mas que bela manhã... parece que todas as mulheres da clínica decidiram destilar ódio em minha direção.
- Nunca disse que não era - retruquei, esfregando o meu maxilar.
Minha irmã caçula desamassava a blusa do uniforme de residente, os cabelos castanhos-claros estavam presos em um r**o-de-cavalo e o rosto assumia um semblante cansado e pesaroso, ela estava no último ano de residência e não via a hora de terminar essa fase de sua vida de uma vez por todas. Izabela tinha metas muito diferentes das minhas, enquanto eu pensava trabalhar para elevar ainda mais o nome da clínica da família, ela só queria ter a sua própria.
- Em algum momento você precisará crescer, Leon - revidou com um esgar nos lábios volumosos. - Essa vida depravadas precisa terminar e você precisa assumir que tá envelhecendo, querido irmão.
Instalei a língua no céu da boca.
- E é justamente por esse motivo que eu já tenho tudo planejado.
Minha irmã trincou a mandíbula com tanta força que o músculo estalou, ela odiava quando entrávamos nesse contexto, discordava veemente da minha forma de pensar
- Vamos ver até quando - disse, em um tom de desafio.
Izabela sonhava com o dia que se tornaria mãe, crianças e grávidas eram suas coisas favorita no mundo. eu gostava de realizar os sonhos dos casais que tinham a mesma vontade que a minha irmã,mas não estava dentro dessa i********e. Não pensava em ter filhos, mas sim, herdeiros, e embora soasse parecido, eram contextos diferente. filhos eram desejados, planejado e criados para suprir a necessidade que os adultos tinham em querer procriar e gerar uma continuação de si próprio, enquanto. herdeiros, a meu ponto de vista, prestavam o papel de dar continuidade ao negócio dos pais, tinha congelado meu esperma há alguns anos, em alguns momentos, encontraria uma barriga de aluguel para gerar os meus herdeiros. eles estudaria nas melhores escolas e recebiam a melhor educação, então quando chegasse a hora de me aposentar, teria alguém para assumir o meu lugar.
Eu não era traumatizado, por mais que parecesse. Meus pais tinham sido incríveis, na medida do possível, eles quiseram ter filhos e não herdeiros. contudo, percebi ao longo da minha infância maravilhosa que a medicina e família não combinavam, era impossível dar conta de duas coisa que exigiam a mesma atenção e quantidade de tempo. Assim, de tanto trabalhar, meu pai foi muito relapso com a saúde e teve um infarto que ceifou sua vida cedo demais. minha mãe, com a perda subida do marido, abandonou a clínica e resolveu que iria viver, que aproveitaria o restante da vida enquanto ainda tinha tempo.
Essa reviravolta toda aconteceu quando eu ainda estava me formando.
Meu sonho era ser residente do meu pai, mas, infelizmente, ele não teve tempo arcar com um sonho que era somente meu. filhos tinham mania colocar grandes expectativa sobre os pais e, na maioria das vezes, elas não era supridas e isso causava uma pequena desilusão.
Não queria que ninguém colocasse expectativas sobre mim. por isso não prometia nada, tão pouco tinha o intuito de fornecer aos meus herdeiros.