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634 Palavras

A luz estava acesa de novo, mas não ajudava. Era a mesma luz suja, tremendo sobre minha cabeça, como se estivesse tão exausta quanto eu. Meus pulsos estavam vermelhos, as cordas apertavam a carne, e o frio nas pernas já não era novidade. Só que agora... tinha algo diferente. O som da tranca ecoou pela terceira vez em menos de uma hora. E ele apareceu. Davi. Com a mesma calma. O mesmo controle. Mas agora, algo novo nas mãos: meu celular. Meu peito travou. Ele fechou a porta, se aproximou devagar, quase como quem não quer acordar um animal selvagem. — Adivinha o que eu trouxe pra você. — disse, girando o aparelho nos dedos. Não respondi. A garganta estava seca demais. — Eu pensei bastante. Sobre como dar esse passo. Se era a hora certa. Mas sabe... eu gosto de momentos simbólico

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