Seven Days
Wednesday
P.F. Amaro
Como sempre, Matthew estava em sua porta bem cedo, Taehyung correu até o carro antes que sua mãe resolvesse sair para falar com seu namorado. Não queria ter sua mãe fazendo comentários desnecessários logo de manhã cedo. Evitaria esse constrangimento. Entrou no carro do americano muito mais animado do que costumava entrar, Matthew nunca viu Taehyung sorrir tanto logo de manhã.
— Bom dia, Matthew. — o mais estranho foi ver o biquinho do coreano de olhos fechados esperando por um beijo.
Mas Matthew não o beijou.
— Quem é você e o que fez com o Taehyung?
O Kim abriu os olhos e bufou, não esperava que a reação de Matthew fosse essa, era para o altão estar feliz por vê-lo mais animado, e não achar isso tudo estranho. Matthew Kim não estava sabendo seguir o baile.
— Conversei com mamãe ontem sobre o nosso encontro e ela me disse para ser mais legal com você, já que você tem se mostrado um bom namorado pra mim, e claro, falei pra ela que você queria sair comigo depois da aula, mas ela disse que queria te conhecer e por isso pediu para que eu te convidasse para jantar na nossa casa hoje à noite. — Matthew não sabia que Taehyung conseguia falar por tanto tempo sem parar para respirar.
— Tá todo sorridente assim só pra me convencer a ir, não é?
— Naturalmente que sim.
Chantagista, o sorriso de Taehyung era tão largo quanto falso, o menor sabia que tinha que convencer Matthew a ir a esse jantar ou sua mãe não o deixaria em paz nunca, ou pior, iria ela mesma atrás do americano só para o conhecer. A Sra. Kim sabia conseguir o que queria, isso todos ali já tinham certeza.
— Tudo bem, mas por uma condição.
A expressão marota no rosto de Matthew já dizia tudo. A de pânico na cara de Taehyung já respondia por si só.
— E o que seria essa condição? — perguntou já sabendo que iria se arrepender.
Matthew começou a rir, não aguentava a cara de terror que Taehyung fazia, o menor era facilmente assustável, ficava apavorado por tudo. Sinceramente, já estava começando a acreditar que Taehyung era apenas um garotinho virgem com medo da humanidade. Precisava protege-lo, apenas isso, mas antes brincaria muito com a sua cara.
— Me beije, Taehyung.
O menor suspirou mais aliviado, tinha que confessar que em sua cabeça só se passou as piores besteiras. Taehyung não tinha uma mente poluída, longe disso, mas quando se tratava de Matthew, só esperava que fosse o pior possível, não conhecia o americano o suficiente para entender exatamente o que o mesmo queria de fato com ele.
Então Taehyung o beijou cumprindo sua condição. Esperava ter o mesmo beijo calmo da noite passada, mas quando sentiu as mãos de Matthew o puxando pela cintura descobriu que não seria mais tão calmo assim. A língua do maior invadiu sua boca com uma certa brutalidade, teve que ser rápido para acompanhar aquele ritmo novo. Quando se deu conta, o Kim já havia o puxado para seu colo, e agora Taehyung se encontra sentadinho no colo alheio, mas o beijo estava tão intenso que nem teve tempo de se dar conta de quão constrangedor isso era.
Aquelas mãos o apertando e traziam sensações nunca sentidas, Taehyung não sabia como era ser tocado com possessividade, ainda mais dentro de um carro, pior ainda sendo pelas mãos de um homem. Quando Matthew soltou seus lábios, o menor pode enfim respirar e se dar conta de onde estava.
— Matthew... — tentava respirar, mas estava cada vez mais difícil, ainda mais enquanto o maior beijava seu pescoço — Temos que ir... aula.
O americano faltaria a aula se Taehyung concordasse, porém sabia que o menor jamais concordaria com isso. Deixou ele descer e sentar no banco do passageiro. Taehyung preferiu colocar o cinto antes de começar a se ajeitar, segurança em primeiro lugar. E ele não estava se referindo a acidentes no trânsito.
