Gabriel O vento trouxe o cheiro de pólvora antes de qualquer outro aviso. Estávamos no posto de vigilância na encosta leste da Rocinha, um ponto estratégico para vigiar quem subia e descia o morro. Eu acompanhava os monitores de câmeras ao lado de Zulu e Pará, os dois homens de confiança, enquanto Carol ficava segura no território interno, distante de qualquer risco iminente—ou assim eu acreditava. Às 02h17, o alarme de movimento disparou. — Invasores pelo beco da pesada! — gritou Pará, apontando para o monitor. Quatro silhuetas avançavam em formação, armas em punho. Não eram os mesmos da última vez. Vestiam jaquetas pretas, rostos cobertos. Meu coração apertou. Não podia permitir nenhum ataque bem-sucedido. Nem por mim, nem por ela. — Zulu, posiciona o fuzil na torre. Pará, chama re

