Entro em casa desnorteado, tanto pelo oque luke me falou sobre o traficante e o adolescendo e pelo cheiro que ele deu no meu pescoço.
- Droga, Droga!! – dizia kevin andando pra lá e pra cá na sala, enquanto minha mãe tentava o acalmar.
- Calma amor, vai ficar tudo bem – dizia ela acariciando o braço dele, e essa delicadeza toda me dava nojo.
- Bem como Luzia? – pergunta ele visivelmente irritado – O i****a do estevan foi preso, eu já falei pra parar de ficar naquele beco, merda! – dizia totalmente alterado sem perceber que eu estava ali, então toda a estória que luke me falou antes fez sentido, era um dos traficantes do kevin.
- Sei lá, dê um fim nele então, ou é ele ou o policial – disse minha mãe e nessa hora eu arregalei o olho em sua direção – podemos apagar ele pra ele não soltar o seu nome como fornecedor ou apagar o policial que é o único que não ta na nossa mão, tirando aquela mulherzia... Elisa, mas então, oque acha? – pergunta ela, minha mãe sempre foi imprestável pro papel de mãe, mas quando era pra ajudar kevin ela fazia de tudo.
- Por enquanto não sei quem é o policial, ele é novo, ninguém sabe o nome e nem onde mora, mas por enquanto – dizia ele mais calmo, mas eu já estava desesperado.
- Sabe que matar um policial não é bom né? – pergunto chamando a atenção deles pra mim, encosto na porta de braços cruzados, enquanto o olhar dele queimava sobre mim.
- Oque sugere então? – pergunta ele considerando a minha opinião, e eu sabia que isso aconteceria, entre eu e minha mãe ele sempre me escolhia, infelizmente.
- Mande matar ele, todos eles estão na sua mão, ninguém investigaria a morte dele dentro da prisão, muito menos o policial novo – digo tentando passar desinteresse, era ele ou luke, e eu iria proteger o luke.
- E como sabe que o policial não iria investigar? – pergunta ele com a sobrancelha erguida.
- Ouvi falar que ele pegou estevan tentando cobrar um adolescente sexo pela droga, estava usando o ponto fraco do garoto pra abusar dele, tenho certeza que o policial está do lado do garoto e não terá pena nenhuma da morte do estevan – digo convicto.
- Eu faria a mesma coisa – diz sorrindo ladino pra mim, nojo – mas eu concordo com você, ta decidido, amanhã estevan vai sumir – diz ele dando ponto final no assunto, minha mãe continua me olhando, e eu sabia o porque, o ódio que ela nutria por mim só ia crescendo desde a infância.
Apenas a ignoro e passo direto indo pro quarto, tomo um banho mais aliviado por ter conseguido desviar a atenção de evan pra cima do luke, deito e fico pensando sobre tudo, luke, faculdade, emprego normal, pela primeira vez em muito tempo eu penso em ter uma vida normal, estudar pela manhã, trabalhar pela tarde, e curtir pela noite, eu só queria viver normal, e pensando sobre isso eu caio no sono.
××
Estava eu em um lindo e ensolarado sábado deitado na cama e olhando pro nada, totalmente no tédio, eu não tinha família, não tinha amigos de verdade que faziam questão de me ter por perto, então oque fazer? Escuto a porta ser forçada mas não abriu por estar trancada.
- Que qui foi?! – gritei girando o meu corpo pra enfiar o rosto no travesseiro.
- Tem um ruivo lá em baixo te procurando – diz luzia totalmente sem vontade nenhuma, levanto minha cabeça imediatamente e saio do quarto correndo, encontro kevin na sala mas passo direto e abro a porta fechando logo em seguida.
- Ei – digo dessa vez tímido por talvez ter demostrado interesse demais.
- Ei – diz ele rindo – eu e jacob vamos ao parque e vim perguntar se quer ir junto – diz ele fofinho.
- Ó, parque? – pergunto fingindo pensar – claro que quero – digo sorrindo.
- Ok, então acho melhor colocar uma camisa – diz ele olhando o meu abdômen.
- Aé, só um minuto – digo ficando envergonhado der repente e indo colocar uma camisa.
Entro em casa e kevin me fuzilou como se perguntasse "quem é?" e apenas fiz sinal com a cabeça de que não era da conta dele, subo coloco uma camisa e um tênis, descendo logo em seguida, saio de casa e ele já estava lá com jacob no colo.
- Oi tio jordan – diz ele timidamente acenando pra mim.
- Oi lindinho, vamos brincar muito hoje? – pergunto fazendo cosquinha nele enquanto luke me olhava intensamente.
- Ya, vamos! – diz ele animado pulando no colo do pai, fomos pro carro e em pouco tempo chegamos no parque, sentamos em baixo de uma arvore enquanto jacob ia brincar no balanço.
- Sem querer parecer intrometido... – digo coçando a nunca – ... mas, onde ta a mãe do jacob?
- Conheci ela na academia de policia, tivemos um romance de pouco tempo, não chegamos a namorar, ela não resistiu ao parto – diz ele olhando o filho de longe.
- Sinto muito – digo envergonhado por tocar nesse assunto.
- Eu também, mais por ele não ter tido a chance de conhecer a mãe, minha mãe sempre tentou suprir essa falta, mas não é a mesma coisa – diz ele dessa vez olhando pra mim e sorrindo, desvio o olhar e olho para minhas pernas, a sensação de segurança que ele me passava desde pequeno continua ali.
- E como vai sua mãe? Sinto saudade dela – digo sincero, ele e a família dele sempre foram meu porto seguro, e a mãe dele sempre me acolheu como um filho.
- Ela vai bem, quando a gente se mudou ela demorou a acostumar de que não teria mais você na nossa casa todos os dias, ela gostava mesmo de você – diz ele soltando uma risadinha.
- Ela foi como uma mãe – digo sentindo o coração aquecer.
- Fale madrinha, mãe seria estranho – diz ele me olhando seriamente.
- Porque? – pergunto engolindo em seco, com medo de ter colocado mais i********e do que realmente tinha.
- Porque eu não to afim de cometer incesto, ficar com um irmão seria estranho – diz ele seriamente e eu o olho perplexo, ele tira a minha sanidade mental.