Viviane Narrando
Fala sério... não acredito que nem no meu dia de folga eu posso dormir! Cara, putä que pariu. Minha cabeça já começa a latejar com a gritaria lá embaixo. Quando ouvi um tiro, dei um pulo da cama, literalmente. Corri pra janela e, na hora que botei o olho na rua, só consegui pensar: que pørra a Tropa do Malfeitor tá fazendo aqui embaixo?
Nem pensei duas vezes. Joguei uma camisa por cima do baby doll, enrolei o cabelo e desci as escadas correndo, descalça mesmo. O sol tá quente pra caralhø, e eu tive que levantar o braço pra tampar os olhos enquanto tentava entender aquela cena absurda.
— Posso saber o que tá acontecendo aqui na porta da minha casa? — perguntei, meio grogue ainda, tentando me situar.
Antes mesmo de ouvir qualquer resposta, reconheci a voz do desgraçado do meu irmão caído no chão, gemendo com o nariz todo arrebentado de sangue.
— Vivi, pelo amor de Deus, fala pra ele que você vai pagar a dívida! Fala, Vivi! — ele choramingava, cuspindo sangue.
Minha barriga gelou. Olhei pro lado e vi Cuscuz, um dos homens do Malfeitor, ele e um carrasco, um escroto da pior espécie, quando eu me refiro à ele ser escroto? me refiro em todas as áreas. Ele me encarando de cima a baixo com um sorrisinho nojento no canto da boca. Ele passou a língua pelos lábios e coçou o queixo. Já fazendo meu estômago embrulhar.
— Ah... Então quer dizer que a Vivi vai pagar sua dívida, é? — a voz dele veio carregada de deboche.
Eu já ia soltar um vai se føder, mas ele continuou:
— Ó o seguinte, ruiva... Malfeitor vai gostar de receber uma visita íntima sua lá no presídio. Imagina só, uma ruiva cheirosinha, com esse perfume de morango, indo aquecer a cela dele... — ele fala passou a língua nos lábios de um jeito malicioso, e apertou o paü por cima da bermuda.
Meu estômago revirou na hora. Eu abri a boca pra gritar um NEM FUDENDØ!, mas engoli seco e tentei manter a pose.
— Tu tá de sacanagëm, né? Eu não vou nessa pørra de presídio coisa nenhuma! — Falei e Cuscuz riu, balançando a cabeça.
— Ah, mas vai sim, princesa. Ou tu prefere ver esse otáriø aqui morrer?
Eu engoli a seco. Meu coração disparou quando vi um dos caras sacar a arma e apontar pro meu irmão.
— Peraí, peraí! — Gritei mas os tiro veio antes que eu terminasse a frase.
Meu irmão berrou de dor enquanto segurava a perna, o sangue escorrendo pelo chão.
— NÃO, NÃO, NÃO! CARALHØ! EU ACEITO! EU VOU, PØRRA! — gritei desesperada, com as mãos na cabeça.
Aquele bando de desgraçado riu da minha cara.
— Assim que se fala, ruivinha. — Meu coração tá a mil. Eu tava tremendo, mas, lá no fundo, eu sabia a verdade.
Não seria nenhum sacrifício sentar pro Malfeitor... Eu sempre tive uma queda por ele. Sempre. Desde moleca.
O problema é outro: eu sou virgem.
Meu peitø subia e descia num ritmo acelerado. O calor do sol parecia piorar minha sensação de sufoco. O cheiro de sangue misturado com poeira subia do chão, com o movimento brusco que o meu irmão fez no chão na hora dos tiros. Cuscuz ainda me olhava daquele jeito nojento, lambendo os lábios.
— Então é isso, ruivinha. Vou preparar tudo pra próxima visita. — Ele fez um gesto pro Doquinha e os outros dois comparsas, como se já estivesse tudo certo. — Malfeitor tem os contatos certos. Daqui a dois dias, o carro passa aqui pra te pegar e te levar pro presídio.
Ele deu um passo pra frente, me secando sem a menor vergonha. Os outros três fizeram o mesmo, avaliando cada pedaço do meu corpo como se eu fosse um pedaço de carne na vitrine do açougue.
Doquinha, que até era meio gostosinho se não fosse um desgraçado, riu e balançou a cabeça.
— Püta que pariu, Malfeitor vai se acabar nessa gostosa… Queria eu estar preso no lugar dele. — Doquinha falou me secando.
Mal terminou de falar e já tomou um tapa na cabeça de Cuscuz.
— Deixa de ser otáriø e anda logo.
Mas eu já estou de saco cheio dessa situação. Meu sangue fervendo de ódio e desgosto.
— Quanto é a dívida do Paulo César? — perguntei, rangendo os dentes, já esperando o pior.
Cuscuz jogou a cabeça pra trás e soltou uma gargalhada.
— Tu quer mesmo saber, ruiva? — Cuscuz perguntou.
— Por acaso agora bøceta tem preço? — um dos outros caras debochou, cruzando os braços.
