Frutos Do Mar

1037 Palavras
Tobias   Beca dormia nos meus braços enquanto eu acariciava suas costas nuas. Não gostei nada da audácia daquele filho da p**a pra cima da minha mulher. Com cuidado para não a acordar estiquei o braço pegando meu celular. Comecei a pesquisar o que podia no Google e em redes sociais sobre ele. Empresário, CEO de uma empresa de investimentos, sempre em revistas de fofoca com uma mulher diferente, ao menos é filantropo já que aqui mostra que parte dos seus lucros anuais eram encaminhado a ONGs de órfãos e ex usuários de droga para reabilitação. Revirei os olhos devolvendo o celular para a mesa de cabeceira. Abracei Beca beijando o topo de sua cabeça entre aquelas mechas que eu tanto amava. "Confia na sua esposa Hills ..." — Repetia mentalmente. Afinal eu não tinha motivos para me preocupar, mas a forma como ele olhava para a minha mulher me deixava possesso! Beca mexeu-se um pouco abrindo os olhos lentamente passando a sua mão pelo meu peito e barriga, brincando com os músculos da mesma como sempre fazia. — Eu dormi muito? — Perguntou com voz rouca. — Uns 20 minutos. — Sussurrei continuando a acariciá-la. — Você estava dormindo tão bem que não quis te acordar. — Como não capotar depois de tudo que fizemos nessa cama só nas últimas horas?! — Ambos rimos. — O que acha de sairmos para jantar? Algo romântico, elegante... Adoraria te ver usando um daqueles vestidos. — Não pude evitar um sorriso malicioso. — É uma ótima ideia. — Beca sentou-se no meu colo deixando que o lençol caísse permitindo que eu visse perfeitamente seu corpo sentado em mim. — Estou começando a ter uma melhor ainda. — Disse a fazendo rir. — Nem pense! Já estou ficando assada com essas suas ideias! — Beca se enrolou no lençol praticamente pulando da cama enquanto eu ria. Também rindo ela foi em direção ao banheiro.   Quebra De Tempo   Eu abotoava os botões da camisa no quarto enquanto Beca se arrumava no closet. Havia optado por usar roupas pretas essa noite, sei que ela adora quando me visto assim. Vestindo o terno ouvi o som de saltos indo de encontro ao piso. Beca estava simplesmente deslumbrante com aquele vestido de seda que caía perfeitamente bem em seu corpo, era diferente vê-la de cabelo liso, mas continuava no auge de sua perfeição. — Como estou? — Perguntou sorrindo e dando uma voltinha. — Perfeita o suficiente para me deixar sem palavras. — Todo bobo fui até ela deslizando minhas mãos pelo tecido da sua cintura a trazendo para um pouco mais perto de mim. — Hmm... Adoro esse perfume. — Sussurrou puxando o ar no meu pescoço. — Darling... — Entendi tudo bem. — Ergueu as mãos em rendição. — Podemos ir? — Podemos. — Assenti segurando sua mão. Acabei optando por um restaurante de frutos do mar, já que ela nunca havia comido antes e tinha vontade. Quando chegamos ao restaurante desci primeiro abrindo a porta e a ajudando a descer entregando as chaves para o manobrista. E logo tomamos uma mesa próxima a uma das janelas. Não demorou para o garçom vir até nós. — Querem fazer o pedido? — O garçom se aproximou com a comandeira. Dando uma rápida olhada no cardápio já havia descido. — Duas taças de Chardonnay e algumas ostras. — Disse fechando o cardápio. — Baby, pede pra mim? — Beca parecia tão perdida quanto fofa. — Claro darling. Para a minha esposa... Caranguejo. — Com licença. — Disse ao sair. — Tudo bem darling? — Perguntei já que ela me pareceu um tanto deslocada. — Está todo mundo olhando... Tô começando a suar e esqueci de passar desodorante. — Não pude evitar um riso nasal. — Você está maravilhosa, por isso olham para você, está linda e muito cheirosa. — Sorri segurando sua mão e passando meu polegar pelo dedo onde estavam as alianças. — Seu mundo é bem diferente... — É nosso agora. — Me curvei um pouco beijando o nó de seus dedos. — Com licença. — O garçom voltou com a garrafa do vinho branco aberta servindo as nossas taças e saindo em seguida. — Que tal fazermos um brinde? — Propus pegando a minha taça. — E ao que vamos brindar? — A nós... Eu te disse que beberíamos juntos. — Ambos soltamos um riso nasal batendo gentilmente nossas taças. — Tears... Por boa parte do nosso jantar falamos sobre o dia um do outro. Ela me contou toda empolgada sobre os planos que tinha para o novo projeto o que fez até com que Eu esquecesse de Para quem era esse projeto. Ao fim da noite pegamos o carro de volta para casa. Estava silencioso até de mais, Beca olhava muito para fora com a janela aberta parecendo puxar o ar. — Está tudo bem? — Perguntei a olhando rapidamente, mas logo voltando a olhar a estrada. — Pode parar o carro por favor. — Onde? — Em qualquer lugar, só para o carro! Sem entender nada parei o carro em um acostamento, m*l estacionei e ela literalmente saltou para fora do carro se afastando um pouco. Pelo retrovisor pude ver que ela estava vomitando apoiada a um poste. Tirei a chave do contato saindo do carro e indo até ela. Quando cheguei ela já havia parado só mantinha seu olhar no chão. — Darling? — Eu to bem. To bem. — Disse passando a mão na boca e se afastando de onde estava. — Talvez nem tanto... Ela voltou começando tudo de novo. Cheguei mais perto segurando seu cabelo para trás passando a mão em suas costas com meu coração a na garganta de tão preocupado. — Como está se sentindo? — Perguntei quando ela pareceu terminar. — Envergonhada por você me ver assim. — Na saúde e na doença. — Sorri tirando um lenço do bolso interno do paletó entregando a ela. — Consegue andar de volta ao carro? Ela assentiu, mas me mantive alerta caso precisasse se apoiar em mim. — Estou com frio... — Disse na metade do caminho até o carro. — Aqui... — Tirei meu paletó o colocando sobre seus ombros. — Obrigado baby...
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR