Sete selos

3125 Palavras
Fora o anjo Darius o escolhido para a árdua tarefa de reunir os sete selos. Naquele momento ele se encontrava sentado em uma mesa de madeira polida escrevendo com pena e tinta preta em um pergaminho grosso a amarelado. Encontre-me nas divisões dos mundos as três da manhã. Subscrevo-me Darius, anjo chefe e guardião dos portões dos mundos. Assim que a caneta marcou o ponto final o pergaminho se ergue no ar, enrolou sozinho e pegou fogo desaparecendo completamente. Ele surgirá no mesmo instante em sete lugares diferentes, para sete criaturas diferentes. Sabendo que a maioria deles tinha a enorme falha de não se importar em cumprir horários Darius saiu para o lugar marcado sem tanta presa. Voou tranquilamente por cerca de vinte muitos e então chegou no local marcado constatando nada surpreso que era o único ali. Eram três da manhã em Budapeste, então ainda estava escuro, entrementes havia ali um penhasco, mas a vista não era uma queda de vários metros e sim de nuvens limpas e um céu rosa e amarelo pela fraca luz solar. Dependendo de para qual lado você virasse poderia está na terra humana ou cair para o mundo sobrenatural. Darius guardou suas asas com um movimento fluído de ombros, apanhou o pergaminho que usaria ao fim daquela reunião. Então aguardou em silêncio, alguns demorariam a chegar, Seokjin por não ter poderes mágicos chegaria em um tipo de automóvel moderno que foi inventado em 1886. Mais a muitos anos ele foi presenteado com a capacidade de atravessar grandes distâncias em curto espaço de tempo. Cerca de meia hora depois uma flor que estava a três metros de Dariu desabrochou lindamente. Então Dariu se virou, de modo que não encarrasse nenhum dos mundos. A terra estremeceu, como um júbilo, então se abriu e a natureza surgiu esplêndido. Era primavera, então seus cabelos estavam azuais, penteados para trás. Namjoon usava um tipo de casaco muito longo, verde esmeralda, mais sem mangas, em seu ante-braço havia pequenos arcos feitos de folhas. Assim como em seus cabelos uma tiara de flores, estás que se exibiam lindamente. – Olá Darius. — Sua voz grossa fez a pequena flor recém desabrochada sacudir, como se ele estivesse falando com ela, então ficou ainda mais bonita. Namjoon sorriu com carinho, como se ela fosse sua amada filha, provavelmente era. Darius acenou com a cabeça, então gesticulou com as mãos. – Aguarde, esperamos mais criaturas. – As vezes esqueço que você é mudo Darius, Deus é curioso. — Namjoon sorriu revelando as belas covinhas que modelavam adoravelmete seu rosto já muito bonito. – O que faço aqui? – Reunião importante, ordens de cima. – Certo. — Eles ficaram em silêncio, Darius nenhum pouco incomodado com isso, como bom profissional que era, não sentia desagrado ou felicidade tampouco. Namjoon estava demasiado destraido fazendo milhares de flores desabrochar para lembrar de qualquer outra coisa. – Tire essas coisas do meu caminho. — Exclamou uma voz arrastava e levemente rouca. Namjoon e o anjo Darius se virou bem em tempo de ver a morte surgindo no breu. Yoongi se vestia normalmente, cores não era problema, mais a muito tempo atrás os humanos o pintaram de vestes escuras e uma foice, então ele adotou o traje quando trabalhava. Era também mais fácil, por que as almas tinham problema em aceitar a morte como um homem bonito e bem vestido, e sem foice. Pra que uma foice afinal? Hoje ele vestia roupas escuras mas quase transparentes. Parecia que estava vestido para provocar, afinal sua pele leitosa era muito atraente, e seu corpo parecia muito frágil, como se o menor toque possível fosse quebra-lo. Namjoon abriu os braços e um caminho se abriu pra que Yoongi pudesse passar sem matar nenhuma flor. Ele se aproximou dos dois, não parecia nada feliz e hoje seus cabelos estavam loiros, o que significava que ele esteve no inferno levado uma alma. – Vamos abrir um clube do livro, imagino. – Estamos esperando mais criaturas, temo que outro encontro desastroso como o de dezessete anos atrás, aconteça novamente, mais são ordens daquele que tudo pode. — Namjoon resumiu enquanto fazia círculos com a mão direita e uma cadeira feita de raízes surgia. Ele se acomodou ali e novamente o silêncio tranquilo reinou. Até um estampido como um estouro acabar com a paz. Os três se viraram para o carro velho que sacudia violentamente antes de parar a chofre. Seokjin desceu vestido em um bonitinho pijama rosa, cabelos ruivos bagunçados, estava furioso. Bateu a porta do carro e andou