Muralha narrando Eu fiquei do lado do ringue com os braços cruzados no peito, mas aquilo era só fachada. Por dentro, meu coração tava batendo tão forte que eu quase podia ouvir o sangue martelando nos meus próprios ouvidos. O Mike já tava lá dentro, andando de um lado pro outro, girando o pescoço, dando socos no ar. O filho da p**a era grande, largo, ombros monstruosos. Dava pra ver pelas pernas dele, pelas cicatrizes e joelhos fodidos, que era profissional de verdade, desses que passaram anos rodando octógono. O público tava insano. Gritavam o nome dele, apostavam pesado. As notas trocavam de mão numa velocidade absurda, um mar de gritos, cheiro de cerveja, maconha, suor e sangue. Era o tipo de ambiente que eu conhecia como ninguém. Onde cada homem ali só esperava ver alguém cair — pr