Matthew o acompanhou até a sala de aula como sempre, mas desse vez Taehyung optou por ser diferente, ao pararem na porta, o menor se esticou até tocar os lábios do mais alto, em um selinho rápido de despedida. O americano foi embora logo em seguida.
Taehyung estava um pouco vermelho, mas mesmo assim foi para o seu lugar como se nada tivesse acontecido. E foi preciso apenas sentar para ser rodeado por seus amigos, que pareciam até mesmo urubus voando em carniça quando o viram. Se fossem um pouco mais invasivos, sentariam em cima dele.
— Você e o Matthew formam um casal tão fofo! — Taehyung achou o comentário de Jiwoo muito desnecessário — Acha que está se apaixonando por ele?
Tá aí algo que o Kim ainda não tinha parado pra pensar. O que estava sentindo pelo americano? Gostava de ter a companhia dele, mas isso significava algo mais? Ainda não podia se dizer apaixonado, mas no mínimo estava curioso em relação a ele. Matthew lhe despertava sensações que há muito tempo não sentia, estar com o maior era confortável.
— Não sei exatamente o que sinto, mas está sendo diferente do que qualquer relação que eu já tenha tido antes. — teve que confessar, e era bom pensar naquilo, foi a primeira vez naquela semana que pensou em Matthew como sendo de fato o seu namorado.
— É claro que está sendo diferente. — BamBam era o dono dos comentários mais descabidos e constrangedores da rodinha — O cara te pegou de jeito, nenhuma garota te pegou de jeito que nem ele pegou!
Se não fosse pra fazer alguém passar vergonha, BamBam nem saia de casa.
— Ele não me pegou de jeito, pare de falar essas coisas. — o Kim encolheu-se na cadeira, estava acostumado com as bobagens que BamBam falava, mas não quando essas bobagens se referiam a si.
— Como não? — o tailandês recostou seus cotovelos na mesa e se esticou para tocar o pescoço de Taehyung — Olha o tamanho desse chupão no seu pescoço!
O movimento de levar as mãos até onde BamBam tocava foi involuntário, sua pele estava mesmo com uma textura diferente e aquilo lhe deixou desesperado. Jiwoo lhe entregou um pequeno espelho, por onde o coreano pôde ver a enorme marca roxa exposta no lado direito do seu pescoço.
— Eu não acredito nisso, Jiwoo, me ajuda a esconder! — o desespero era bastante claro em seu tom de voz.
A menor revirou em sua bolsa a procura de uma maquiagem que pudesse ocultar a marca enorme no pescoço do Kim. Mas o pior foi fazer isso com metade da turma olhando e especulando coisas.
[...]
Chateado. Era assim que Taehyung, não era tão bom com maquiagens quanto Jiwoo, ou melhor, não tinha esse tipo de coisa em casa, e sua única opção era vestir uma camisa de gola alta. Se sua mãe visse aquilo, ela com certeza faria comentários ainda piores do que os de BamBam. A Sra. Kim conseguia ser a pessoa mais inconveniente do mundo quando o assunto era constranger o próprio filho.
O celular vibrando na cômoda indicava uma mensagem de Matthew avisando que já estava lá embaixo. O Kim terminou de se vestir e desceu, dando de cara com sua mãe espiando pela janela, toda esticada tentando ver o rapaz parado perto da calçada. Taehyung não se impressionava mais com as atitudes da mãe.
— Será que não podia esperar até ele entrar? — o coreano reclamou passando por sua mãe e abrindo a porta.
Saiu de encontro até onde Matthew estava. O mais alto permanecia parado ao lado de seu carro, muito bem arrumado e com um cheiro que podia ser sentido de longe. Só estava com ele há três dias, mas parecia ser mais tempo, Matthew o deu uma liberdade tão grande que se sentia à vontade com ele.
