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1375 Palavras
Capítulo 1 Jhenyffer narrando Dois anos depois... Eu ajudava a minha mãe fazendo faxina fora do morro, tinha terminado o ensino médio e estava fazendo curso para cursar o vestibular, queria ser veterinária, meu sonho era cursar veterinária e poder trabalhar com os animais. — Suelen me convidou para ir ao baile hoje, eu posso mãe? – eu pergunto para ela enquanto a gente voltava da faxina. — No baile, hoje? – ela pergunta – Não sei não, estão comentando muita coisa r**m sobre esses bailes. Essas garotas que sobem ai, você sabe, tem muitas que vem e não voltam. — Sou moradora mãe, essas garotas que sobe aqui, não sabe o que fazem, se envolvem com os bandidos sem respeitar, quebram regras – eu falo para ela — Você pode ir – ela fala me encarando – mas nada de se envolver com traficante, você escutou minha filha? — Pode deixar – eu sorrio para ela. — Você só tem 15 anos de idade – ela fala. — Quase 16. — Ainda 15 – ela fala. Na subida a gente para na boca geral para pagar o aluguel, era RK que cobrava irmão da Suelen, os pais deles tinham um bar que rolava os melhores pagodes aqui. Eu estava esperando a minha mãe sair da boca no lado de fora, quando vejo a moto de DG parar na frente, ele sorri quando me ver e eu sorrio para ele, ele faz sinal que eu vá até ele e eu encaro a minha mãe. — Não posso falar muito, minha mãe está ali dentro – eu falo para ele — To com saudade de você – ele fala – deixa eu falar com a sua mãe, dizer que estamos ficando. — Minha mãe me mata – eu falo para ele — Então, diz que me encontra mais tarde – ele fala — Eu encontro – eu respondo – pode deixar. — Jhenyffer – minha mãe fala — Preciso ir – ele sorri e coloca o capacete de volta. — O que estava acontecendo? – Minha mãe pergunta — Ele estava perguntando de Suelen – eu falo e ela me encara — Não se meta com esses bandidos – ela fala me olhando – eles não prestam, você me escutou? Depois engravida e eles não assumem a criança e você ainda é uma adolescente. Eu assinto com a cabeça. Meu pai faleceu eu tinha somente 10 anos de idade, sempre fui eu e minha mãe, mas a renda maior sempre veio do meu pai, então desde pequena comecei a trabalhar com ela nas faxinas, aos 14 anos de idade já comecei a ver o mundo de outra forma, me arrumava, ia aos bailes, aos pagodes e comecei a me envolver com os garotos, sempre com o olhar atento da minha mãe, ela sempre foi a minha melhor amiga, porém eu estava me envolvendo com DG há 1 mês, no começo eu resisti mas depois acabei cedendo, ele dizia que eu era diferente e que estava gostando de mim, queria me assumir, ele me tratava bem e era de uma forma inexplicável. Era noite e a gente estava na casa da Suellen se arrumando, eu , ela e Maria Fernanda que era minha prima. — Minha mãe acha que vou para o retiro da igreja lá no asfalto – Maria Fernanda fala – depois preciso posar aqui. — Eu disse que vou posar aqui Suelen, também – elas me encaram — Vai posar onde? — Vocês já deve imaginar – eu falo sorrindo. A gente se arruma e vamos para o baile, chegamos lá já subimos para o camarote e encontro DG, ficamos um pouco no baile e depois fomos para a casa dele. — Deixa eu falar com a sua mãe, quero ficar com você sem que você tenha medo. — Melhor não – eu falo – minha mãe ficaria – ele me encara — Decepcionada minha preta? – ele pergunta – para com isso, eu sou o genro que toda mãe quer. — Eu acho que não – eu falo – mas é o que toda filha quer -ele abre um sorriso — Eu sou louco por você – ele fala – você não imagina o quanto. – eu abro um sorriso para ele. E a gente começa a se beijar. Assim era todos nossos finais de semanas e algumas noites que eu conseguia fugir, ele tinha me dado um colar e até mesmo uma aliança. Eu estava completamente apaixonada por ele! (...) Dois meses depois.... Eu estava faxinando com a minha mãe uma das casas e acabo passando m*l, eu disfarço para minha mãe não ver e passo comprar um teste na farmácia. — Faz isso logo – Maria Fernand fala — Estou com medo! – eu respiro fundo — Ele não disse que queria te assumir? Relaxa , se você tiver grávida, você vai virar a fiel dele e ainda ter um herdeiro dele. Eu olho para ela e as suas palavras me tranquilizam, eu vou até o banheiro e faço o teste e tinha dado positivo, eu pego meu celular e mando mensagem para ele dizendo que queria ver e ele me manda encontrar ele no beco do lado da boca, eu vou até ele. E quando eu chego e ele já me beija. — Estava com saudade do seu cheiro, da sua boca – ele fala sorrindo — Eu preciso falar com você – eu falo — O que aconteceu? – ele pergunta — Você disse que iria me assumir, não ia? — Sim – ele fala – vou agora mesmo falar com sua mãe. — Estou grávida – eu falo e o sorriso que existia no rosto dele se desmancha na mesma hora – eu estou esperando um fihlo seu! – ele me encara com a cara fechada – Rodrigo. — Se você abrir a boca para alguém para dizer que essa criança é minha, eu mato sua mãe e acabo com você , você me entendeu? — Porque está me tratando assim? — Sua interesseira – ele fala – se envolveu comigo para pegar barriga, só pode! — Você está ficando louco, não pode me tratar assim. — Ninguém pode saber que essa criança é minha, você entendeu? – ele pergunta me encarando – Ninguém, você ouviu? – eu olho para ele nervosa e ele me encara – se alguém descobrir, eu acabo com vocês! Não queira medir forças comigo, agora vaza daqui. — Rodrigo. — DG para você – ele fala e meus olhos se enche de lagrimas. Ele me empurra do beco e me faz ir embora dali, eu saio em pânico e sem saber o que fazer, eu chego em casa chorando e minha mãe me encara. — O que aconteceu? – ela pergunta – porque está chorando? – ela olha para as minhas mãos – O que é isso na sua mão? É um teste de gravidez? — Eu estou grávida mãe – eu falo para ela e ela me encara — VocÊ está maluca? Sua irresponsável – ela fala me olhando – como assim grávida? Você é uma menina, eu te disse que te dava liberdade mas que não queria que você me aparecesse com barriga. — Me perdoa mãe – eu ohlo para ela chorando — Quem é o pai? Me diz! — Ele me ameaçou, disse que mataria a gente – eu olho para ela e ela me encara – disse que não vai assumir e que não é para falar para ninguém. — Não me diga que você se envolveu com aquele demônio do DG? – ela pergunta – minha filha, poderia ter se envolvido com qualquer um menos com ele. A gente não tem dinheiro nem para ir embora do morro, sobrevivemos de faxina, como vamos criar uma criança? Você destruiu a sua vida! Minha mãe anda de um lado para o outro nervosa e eu só sabia pedir desculpa, implorar pelo seu perdão. — Me desculpa – eu falo para ela — Fique longe dele – ela fala – e mantém ele longe dessa criança e de você, é bom que ele nem lembre da sua existência. A gente dar um jeito para criar, mas você me decepcionou Jhenyffer!
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