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Vendida ao dono do morro

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Sinopse

Sinopse: Letícia, uma menina de 17 anos, nasceu e cresceu no bairro Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Com seus longos cabelos castanhos claros e cacheados e olhos cor de mel, Letícia é uma jovem cheia de vida, mas com um olhar de quem já presenciou mais do que sua idade permitiria. Magra, mas com curvas marcantes, ela sempre viveu uma vida simples, longe das promessas de luxo e glamour, até que uma dívida inesperada arrasta seu destino para um caminho sombrio e perigoso. Por outro lado, LC (ou Luiz Carlos, como é conhecido por poucos) é um homem de 20 anos, marcado pela violência e pelas escolhas difíceis que fez desde cedo. Aos 16, ele se tornou dono do Morro do Jacarezinho, o maior reduto do tráfico de drogas na região, e, desde então, sua vida tem sido uma sucessão de festas, mortes e traições. Rodeado de mulheres e sempre cercado por inimigos, LC é a personificação de um mundo sem escrúpulos, onde as alianças são quebradas a qualquer momento e a única lei é a da sobrevivência. O destino de Letícia e LC se cruza quando uma dívida de tráfico coloca ambos na mesma rota de colisão, forçando-os a se enfrentar em um jogo de poder, sedução e morte. Letícia, que até então acreditava estar distante dessa realidade, se vê envolvida em um mundo que a desestrutura e a transforma. Enquanto isso, LC, acostumado a manipular e controlar tudo ao seu redor, terá que lidar com algo que nunca imaginou: uma mulher capaz de desafiar seus limites e questionar suas escolhas. Vendida ao Dono do Morro é uma história de amor, traição e sobrevivência, onde o destino é incerto e a linha entre o bem e o m*l se torna cada vez mais tênue. Neste cenário brutal e realista, Letícia e LC terão que tomar decisões que irão moldar suas vidas para sempre. Entre festas, tiroteios e dilemas morais, os dois aprenderão que, no mundo do crime, ninguém é inocente e todos têm algo a perder.