Parou diante do mesmo, Taehyung sempre foi um rapaz alto, mas a altura de Matthew o fazia sentir como os outros, até mesmo tinha esquecido de como era ter que olhar para cima para ver o rosto de alguém, sempre foi mais alto que seus demais amigos. Matthew era diferente em tudo, não só em ser mais alto, mas em tudo, Matthew Kim lhe trazia um conforto que até então não conhecia.
— Entre, meus pais estão te esperando. — Taehyung estendeu uma de suas mãos em direção a Matthew, esperando que ele a segurasse.
Matthew até mesmo segurou a mão de Taehyung, mas não saiu do lugar, permaneceu o segurando pela mão. O mais velho não entendeu nada, franziu o cenho enquanto encarava o americano.
— Me beije, Taehyung.
— Você sempre me pede para beijá-lo, por que faz isso? — não segurou a curiosidade em perguntar, achava interessante a forma como Matthew falava, sempre o pedindo permissão para tudo — Por que não me beija sem avisar?
— Eu posso te beijar sem prévio aviso?
Dizer que sim daria a Matthew um passe livre para beijá-lo quando quisesse, mas dizer que não tornaria aquela relação estranha. Mas não podia se deixar levar por pressões externas, sua reposta tinha que ser sincera, gostava dos beijos de Matthew, admitia isso para si mesmo, gostava dele por perto, gostava que ele fosse seu namorado.
— Sim, Matthew, você pode me beijar quando quiser.
O maior sorriu, a mão livre foi de encontro com a cintura de Taehyung, que não se assustou, esperava que o namorado fizesse isso. Em questão de segundos sentia seu corpo se unir ao do mais novo, em automático fechou seus olhos esperando pelo contato que viria. Mas não veio, esperava que Matthew o beijasse, mas ele não o beijou.
Quando abriu os olhos, viu o maior se afastar e o puxar pela mão em direção a casa. Estava ainda mais confuso.
— Por que não me beijou? — perguntou demonstrando um pouco de sua frustração na voz.
— Você disse “quando quiser”, não quero agora.
Se já sentia vontade de batê-lo, agora sentia muito mais. Porém não fez nada, continuou andando enquanto Matthew o puxava pela mão. Já de frente para porta, o maior o soltou, parando de imediato perante a madeira. Esperou Taehyung mesmo abrir, mas o menor não abriu, permanecendo paradinho ali.
O Kim mais velho passou pela frente do maior, se pôs de costas para a porta, diante de Matthew, ficando entre o rapaz e a porta.
— O que foi? — Matthew teve que perguntar.
— Nunca apresentei ninguém para minha família. — Taehyung se deu ao luxo de confessar, não sabia o que aconteceria ou o que mudaria a partir do momento que apresentasse Matthew para eles — O que muda depois disso?
— Em relacionamentos normais, muita coisa. No nosso, nada.
Taehyung não entendeu o que ele quis dizer com aquilo. Por que não mudava nada no relacionamento deles? Seu relacionamento com Matthew não era normal?
— Matthew, me dê um beijo. — o mais estranho disso foi o bico exagerado e os olhos fechadinhos de Taehyung.
O americano riu diante da cena, e ao invés de beijar os lábios do menor, espalmou as mãos nas bochechas de Taehyung e se aproximou beijando a testa do mesmo. O Kim abriu os olhos assim que sentiu a sensação do beijo carinhoso em sua testa. De certa forma, aquilo o tocou de uma maneira diferente.
— Vamos entrar. — Matthew falou em um sussurro.
Taehyung não disse mais nada, apenas abriu a porta e deixou o americano entrar em sua casa. Nunca entrou ali acompanhado de um companheiro, nenhuma de suas namoradas foi convidada a entrar em sua casa, e fazer isso com Matthew estava sendo bem mais do que estranho. Mas era um estranho bom, era como se de fato tivesse um compromisso com alguém, e naquele momento, seus olhos enxergaram no Kim um namorado de verdade.