Fitei ele com desprezo e levantei o dedo do meio sem piscar. Ele nem pensou duas vezes antes de sacar a arma da cintura e apontar na minha direção. Reviro os olhos, sem paciência.
— Não, seu animal. Eu quero saber porque eu quero entender quanto esse desgraçado do meu irmão enfiou no rabø. Porque, dependendo do preço, ele não fumou não… Ele enfiou no rabø.
Cuscuz gargalhou de novo e bateu palmas como se eu tivesse contado a melhor piada do ano.
— A dívida é cem mil. Mais tem as pørra dos juros. — Quase engasguei com a própria saliva, e os meus olhos quase saltaram da cara.
— N-não, não é possível... — falei mais para mim do que para eles.
Virei pro Paulo César, ainda jogado no chão, sangrando e gemendo. Ele balançou a cabeça, negandø, como se eu fosse sentir pena.
Pena? Eu queria matar ele com minhas próprias mãos. Fui pra cima sem pensar, chutando ele sem dó.
— CEM MIL, PAULO CÉSAR?! TU TÁ DE SACANAGËM COM A MINHA CARA, NÉ? — errei até as perguntas sentindo o ódio consumir o meu corpo.
Ele tentou se proteger com os braços, gemendo.
— Para, Vivi! Pørra, já tô todo fødido!
— E eu lá tenho culpa, seu Merdä?! Tu acha que minha bøceta vale CEM MIL?!
Um dos caras riu e gritou:
— Não vale não, mas tu vai ter que pagar assim mesmo. — o cria falou e o Cuscuz deu outro tapa na cabeça dele, irritado.
— Fala merdä não, pørra.
Depois voltou a olhar pra mim com aquele sorriso escroto.
— Não esquece, hein, ruiva. Sábado, acorda cedo. Amanhã eu passo aqui pra trazer as coisas que tu tem que levar pra ele, tem que levar tudo fresquinho.
Eu já ia mandar ele se føder, mas a última frase me pegou de jeito.
— Além de ir visitar, eu ainda tenho que fazer comida?!
Cuscuz riu, debochado, e bateu a ponta da arma na própria cabeça, imitando um cumprimento militar.
— Ordem é ordem. E tu vai obedecer direitinho.
Minha raiva transbordava. Virei pro desgraçado meu irmão, que ainda se contorcia no chão.
— Paulo César, eu te odeio. Eu juro por Deus que te odeio. — Mandei a real.l, sem acreditar que meu próprio irmão, tinha feito isso.
Dei mais um chute nas costas dele antes de virar as costas e entrar em casa. Assim que fechei a porta, passei a mão na cabeça, sentindo o peso do que tinha acabado de acontecer.
— Viviane... Viviane me espera — ele berrou e eu continuei andando, subi a escada.
Caralhø, Viviane… Onde tu foi se meter?
Olhei pro meu reflexo no espelho da sala. Completando 20 aninhos de idade, hoje. Trabalho desde os quinze. Nunca precisei de ninguém. Sempre me garanti sozinha. Pequenininha, só 1,55m de altura. Ruiva, conhecida como Cabelo de Fogo no morro. Pele branquinha, cinturinha fina, bünda empinada, perna torneada… E agora? Agora eu ia parar dentro de um presídio pra visitar Malfeitor....E o pior de tudo?
Não foi nem essa a parte que mais me assustou...O que me assusta é o que eu sinto no fundo do peitø.
Porque se não fosse nessas circunstâncias… Eu não ia achar r**m sentar pro Malfeitor.
Continua....
RECADINHO DA AUTORA 🔥
Pra você que ama um bandidø frio, possessiva, que jura que mulher nenhuma é capaz de mexer com seu coração, venha conhecer o Malfeitor que precisou apenas de algumas horas, pra descobrir que sempre foi apaixonado pela nossa ruiva. Mais conhecida como cabelo de fogo.
Essa história nasceu do meu livrø dos CONTOS a pedido das minhas leitoras: o que era um CONTO de cinco capítulos se transformou em uma narrativa completa, quente, intensa e envolvente. Vamos entrar pelas grades junto com Viviane nessa visita íntima e sentir cada momento dessa paixão proibida.
De uma autora que ama dar as asas para a imaginação, pra vocês, leitores que amam embarcar em um romance quente e envolvente.
Te espero nas próximas páginas.
AVISO LEGAL
Esta obra é fruto da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, lugares ou situações reais é mera coincidência.
🚫 Proibido para menores de 18 anos.
Contém cenas de viølência, sexø e linguagem imprópria.
Lembrando que essa øbra é registrada.
Todos os direitos desta obra estão reservados. A reprodução, distribuição ou compartilhamento em formato digital (PDF, ePub ou qualquer outro), sem a autorização expressa da autora, é proibida por lei.
A violação desses direitos é considerada crime, conforme a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regulamenta os Direitos Autorais no Brasil, podendo resultar em sanções cíveis e criminais.
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JM MARTINS
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