não sou pessoa pra ficar enrolando, vida é curta demais e eu tô aqui pra viver. fui finalizando o beijo com selinhos e logo depois vi o sorriso dela.
Igor: a gente tem dois dias e uma casa inteira pra explorar, vem - puxei ela indo direto pra varanda de frente pro mar.