Amiga Privada

1224 Palavras
Eu acho... Não, na verdade eu tenho CERTEZA de que eu nunca vomitei tanto em toda a minha vida! Parecia que eu tinha comido era um container de comida ao invés de um prato só. Cansada de levantar para ir ao banheiro a cada 5 minutos só fiquei sentada abraçada com a minha amiga privada. — Desculpe estar te usando tanto assim, também não queria... — Disse passando a mão nela. — Acho que vou morrer, é isso. — Darling. — Tobias deu leves batidinhas não porta entre aberta antes de entrar. — Como está se sentindo? — Perguntou no exato momento em que me deu ânsia. — Ah... — Eu vou morrer. — Choraminguei já que não tinha nem mais nada para por pra fora. — Salve sua vida que tô virando um zumbi! — Que? — Ele riu se aproximando até sentar no chão ao meu lado. — Nunca assistiu Santa Clarita Diet? Ela vomitou desse tanto antes de morrer e virar zumbi! — Oh darling. — Ele não sabia se ria ou se me consolava. — Acho melhor irmos ao hospital, você não está conseguindo nem tomar água sem por pra fora. — Vai ter que trazer o médico aqui ou levar esse vaso comigo! — Tobias riu passando a mão no meu cabelo. — Te dou um saquinho, mas você já está ficando pálida. Vem. — Ele levantou me ajudando a levantar em seguida. — Tchau amiga! — Disse saindo do banheiro fazendo ele rir mais ainda. No caminho até o hospital eu não podia sentir cheiro de NADA sem sentir um uma ânsia que parecia que botaria os bofes pra fora! Você sabe que subiu na vida quando não espera nem 5 minutos pro médico te atender. — Então Sra. Hills o que te trouxe aqui hoje? — Assim que ele terminou de falar comecei a sentir ânsia novamente com a cara enfiada no meu saquinho que só tinha ar e saliva. — Entendi. — Ela está vomitando a umas 3 horas. — Comeu algo diferente? — Caranguejo. — Tobias respondia por mim já que eu estava fisicamente incapaz com meu corpo tentando expulsar meus órgãos pela boca. — Está me parecendo uma intoxicação alimentar. Mas vou fazer um exame de sangue para ter certeza e te deixar no soro com medicamento para parar a náusea e o vômito. No instante em que esse senhor falou "exame de sangue" a ânsia parou instantaneamente e o meu orifício traseiro não passava nem sinal de Wi-Fi! Eu fui suando frio até a enfermaria com o Tobias praticamente me arrastando e me ajudando a sentar em uma das poltronas. — Boa noite Sra. Hills vou tirar seu sangue primeiro. — No momento que essa mulher de Deus tirou a agulha da embalagem eu VI a minha alma deixando o corpo. — Estica o braço por favor. Com 300% de receio estiquei apoiando naquele negócio de metal com ela amarrando o elástico no meu braço sem dó nem piedade. — Calma calma! — Disse em pânico antes dela encostar a agulha. — Vai doer muito? — É só uma picadinha rápida. — Ela voltou a aproximar a agulha. — ESPERA ESPERA! — Novamente ela parou a agulha a centímetros do meu braço. — Acho que preciso ir ao banheiro. — Vai depois. — Moça pelo amor de Deus! CALMA! — Eu em pânico e o Tobias quase se mijando de rir do meu lado. — Vai com calma moça que eu tô ficando é até tonta. — Não olha pra agulha. — Ele estava claramente tentando ser profissional e não rir. — Mas ela ta olhando pra mim!! — Meu braço já estava era ficando roxo. — Darling. — Tobias respirou fundo tentando parar de rir. — Da a mãozinha aqui. — Ele pegou minha mão livre gelada e suada. Fechei os olhos sentindo a maldita dor daquela agulha invadindo meu corpo! Isso era um estupro as minhas veias! — Prontinho, nem doeu né. — Disse depois de colocar o soro. — Porque não foi em você! — Abri os olhos com os olhos marejados. — Vou ganhar um pirulito pelo menos? — Desculpe acabaram todos. — Não pude evitar ficar emburrada enquanto ela se afastava. — Jesus Cristo. — Tobias estava vermelho de tanto rir sentado na poltrona ao lado segurando a minha mão que a apertava com tanta força que quase cortava a circulação de seus dedos. — Te dou um pirulito depois por não ter desmaiado. — Obrigado. — Soltei a sua mão só para secar as lágrimas e voltando a pegá-la novamente. — Acho que nunca ri tanto. — As minhas custas! Espero que te de soluço! — Isso tudo é raiva? — Meu coração é grande... Cabe muito rancor. — Disse virando o rosto e o fazendo rir. — Oh darling. Está doendo? — Tá... — Estava era quase começando a chorar de novo, mas ao menos a ânsia havia passado. Quando aquela tortura finalmente terminou esperamos um pouco antes de voltar ao consultório, tempo suficiente para o efeito do remédio bater e me deixar impossibilitada de andar em uma linha reta. — Como se sente Sra. Hills? — Ótima... — Até minha voz estava grog. — É só o efeito da medicação, a senhora vai dormir bastante. — Ele soltou um riso nasal olhando meus exames. — Está tudo bem com seus exames, foi realmente apenas uma intoxicação alimentar, vou prescrever um remédio para enjoo, tome a cada 8 horas pelos próximos 3 dias e vai melhorar. Tobias pegou a receita e saímos. Nem senti quando entrei no carro e menos ainda quando ele colocou o cinto em mim. — Vamos parar em uma farmácia para comprar o remédio tudo bem? — Eu só assenti com os olhos fechados. Quando chegamos a farmácia Tobias saiu e me deixou no carro já que eu se quer sentia as minhas pernas a essa altura do campeonato. Ele não demorou muito a voltar com uma sacola de papel branca nas mãos. — Toma seu pirulito. — Disse o tirando da sacola e me entregando. — Obrigado baby. — Sorri pegando e literalmente abraçando o pirulito. E essa é a última coisa que me lembro antes de abrir os olhos e estar de manhã. Tobias estava deitado ao meu lado mexendo no celular. — Baby... — Minha garganta e boca estavam tão secas que parecia que eu tinha era tomado o Mar Morto de canudinho. — Até que enfim você acordou, já estava ficando assustado. — Água... — Eu estava me sentindo assim: Tobias já estava era com um copo preparado ao lado dele. Eu bebi praticamente em um gole só. — Como que eu cheguei aqui? — Eu te trouxe no colo depois que você apagou no carro. Você dormiu ficou abraçada com o pirulito, só consegui tirar de você depois de umas duas horas, você ficava murmurando "não, é meu, sai vou falar pra minha mãe" — Quis casar comigo então você que lute. — Eu tentava esconder o quão sem graça em estava. — Não me arrependi de nada. — Riu de aproximando até me trazer para os seus braços. — Tirei o dia de folga pra cuidar de você. — Não tinha nada importante? — Não mais que você... — Sussurrou beijando o topo da minha cabeça.
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