Capítulo-L. Jardim
" Cada um faz o seu próprio Jardim, seja dentro ou fora de si."
Nero
Mas há algo diferente no ar agora. Como se a atmosfera tivesse mudado de dono. Ela se ajeita na cadeira, cruza as pernas com uma calma que antes não demonstrava. Estranho. Levanta os olhos e me encara diretamente. Não há mais o leve tremor em suas mãos.
— Eu quero propor uma troca — diz ela, com a voz baixa, mas firme.
Arqueio a sobrancelha, surpreso.
— Você quer mudar as regras?
— Você disse que aqui só há instinto, impulso e consequência. Então aceite as regras do meu impulso agora.
Me aproximo, encostando-me na borda da mesa.
— Estou ouvindo.
— Se eu ganhar esta rodada, você me dá a chave.
— Que chave?
— A que desvenda a sua mente perigosa. E meus beijos deixam de ser só do seu irmã