— Mãe, pai. — Taehyung os chamou ganhando a atenção do casal de meia idade sentados no sofá, que se levantaram de imediato — Esse aqui é Matthew Kim, meu namorado.
Daí pra frente Taehyung esperava tudo. Seu pai foi o primeiro a se levantar, apertando a mão do americano. Por sua vez a Sra. Kim estendeu a mão em direção ao rapaz, que delicadamente beijou as costas da mão da mulher.
— É um prazer conhecer vocês, Sr. e Sra. Kim.
De primeira vista, seus pais aparentaram ter gostado de seu namorado, mas Taehyung ainda se sentia inseguro, por mais que no fundo acreditasse que na semana seguinte Matthew não faria mais parte de sua vida, não queria causar uma má impressão para seus pais, fazendo com que eles acreditassem que ele namorava os piores tipos de pessoa que existisse.
— Vou servir o jantar.
A Sra. Kim saiu da sala indo em direção à cozinha. A sala de jantar de jantar era praticamente o mesmo cômodo, separado apenas por um balcão. A casa não era muito grande, sendo que embaixo ficava a sala de estar, a cozinha, a sala de jantar e um banheiro, e na parte de cima ficavam os quartos.
O Sr. Kim ocupou seu lugar na ponta da mesa, enquanto Taehyung sentou-se ao lado de Matthew nas duas cadeiras da lateral direita. Não demorou muito para a Sra. Kim terminar de servir tudo e se juntar a mesa. A mulher sorria tanto que dava pra ver até de costas. Enquanto isso o pai de Taehyung encarava Matthew de uma forma um tanto desconfiada.
— Então rapaz, o que pretende fazer da vida? — antes mesmo de terminarem de se servir, o Sr. Kim mandou a pergunta, fazendo Matthew se desnortear um pouco e quase derrubar a comida que estava levando ao prato.
— Minha família é dona de uma transportadora, meu pai quer que eu assuma a empresa assim que eu me formar em administração. — esse era um detalhe de Matthew que Taehyung ainda não conhecia, sabia que o rapaz era de uma boa família, mas não imaginava que tivessem uma empresa de transportes.
Passaria a prestar mais atenção em seu namorado.
— Uma empresa, é? — o interesse do Sr. Kim aumentou muitíssimo, não que ele fosse interesseiro, isso jamais — E quanto a sua família, tem irmãos? Seus pais moram juntos?
— Minha mãe morreu há dois anos, foi quando eu passei a morar sozinho, e meu pai se casou novamente com uma mulher mais nova, eu tenho uma irmã pequena, o nome dela é Marisa, e minha madrasta está grávida de outra menina, mas ela ainda não tem um nome já que meu pai quer um nome americano e minha madrasta um nome coreano.
Isso Taehyung também não sabia.
— Você disse que mora sozinho? — a mãe da família se mostrou curiosa quanto a esse detalhe, julgava seu filho incapaz de morar sozinho, e só de imaginar que Matthew conseguia sobreviver sem ninguém para fazer nada por ele, já tornava aquele rapaz mais interessante.
— Moro, eu tenho um apartamento, na verdade não fica muito longe daqui, é no bairro vizinho.
Isso Taehyung já sabia, pelo menos isso. E pode acreditar que aquele jantar se seguiu com mais um milhão de perguntas a respeito da família de Matthew, a Sra. Kim até mesmo perguntou sobre a infância do mesmo e os motivos que levaram a família a se mudar para a Coréia, algo que ao ver de Taehyung não era nada interessante. Mas no fundo estava apenas com inveja da infância cheia de viagens e de luxo que Matthew teve.
Recalque, era tudo recalque mesmo.
Mas no fim das contas todos acabaram na sala, conversando sobre a vez que o Sr. Kim foi pescar e quase acabou virando comida de jacaré. Pelo menos a história era engraçada, e ninguém ali precisava fingir estar rindo só para agradar. No fim da noite, Matthew descobriu que gostava da família de Taehyung.
