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1659 Palavras
Fazia pouco mais de uma semana que minha mãe tinha morrido, Emily foi comigo para Cuba, onde jogaria as cinzas da minha mãe. Ela veio dali, era o lugar que ela mais amava, era onde ela queria morar quando ficasse mais velha. Não tinha falado com meu pai, nem com Matthew, com ninguém além da Emily, aquela noite era meu pesadelo de todas as noites, era dor demais. Não conseguia dormir quase, Emily tentava me acalmar de todas as forma possíveis, mas nada traria minha mãe de volta. - Está pronta? - Emily estava parada na porta me encarando, estava em frente ao espelho. - Sim. - apenas suspirei para ão desabar em choro. - Está na hora. - ela forçou um sorriso. Estava vestindo um vestido preto tubinho, um salto preto de verniz e o cabelo estava bem preso, usava maquiagem apenas para esconder o cançaso. Seria somente eu e Emily lá, ela estava sendo a melhor amiga de todas, não perguntou detalhes do que aconteceu, só se dispôs a ficar comigo pelo tempo que eu precisa-se. Fomos até a porta sobre o mar, Cuba era um lugar incrível, as pessoas em sua maioria estava sendo rindo, havia muitos casais e família lá, se divertiam, as cores daquele lugar eram tão vivas e por um milésimo de segundo pude sentir o cheiro, o perfume da minha mãe, como se ela estivesse comigo, do meu lado e foi o momento que eu sabia que ficaria tudo bem, que devia seguir e fica melhor. Suspirei e despejei as cinzas da minha mãe no mar, Emily e eu ficamos abraçada, eu chorei bastante, mas me senti bem, bem por minha mãe estar livre e possivelmente em um lugar melhor. - Vai falar com ela quando voltarmos? - Emily e eu caminhavamos pela cidade um pouco, sabia que perguntava sobre Matthew. - Eu sinceramente não sei Emily. Eu o amo, por mais que não queira admitir, mas eu realmente não sei o que eu significo para ele, não sei se o conheço bem o suficiente e tenho medo do que meu pai possa fazer. - suspirei. - Seu pai não ligou? - apenas neguei com a cabeça. - Porque acha que não apareceu? - Pode parecer i****a, mas ainda acho que tudo isso foi culpa dele. Eu vou descobrir Emily, nem que seja a última coisa que eu faça nesta vida. - ela me encarou e suspirou. - Sei que não vou te convencer do contrário, mas eu ajudarei como puder. Só não quero que se machuque. E sobre Matthew, acho que ele pelo menos gosta muito de você, se não, não mandaria tantas mensagens que eu sei que não responde, não ligaria todos os dias e nem a Katy mandaria mensagem dizendo que ele perguntou de você. - Amanhã eu decido. - Amanhã estaremos na faculdade, vai decidir isto durante a aula dele? - acabei rindo e ela sorriu. - Quem sabe. Caminhamos mais um pouco e voltamos para o apartamento onde havia hospedado nós duas, fizemos a mala e pegamos um táxi para o aeroporto. Meu estômago embrulhava só de pensar em voltar para casa, mas era hora já. Assim que cheguei em casa acabei revivendo tudo que havia passado, engoli todo o choro que queria sair, Maggie veio quase correndo me abraçar e ficou feliz em ver que estava bem, me alcançou um envelope lacrado, tinha nome da minha mãe para entregar a mim, subi para meu quarto e joguei o envelope na minha mesa de estudos, apenas tomei um banho e dormi. Fui para a faculdade no dia seguinte com coragem nenhuma, mas precisava voltar, ainda queri ter uma formação, também não sabia o que diria para Matthew, era muita coisa para pensar tão rapidamente. Me sentei com a Emily como de costume, assim que Matthew entrou na sala me viu, sua expressão por um leve minuto parecia de alívia em ver que eu estava lá e viva, mas logo mudou para séria e iniciou a aula, me ignorando ao máximo que podia, não poderia culpá-lo, não esperava nenhuma recepção calorosa dele. Quando terminou minha última aula, o carro do Matthew ainda estava no estacionamento pensei um milhão de vezes em ir até lá e esperar por ele, apenas suspirei e entrei no meu carro, dirigi para casa e lá fiquei parada em frente a casa, não sabia o que fazer, era como reviver o momento exato em que Matthew me deixou em casa, eu entrava e via minha mãe, depois a via morrer e segurava ela em meus braços, doia meu peito só de recordar. Desci do carro e sai caminhando, eu não queria pensa em nada, só queria saber como lidar com tudo isso, apenas queria que as coisas se ajeitassem. Quando percebi estava frente a uma casa, menor da que eu morava, mas era linda, tinha uma jardim lindo e bem arrumado, estava a venda. Fui até a pizzaria