até os três pisando duro, mais teve o cuidado de desviar das flores de Namjoon. — Roubei esse carro velho na pressa de chegar logo. A partir de agora se for acontecer reuniões que seja na minha casa ou alguém venha me levar voando, isso é um ultraje, eu não tenho poderes, que coisa chata vocês esquecerem disso. Oi Namjoon. Seokjin respirou fundo depois de soltar tudo de uma vez. Namjoon olhou pra ele com indícios de um sorriso e também admirando a beleza do humano. Dezessete anos atrás Seokjin foi convocado por Dariu, e naquele mesmo lugar soube que era o humano escolhido, uma ponte entre os dois mundos. Na mesma ocasião outras crituras tiveram o desprazer de se conhecerem, desde então decidiram que se odiariam para todo sempre. – Eu trarei você na próxima vez Seokjin. — Hoseok surgiu das nuvens limpas com um sorriso tão radiante que deixou os outros levemente desconcertados por um momento. As flores de Namjoon pareciam ter levado uma bomba de vitamina e brilhavam ainda mais. – Desculpem o atraso, eu estava no Pacífico. – Não é necessário ir em busca de ninguém depois de hoje, aguarde. — Os gestos de Darius podiam parecer a língua de sinais humana, mais não era. Seus gestos eram rápidos e práticos, uma língua universal que toda criatura sabia falar. Os humanos jamais poderia aprender, Seokjin no entanto sabia mais dela do que o próprio coreano que era sua língua materna. – Porque Dariu simplesmente não conta o que está acontecendo? A única e última vez que nos reunimos eu tinha doze anos e as notícias não inspirou confiança. Estou meio assustado. — Seokjin estava tentando arrumar os cabelos ruivos, ele saltou da cama quando leu o pergaminho, não se arrumou como gostaria. – Ainda faltam três. — Dariu sinalizou ignorando os protestos de Seokjin. Admitia internamente que o encontro não havia sido dos melhores, o que era de se esperar, nenhum dos sete selos foi feito para conviver, mais se odiarem também não estava escrito. – Oh, você vai reunir os sete novamente, isso parece bom. Sinto falta deles. — Hoseok sorriu radiante, suas roupas eram difíceis de decifrar, elas dançavam em volta dele como se estivesse vida, provavelmente estava, afinal estava em contato direto com seu corpo. Pareciam ser em um tom lindo do mesmo rosa que enfeitava o céu, mais também parecia branco, ou azul. Seus cabelos castanhos avermelhados estavam meio bagunçados, em suas mãos haviam tatuagens trincadas, símbolos da língua universal representando tudo aquilo que dependia dele. Seus olhos mudavam de cor de acordo com suas emoções, mais até hoje ninguém tinha decifrado o que queria dizer. – Você é o único satisfeito com isso. — Resmungou Yoongi. Hoseok olhou pra ele com os olhos amertiza indecifrável, pareceu notar que tinha muita pele de Yoongi a mostra, admirou a corrente de ouro que enfeitava os cabelos e ombros da morte. Toda vez que ele colocava os olhos em Yoongi se sentia confuso. Talvez fosse curiosidade, afinal Yoongi era exatamente o seu oposto. Seu olhar foi tão inteso que Yoongi se viu obrigado a desviar. Então uma forte luz os obrigou a olhar para o céu, e Jungkook surgiu em toda sua glória, com um sorriso doce que fazia seu nariz franzir. Ele vestia uma túnica branca e nada nos pés, suas asas eram quase tão grandes quanto ele e seus cabelos escuros eram enfeitados por uma auréola brilhante. – É bom vê-los novamente. — Sua voz era tão doce e adorável, a verdadeira canção dos anjos. Em certas ocasiões um azul brilhante passava por seus olhos, mais nenhum anjo já quis revelar a razão. Seokjin podia não ficar abalado com a presença poderosa das criaturas, mais isso não o impedia de cair em torpor os admirando e de se sentir bem graças a energia que vinha da vida, o cheiro de mar e grama molhada que vinha de Namjoon e a sensação de inocência e felicidade que Jungkook trazia consigo. – É ótimo ver todos vocês, me faz perceber que tudo isso não foi coisa da minha imaginação. Mais quero entender porque nos reunir novamente e por que agora. – Recebi o aviso assim como recebi o pergaminho do anjo Darius, tudo está em grande turbulência no céu, tens motivos para sentir medo. – Se a intenção era nos acalmar Jungkook, temo que não tenha dado certo. — Namjoon acenou com as mãos e novas cadeiras surgiram, onde todos se acomodaram menos Dariu que permaneceu no lugar onde estava desde que chegou. – Confesso que o mistério dessa reunião em nada me agrada, depois do nosso primeiro contato acreditei que jamais os veria novamente. – O