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Capítulo 1
Letícia acordou com o som de vozes no andar de baixo. Eram mais altas do que deveriam ser tão cedo, e havia algo de errado no tom delas. A luz fraca da manhã se infiltrava pela janela do quarto, mas o dia que nascia parecia longe de ser tranquilo. Ela se espreguiçou devagar, mas antes que pudesse sair da cama, ouviu sua mãe gritar. “Já falei, eu vou pagar! Só preciso de mais um tempo!” Letícia congelou. Aquela frase, a maneira como a voz de sua mãe Selma tremia, fazia seu estômago revirar. Ela andou até a escada e espiou. Na sala, dois homens grandes estavam de pé, enquanto sua mãe gesticulava desesperadamente. Um deles, alto e robusto, com tatuagens cobrindo os braços, segurava algo pequeno e metálico na mão. Uma arma. “Tempo? Dona Selma, no nosso mundo, quem pede tempo só tá adiando o inevitável. Já passou da hora de resolver isso.” Selma parecia à beira de um colapso. As lágrimas escorriam pelo rosto enquanto ela juntava as mãos, como se estivesse implorando. “Eu tô fazendo de tudo, vendendo o que posso... só mais uns dias, por favor!” “Dias? Tu acha que o LC vai esperar? Esse problema não é mais só teu, entende? Quando tu não resolve, alguém paga no teu lugar.” Letícia engoliu em seco, a adrenalina começando a correr em suas veias. O nome LC fazia seu coração bater mais rápido. Ela já ouvira sussurros sobre ele pelas ruas do Osvaldo Cruz. LC era uma lenda perigosa, o dono do Jacarezinho, o nome que fazia qualquer um pensar duas vezes antes de falar. Sem perceber, Letícia moveu-se um pouco mais, a madeira do assoalho rangendo sob seus pés. Os olhos do homem tatuado se voltaram para ela. “E essa aí?” Ele apontou com a cabeça, sorrindo de forma c***l. “Tua filha, né? Tá na idade de ajudar a mãe a resolver as coisas, não tá?” Selma olhou para trás, em pânico. “Não! Ela não tem nada a ver com isso!” O homem deu um passo à frente, ignorando as súplicas de Selma. Letícia recuou instintivamente, mas não havia para onde ir. “Ela parece forte... e LC gosta de resolver as coisas de maneira criativa. Talvez ela seja a garantia que ele tá precisando.” Antes que pudesse reagir, sua mãe se colocou entre eles, abrindo os braços como um escudo. “Vocês não vão tocar na minha filha! Vocês querem dinheiro, eu dou um jeito! Mas ela não!” O outro homem, mais baixo, mas igualmente intimidador, colocou a mão no ombro do companheiro. “Calma, FD. O LC mandou a gente resolver isso, não fazer cena.” FD suspirou, irritado, mas abaixou a arma. “Tá bom. Mas é o seguinte, Dona Selma: até o final da semana, ou o dinheiro aparece, ou a gente volta. E, da próxima vez, a gente não pergunta nada.” Eles saíram, deixando a porta aberta atrás de si. Selma desabou no chão, as mãos cobrindo o rosto. Durante toda a manhã, Letícia tentou arrancar informações de sua mãe, mas Selma apenas chorava ou desviava as perguntas. Tudo o que Letícia conseguiu entender era que a dívida tinha começado meses atrás, quando sua mãe precisou de dinheiro para cobrir uma emergência médica. O que parecia ser um empréstimo inofensivo virou uma bola de neve quando os juros exorbitantes começaram a acumular. Letícia passou a tarde trancada em seu quarto, olhando para as paredes e pensando no que fazer. Ela sabia que sua mãe não tinha como conseguir o dinheiro a tempo. Cada canto daquela casa já havia sido esvaziado, vendido ou penhorado. Naquela noite, enquanto Selma dormia no sofá, exausta de tanto chorar, Letícia decidiu agir. Pegou uma mochila pequena e colocou algumas roupas, junto com o pouco dinheiro que havia guardado do trabalho de manicure que fazia para as vizinhas. Antes de sair, deixou um bilhete em cima da mesa: ”Vou resolver isso. Não se preocupe comigo.” Letícia passou as primeiras horas da manhã andando pelo bairro. Falou com amigas, conhecidas, qualquer pessoa que pudesse ajudá-la a ganhar mais tempo. A resposta era sempre a mesma: medo. Ninguém queria se meter com LC ou com os homens dele. No final da tarde, sem saber mais o que fazer, ela se viu perto do ponto onde os mototáxis subiam o morro do Jacarezinho. O lugar fervilhava de vida, com crianças correndo, moradores conversando e homens armados patrulhando. Letícia ficou ali, hesitante, até que um mototáxi parou ao seu lado. “O que foi, garota? Tá perdida?” Ela olhou para o homem, tentando manter a calma. “Eu... preciso falar com o LC.” O mototaxista arregalou os olhos, mas logo soltou uma risada curta. “Falar com o LC? Cê tá louca? Ou tem certeza do que tá pedindo?” Letícia respirou fundo. “É sobre uma dívida. Da minha mãe. Preciso falar com ele.” Ele deu de ombros, ligando a moto. “Tua escolha. Mas te prepara. Quem sobe lá nunca desce igual.” Quando chegou ao topo do morro, o cenário era ainda mais caótico. A música alta, os olhares desconfiados, o cheiro de churrasco misturado ao de pólvora. Letícia foi guiada até uma casa maior, onde dois homens armados guardavam a entrada. “Quem é essa?” perguntou um deles. “Disse que quer falar com o LC.” Os dois se entreolharam, mas abriram a porta. Lá dentro, LC estava sentado no sofá, com um copo de whisky na mão e o olhar fixo nela. Ele parecia ao mesmo tempo curioso e indiferente. “Tu é corajosa, garota. Pouca gente tem a cara de p*u de vir até aqui me procurar.” Letícia, mesmo com o coração disparado, ergueu o queixo. “Minha mãe tá devendo pra você. Eu vim resolver isso.” LC sorriu de canto, inclinando-se para a frente. “Resolver? E como uma menina como você acha que vai resolver algo que nem tua mãe conseguiu?” Letícia engoliu em seco. Ela não sabia o que responder, mas sabia que não podia recuar. O olhar dele a queimava, mas ela manteve a postura. “Eu faço o que for preciso.” O sorriso de LC se ampliou, mas havia algo de perigoso em seus olhos. “Vamos ver se você tem mesmo coragem pra isso, Letícia.” Naquele momento, ela percebeu que o jogo tinha começado – e que ela precisaria ser mais forte do que jamais imaginou.

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