que eu amava e sentei na mesa da rua, estava tomando meu café quando vi Matthew descer do carro, levantei e caminhei até próximo a ele, mantendo uma distância de uns três ou quatro metros, mas já conseguia sentir seu cheiro. - Matthew. - ele se virou e ficou me encarando, caminhamos se aproximando mais um do outro e ele me puxou para um beijo, era literalmente cheio de saudade e foi seguido de um abraço, longo. - Onde estava Malia? - sua voz saiu cansada, meu olhos encheram de lágrimas e eu apenas suspirei. - Tem tempo? - forcei um sorriso e ele apenas fez sim com a cabeça. - Então vem. - puxei ele para sentar na mesa em que eu estava. - Eu estava em Cuba. - ele me encarou. - Fazendo o que? - ele se ajeitou na cadeira. - Minha mãe era de lá, só quis a levar de volta pro lar dela. - deixei escorrer uma lágrima e a sequei rápido. - Emily foi comigo, eu precisava pensar sobre tudo, mas não sei como lidar, meu corpo dói, tenho pesadelos, m*l consigo dormir... - eu suspirei e Matthew passou a mãos no meu rosto secando as lágrimas. - Calma. - ele sussurrou me abraçando. - Você me deixou muito preocupado, pensei que tinha acontecido algo com você. Eu estou aqui Malia, sempre vou estar. - o apertei mais num abraço. Comemos pizza e ele me deixou emcasa já que tinha ido sem meu carro, ainda disse que qualquer coisa era para que eu ligasse. Lhe dei um beijo e entrei em casa, subi até meu quarto e peguei o envelope, suspirei e abri, tinha uma carta da minha mãe mais uns documentos, comecei a ler e era do advogado dela, minha mãe escondeu toda a herança que ela recebeu dos pais e antes de morrer transferiu tudo para mim, era muita coisa. Eu respirei fundo mais vezes do que podia contar antes de ler a carta da minha mãe, ela já tinha descobrido sobre meu pai muito antes do que pensei, lhe deu tempo de transferir tudo dela para mim, assim como, deixar claro que eu só poderia confiar no advogado dela, na Maggie e Alan, como também deveria sair desta casa, começar a minha própria vida. *Ligação on* - Malia, tudo bem? - Sim, Emily pode vi aqui e casa? - Claro, cinco minutos estou ai. - Tudo bem. *Ligação Off* - Maggie! - gritei do meu quarto e logo ela apreceu. - Sim, Srta. BeLove. - sorriu. - Dispense todos, quero somente vcê e o alan ainda trabalhando para mim. - ela me encarou sem entender. - Isto é segredo, vamos embora daqui, preciso que faça as malas, e guarde algumas coisas que iremos levar. - Sim senhora. Para onde devo mandar levar as coisas? - Lhe aviso em uma hora. - apenas assentiu e saiu. *Ligação On* - Alô? - atendeu o advogado da minha mãe. - Sr. Fred Richard, é a filha da Elizabeth BeLove, Malia. - Ah, oi Srta. BeLove, meus pêsames pela sua mãe. - Obrigado! Minha mãe disse que eu poderia confiar no senhor, quero comprar uma casa e sair desta que estou. - Claro, posso ajudar. Qual casa tem intersse? - expliquei onde era a casa que tinha visto hoje mais cedo. - Irei providenciar. - Quero para hoje ainda, pagarei quanto eles quiserem. - Certo, já retorno para a Srta. - Obrigado Sr. Richard. - Disponha, até mais. *Ligação Off* Peguei umas caixas que Maggie havia deixado e comecei a colocar algumas coisas do meu quarto dentro, logo a Emily chegou sem entender o que estava acontecendo. - Amiga, o que esta acontecendo? - Oi Emily, eu vou me mudar. - COMOASSIM? - gritou rápido, o que me fez rir. - Não é longe, é uma casa longe desta, mas ainda na cidade. - sorri. - Eu preciso sair desta casa. - Eu entendo, quer me ajuda no que? - Preciso ajeitar tudo ainda hoje. - forçou um sorriso. - Ta, vou ir colocando as roupas na mala. Conseguimos empacotar tudo antes de anoitecer, Fred já havia me ligado e avisado que a casa já estava liberado. Só estava Maggie e Alan ainda dos empregados, e estavam levando as coisas para a casa nova, coloquei a última mala no meu carro e, Emily e eu ficamos ao lado de fora da casa olhando para ela, eu havia crescido la e estava indo embora. Era díficil, mas me trazia lembranças terríveis. - Está pronta para deixar tudo isso pra traz? - me encarou. - Sim. Preciso seguir. Entramos no carro e fui para casa nova, Maggie já estava limpando tudo, a casa por dentro era perfeita, havia quatro quartos, uma sala de estar e uma de jantar, uma cozinha em estilo americada, um escritório que bem provável seria inutilizado, tinha uns cinco banheiros e outros cantos que não tive tempo de olhar, pois só queria desfazer as malas e dormir, estava cansada.
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