Continuação.. 143. Mariana Narrando Depois daquele dia, eu chorei. Não foi uma choradeira qualquer, daquelas que vêm e vão. Foi um choro que arrancou tudo de dentro de mim. Chorei pela merda que virou minha vida, pelo que perdi, pelo que destruí. Chorei pelo Kauã, pelas meninas, até pelo meu pai. Parecia que todo aquele peso, toda aquela dor que eu vinha segurando fazia tempo, resolveu me esmagar de uma vez. Mas sabe o que é pior? Mesmo depois de tudo, eu ainda pensava nele. Pensava em como seria fácil sair daqui, pegar um carro e ir direto pro Salgueiro, encarar ele de frente. Juro que tive vontade de fazer isso várias vezes. Mas eu sabia que não podia. Não era sobre orgulho, era sobre o limite que eu precisava impor pra mim mesma. Enquanto isso, eu me apegava às meninas. Todo dia, eu

