Capítulo-XLIX. Jogo " Para libertar o seu verdadeiro eu é preciso se livrar das amarras." Nero Os olhos dela transbordam medo, pânico, terror. Eu a observo com atenção meticulosa. — Você confia em mim, não é? Se não confiasse, não estaria aqui — pergunto, deixando meu sorriso torto tornar o ar mais pesado. Ela hesita antes de responder. É um fato que sou seu cunhado. Estranho, sem dúvida. Intimidante, sempre. Mas nunca... bonzinho. Pelo menos, era isso que ela deveria ter aprendido desde o início. — Não sei. Acho que sim — ela responde, tentando retribuir o sorriso, mesmo com a pele arrepiada. Vejo as pequenas protuberâncias em seu colo. Retiro um par de luvas do bolso e as calço. Annália observa cada movimento meu com atenção. Estendo a mão enluvada como se a convidasse

