BEN Mano, eu nunca fui de ir no pagode. Aquele barulho de batuque, cavaco e gente bêbada cantando desafinado nunca foi minha praia. Meus pais sempre vão, levam a Cecília e o Lipe, pois é um evento tranquilo e seguro. Mas hoje era diferente. Hoje eu tava levando a Keyla pro pagode que rola todo mês no pé do morro. Era política, era estratégia. Todo mundo precisava ver que a gente tava junto, que ela tava comigo. Que o Matemático que se f**a, ela era minha agora. A Keyla tava linda pra c*****o. Um vestido vermelho justo que marcava cada curva, aquele cabelo solto... toda vez que eu olhava pra ela, dava vontade de levar ela pra um canto e reviver o que a gente faz na minha casa, na minha cama. Mas tinha que manter as aparências. — Você tá tenso, Ben — ela sussurrou no meu ouvido,

