Já havia se passado quase um mês e o Sr Rubens não havia entrado em contato. Mel já estava considerando ir embora quando seu telefone tocou.
- Boa tarde Srta Morais. - A voz era do assistente de Rubens. - o Sr Venâncio deseja vê-la na sexta às 19:00. Passa o endereço, enviarei um carro.
Mel pareci ter borboletas no estômago. Um pouco ressabiada, mandou o endereço do café onde trabalhava.
Na sexta feira ás 19 horas, Mel e conduzida ao escritório de Rubens. Lá havia mais três homens, todos muito bem vestidos e elegantes. Ela se sente envergonhada quando todos se viram a observando.
- Melina, entre - Rubens a chama ao vê-la exitante.
- É Melissa Sr.- sua voz soou baixa e insegura.
- Tanto faz - responde Rubens friamente. - Cada vez que aparece arruma um nome.
Os homens restantes a fitam com curiosidade.
- Esse é o Dr Ricardo Nunes, seu advogado. - Apontando para um dos homens. - Luiz Garcia, meu advogado e esse - apontando para um belo homem de seus quase trinta anos - Tomás Cárdenas, seu noivo.
Ao olhar para o dito noivo, a vergonha tomou conta de Mel. Ela se esforçou muito para não sair correndo.
- Prazer Melissa. - O homem lhe dá um leve aceno com a cabeça.
Com cerca de um metro e oitenta, cabelo castanhos alourado, olhos verdes e um corpo atlético, Mel prendeu a respiração.
Com tal aparência, ficou pensando porque se casaria por contrato. Um homem desse não teria nenhum problema em arrumar uma noiva por seu próprio mérito.
Tomás avalia a mulher a sua frente, parece tímida e constrangida. Totalmente o oposto do que Rubens dissera. Mas, sem dúvida muito bonita. Através da blusa branca e jeans velho desbotado, percebe-se que tem um corpo bonito, olhos castanhos tristes, cabelos longos preso em um r**o de cavalo e uma boca bonita coberta por um batom avermelhado.
A figura não era r**m. Com um banho de loja, com certeza ficará uma belezinha.
Seus pensamentos foram interrompidos por Rubens pedindo ao Dr. Ricardo para ler o contrato.
O contrato dava a Melissa Morais duzentos mil, sendo cinquenta na assinatura do contrato e cento e cinquenta no dia do casamento. Após o término do enlace, uma indenização de dois milhões contanto que ela gerasse uma criança, independente de s**o e que seria criado pelas famílias Venâncio e Cárdenas.
Também exigia que ela não tivesse contato com outros homens a partir da presente data. Ficaria nomeados os dois advogados presentes para qualquer eventualidade na vigência do contrato, dispensado a presença do Sr Venâncio.
Caso o casamento se desfizer sem a concepção do herdeiro, Melissa Morais teria que devolver o valor embolsado.
Depois de dez minutos conversando a sós com o advogado, o contrato foi assinado por todos os presentes.
Os homens levantaram um brinde ao noivo e ao velho Venâncio e Melissa ficou esquecida em um canto da sala.
Sentindo se deslocada, Mel saí sem pensar se despedir. Ao sair pela porta uma das empregadas a abordou.
- A Sra não pode transitar por aqui.
- Tudo bem, estou indo embora. - diz se dirigindo a porta.
Lá fora não encontra o carro que a trouxe e pergunta.
- Onde está o motorista que vai me levar?
- Já se foi Sra. O Sr. Rubens disse que você voltaria com o Sr Tomás.
- OK. Vou aguardar aqui então.
- A Sra não tem permissão para ficar aqui.
- Onde posso ficar?
- Sinto muito Sra. Só do lado de fora, mas não é apropriado ficar na rua a esta hora.
- O que faço então? Porque não posso ficar aqui?
- Não posso te deixar aqui sozinha, não depois do que aconteceu.
- O que aconteceu?
- Não tenho permissão para falar das coisas do patrão.
Se sentindo humilhada, Mel resolve aguardar no portão. Não iria voltar para aquela sala e ficar desconfortável no canto.
Melhor ficar sozinha na rua.
Eram quase dez da noite e ela esperava pacientemente. Quando o carro de Tomás saiu acompanhado de outro carro. Com um aceno os advogados se foram e Tomás parou para ela entrar.
- O que faz aqui fora sozinha Melissa?
- Vim tomar um ar. - mentiu, para não dizer a ele que não pôde ficar na propriedade.
-Não repita isso. Pode ser perigoso.
Mel não respondeu, abaixando a cabeça. Afinal Tomás era um estranho e ela não tinha idéia do que vinha pela frente.
- Então você quer dinheiro para se casar e bancar o marido? - O rapaz pergunta de supetão.
Mel olha para ele confusa.
E ele continua
- Não precisa mentir. O padrinho já me disse tudo.
Só espero que não quebre o contrato.
Surpresa ela pergunta.
- O que ele disse?
- Tudo, que você tem um amante e quer viver uma boa vida.
Chocada ela não disse nada.