fato de serem únicos no mundo os faz esquecer que não faz m*l sentirem empatia, o ego de cada um não os deixou ter um bom diálogo e por essa razão estão aqui novamente. — Dariu sinalizou com eloquência. – Eu tentei, eles não tentaram. — Seokjin prorrompeu em fúria. – Não pode juntar um Anjo e um demônio e achar que tudo correrá as mil maravilhas, são inimigos naturais. E o Namjoon tem raiva de mim porque acha que é culpa minha os humanos estarem matando a natureza. – Se o bem e o m*l não estiver devidamente equilibrado as consequências serão desastrosas. Cada um aqui presente conhece tão bem quanto eu as razões para se manter o equilíbrio. – Então faremos eles se darem bem e eu posso voltar pra minha cama quentinha. Vou precisar de carona, aquele carro está morto, mais eu não culpo você Yoongi. – Por que o fato de você não poder sequer roubar um carro útil não tem nada a ver com morte Seokjin. — Yoongi parecia exasperado. Jungkook lançou um olhar de repreensão a palavra "roubo." – Eu definitivamente preciso treinar melhor treletranporte. — Todos se viraram ao som da voz sedosa do Inferme. Jimin se recompôs da chegada m*l treinada e então caminhou até os círculo que as cadeiras de Namjoon formavam. – Demorei muito? Fiquei indeciso em como vir. Seus passos eram leves como uma pena, seus cabelos loiros flutuavam pela brisa fraca que Hoseok produzia. Seu corpo perfeito vestia uma capa dourada com pequenas pedras de diamante que caia perfeitamente por suas curvas bem acentuadas, era possível ver seu sapato masculino de salto pela fresta na perna direita da capa, mais impossível dizer o que vestia por baixo da capa. Seus olhos eram de um dourado tão bonito quanto a roupa, e suas pupilas um tanto mais finas que o normal. Dando a ele um olhar perigoso no meio do rosto delicado e inocente. As pessoas o chamavam de deus vivo, mais ele era muito mais que isso. Quando seus lábios carnudos se abriam era possível ver os caninos afiados e brancos como papel. Jimin era capaz de se alimentar do sangue de qualquer criatura, quanto mais forte ela fosse, melhor pra ele. Suas orelhas de híbridos só surgiam na lua cheia ou no período do cio que ele aprendeu a controlar. – Bom que nos agraciou com sua beleza Inferme. — Jimin sorriu para os gestos de Darius então sentou na penúltima cadeira vazia. – Eu não imaginei que os veria juntos novamente. Nosso último encontro foi desastroso, pra não dizer terrível. – Muito pior pra mim que era um humano com doze anos vendo criaturas que achei que eram lendas e outras que nunca imaginei que existia. Não é fácil saber que tem céu e inferno e que qualquer coisa eu posso acabar subindo só pra descer com mais impacto. – O inferno não seria inferno quando o próprio Lúcifer já te conhece de outros eventos Seokjin. — Yoongi falava passando o dedo do meio nos lábios, uma ação simples mais incrivelmente atraente. – Ele vai me transformar em um objeto s****l. — Jungkook se contorceu com o tema da conversa. – Você está reclamando? — Questionou Jimin. – De jeito nenhum. — Seokjin e Jimin trocaram um sorriso malévolo. – Ele não transforma ninguém em objeto s****l, acho que ele sequer teve contato desse jeito com qualquer criatura se lervamos em consideração que ele é o próprio satan e não gosta de ninguém. — Yoongi mexia destraido nas correntes douradas em seu corpo e não parava de deslizar o dedo do meio em seu lábio inferior, sem se dar conta que Hoseok não tirou os olhos dele em nenhum momento. – Está dizendo que lúcifer é difícil? — Perguntou Seokjin também olhando para Yoongi. – Estou dizendo que lúcifer é inalcançável. Para mais detalhes, fale com anjos. Eles nem sequer tinham notado que estavam juntos tendo uma conversa harmoniosa, apenas Darius notou. E foi por isso que quando os seis o olhou em expectativa ele estava pronto pra contar o que queriam saber. – Não foi colocado na bíblia de forma proposital. Lúcifer é amaldiçoado, mais vai além do que se sabe... – Sabe o que acho cômico? Que não importa onde eu vá, ou o que faça...estão sempre falando de mim. Eu sabia que seria famoso depois da forma como o falso Deus me descreveu naquele livro de m*l gosto, mais não me ocorreu que falariam mais de mim do que dele. — Foi uma voz, uma voz de congelar o tutano dos ossos, uma voz venenosa e gélida de tirar o fôlego. Ali estava o sétimo e último selo, lúcifer o pai das mentiras, das maldades e da beleza mais fascinante dos mundos. Mais ele não gosta do tal dito nome, já que herdará do