Capítulo 56

1876 Palavras

Muralha narrando Depois de deixar a Bárbara lá em cima, na casa da mãe da Thalia, eu desci com meu segurança, de moto, sentindo o peso do que ainda estava por vir. O morro estava quieto demais. Um silêncio estranho, denso, daqueles que precedem tempestades. E dessa vez, quem ia ser a tempestade era eu. Voltei direto pra Boca. Minha cabeça já tava operando em modo cirúrgico, cada movimento calculado, cada ordem milimetricamente pensada. Eu não podia dar espaço pra erro. Não agora. Não depois de tudo o que aconteceu. A favela foi corrompida por dentro, e se eu deixasse isso passar, mais cedo ou mais tarde, a podridão voltaria a escorrer pelas vielas. A primeira ordem foi seca, direta, definitiva: fechar todas as bocas. Todas. Sem exceção. Não era boato. Era real. Mandei recolher tudo

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