E agora, sentados no sofá pequeno, com as mãos juntas sobre o colo do maior, o casal se encontrava de uma forma que Taehyung não esperava se encontrar nunca, estava se divertindo ali, estranhamente gostou de ter Matthew em sua casa, e ficou feliz ao ver que seus pais gostavam do rapaz.
— Bem, já está tarde, eu preciso ir. — Matthew se pôs de pé, e automaticamente Taehyung também se levantou, em seguida seus pais.
A família Kim de fato se agradava em ter o americano ali.
— É uma pena que já tenha que ir, adoramos a sua companhia. — a mulher pronunciou primeiro, ganhando mais um singelo beijo nas costas da mão.
— Você parece ser um bom rapaz, tenho que confessar que gostaria que seu relacionamento com meu filho durasse, por mais que você seja um homem. — Taehyung não esperava que seu pai fosse falar isso, era uma grande surpresa para ele imaginar tanto apoio em um relacionamento homossexual em sua casa — Se bem que toda essa dificuldade que Taehyung tinha em se apaixonar por uma garota só podia significar que ele é gay.
— Eu não sou gay.
— Ah jura, Taehyung, que você não é gay?! — a reação de seu pai já dizia tudo, Taehyung não tinha mais para onde correr, se bem que ainda não havia parado para pensar o que realmente era, se era mesmo gay ou bi, ou se estava mesmo sentindo atração por Matthew — Tá namorando um cara do tamanho de um armário e ainda vem me dizer que não é gay? É gay sim e ainda é o passivo!
Agora sua reação foi a de um tremendo susto, encarava seu pai de uma forma tão perdido que parecia não ter entendido a cena que acabou de acontecer. Só pode ter ouvido errado, seu pai não diria uma coisas dessas. Ou melhor, que pai falaria isso?
— O Matthew precisa ir. — seu choque foi tanto que essa foi a única coisa que conseguiu falar.
Puxou seu namorado pelo braço para que saíssem logo dali. Nem olhou mais para seus pais de tanta vergonha que estava. Matthew não disse mais nada, esperou até que estivessem do lado de fora da casa para começar a rir.
E ele riu.
Riu como se não houvesse o amanhã, gargalhava tanto que sua barriga chegava a doer, enquanto Taehyung estava parado ao lado apenas observando aquela cena um tanto ofensiva para si. Desnecessário todo esse ataque de risos.
— Dá pra parar de rir. — Taehyung tentou fazer o namorado, que estava quase virando ex, parar com aquilo. Mas estava sendo difícil.
— Desculpe. — o americano estava tentando se controlar, já estava até mesmo chorando.
O coreano perdeu toda a sua paciência e deu meia volta para dentro de casa. E foi somente nessa hora que Matthew parou de rir — quase — e foi atrás do namorado o segurando pelo braço antes que ele entrasse em casa. Taehyung estava com cara de poucos amigos, sua vontade era de fazer Matthew engolir a caixa de correio.
— Amor, amor, desculpa. — pedia enquanto tentava controlar sua risada — Mas é que eu não imaginava que seu pai fosse te chamar de gay passivo na minha frente.
Ninguém esperava.
— Sabe o quanto isso me deixou constrangido? — o maior nunca tinha visto seu namorado daquele jeito, ele parecia realmente ofendido, Taehyung o encarava com uma expressão perdida, como se estivesse completamente confuso em meio a uma situação nova — Até semana passada eu namorava uma garota e era completamente heterossexual, e agora estou namorando um homem, isso é estranho pra mim.
E foi aí que Matthew entendeu, de fato, Taehyung estava confuso, desnorteado e perdido, completamente perdido. Então o abraçou, abraçou o menor o trazendo para perto de seu peito, e por alguns segundos Taehyung se permitiu ficar calmo e aproveitar o momento. Era bom ter um colo para onde correr.
— Tae, eu não sei se você vai se apaixonar por mim até o fim desses sete dias, mas eu serei o melhor namorado do mundo pra você.