pai que agora ele desprezava. Chame-o então de Taehyung. Seus cabelos, seus olhos e suas roupas mudam de acordo com seu humor, que é tempestuoso. Ele desfilou entre as flores que morreram imediatamente com seu traje vermelho sangue. Usava uma calça vermelha belíssima, feita com muito suor, sangue e lágrimas de almas do inferno. Um tecido fino atuava como camisa e capa, que se arrastava no chão como um véu, tão linda que parecia pintada a sangue e brilhavam com pequenos cristais que poderiam facilmente ser lágrimas. Em sua cintura uma linda corrente moldada para ele pelos ferreiros do inferno que não usava nada em mãos pra se proteger. Em seu pé mais um modelo feito do sofrimento de alguma alma. No canto da sua boca vermelha como cereja brilhava dourado um piercing, seus cabelos hoje passavam da cintura em cascatas negras que estavam em movimento mesmo quando não havia vento. Em volta da sua cabeça uma tiara brilhava com pequenos símbolos que tilintavam com seus passos leves. Cruzes investidas. Aquele era o príncipe do inferno. Todos os ali presentes já o tinham visto uma vez, ele era também padrinho de Jimin, como isso aconteceu, é história para outro dia. – Eu estava realmente fazendo algo importante quando fui arrastado até aqui, qual é o motivo? – Sua voz era um perfeito barítono, não tão reconfortante mais incrivelmente excitante. Mais Namjoon não viu nada disso acontecer, estava preso na cena horrível de todas suas flores mortas. – O que fizestes demônio? Prevendo que a terceira guerra mundial estava muito perto Darius estalou o dedo e as flores antes mortas renaceram desabrochadas, fazendo Namjoon ficar tão encantado com a cena que se esqueceu do desastre. Então Dariu se preparou para falar o real motivo do encontro inesperado. Ele gesticulou tudo rapidamente sem dá espaço para perguntas antes da hora. – Cada um de vocês foi feito de forma única e razões diferentes no mesmo mundo. Se os desagradam o fato de que necessitam um do outro, não é problema do céu. O problema do céu é que nesse momento o m*l está mais forte, mais presente, o que jamais deveria ter acontecido. — Ele abriu os braços e uma enorme balança flutou no ar. – Se cada um dos lados não estiverem de igual pra igual, então o caos reina. — Um lado da balança caiu pelo peso enquanto o outro demasiado leve, ficou inerte, então vagarosamente a balança foi destruída pelo peso essesivo de um único lado. – Por mais que anjo e demônio passem a se amar um dia, ainda não podemos interferir nas decisões tomadas pelos humanos, não podemos salva-los de si mesmo. Dariu negou, caminhou até o meio do círculo que as cadeiras faziam e voltou a gesticular como se falasse com pausas. – Não, por conta do livre arbítrio não podemos interferir no que a humanidade faz, mais vocês mantêm a balança equilibrada, cuida de outras criaturas, por mais que os humanos matem a si mesmo, ainda precisam cuidar do equilíbrio ou não haverá nada. – O que sugere que façamos? — Darius agora tinha a atenção dos sete. – Não é sugestão, é ordem. – Ele caminhou uns trinta metros, então parou e ergueu os braços aos céus. Um raio caiu com um estampido e a terra tremeu, alguma coisa vinha surgindo lentamente. Namjoon sabia do que se tratava porque o espírito da terra sussurrou pra ele, e não parecia nada bom. Uma enorme construção vitoriana toda em madeira e detalhes vermelhos surgiu da terra, ao comando de Darius. Cinco minutos depois parecia que ela sempre esteve ali, uma casa no meio da divisão entre os dois mundos. – São os sete selos do mundo, sem vocês não há nada além do vazio. Juntos vida. Separados morte. – Acredita realmente que viveremos todos juntos em um mesmo local? haverá caos, não daria certo nem mesmo se quiséssemos. Todos aqui tem mais de 18 anos ou 18 mil anos, então acredito que cabe a nós a escolha. — Yoongi se postou de pé, já pronto para partir. – Não posso viver no mesmo ambiente que um humano matador de florestas. – Eu morreria pela gravidade do demônio Taehyung. — O jeito nervoso de Jungkook era quase adorável aos olhos de Taehyung. – Eu teria que me alimentar de sangue variados, posso acabar morrendo. Então Dariu abriu o pergaminho que guardou até aquele momento como ultimato, Deus não esperava menos das criaturas que criou, então preparou uma cartada final. – Achei mais apropriado fingir que estava pedindo. Aqui está escrito certo por linhas tortas que, ou aceitam ou Deus vai botar pra quebrar.
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