Amável CEO Cruz

Pov- Fernanda. Fernanda - Dor, era a palavra exata para descrever aquilo que estava sentindo nesse momento, aqui estava eu arrumando as minhas coisas e colocando todas as minhas roupas dentro de uma mala enquanto ouvia barulho dos tímidos no quarto ao lado. Um belo dia estava voltando do trabalho e por sorte fiquei feliz por sair mais cedo pois teria mais tempo para ficar com meu noivo para comemorar o nosso noivado, uma mulher sonhadora como eu queria ser feliz e infelizmente acreditava em amor à primeira vista, Doce engano. Voltei para casa toda contente e trazendo o bolo favorito do meu noivo, se bem que nem tenho certeza absoluta se devo continuar usando essa palavra é tão irreal acreditar que isso estava acontecendo comigo que foi burra para não perceber nas entrelinhas. Henry apareceu na minha vida como se fosse um verdadeiro príncipe encantado estava chovendo muito e eu precisava voltar para o trabalho, estava correndo pelas ruas tentando me esconder debaixo dos toldos até que um homem lindo parou do meu lado, parecia até cena de um livro de amor. Ele me ofereceu carona e me ajudou a chegar até o meu trabalho, passou alguns dias apenas para que Ele pudesse voltar ao café e todos os dias começou a tomar o café da manhã ali junto comigo e pedia que apenas eu pudesse atendê-lo ,no começo tudo isso parecia Normal. Depois de alguns meses tomando café todos os dias na loja em que eu trabalhava, ele finalmente tomou coragem para me chamar para sair, fui a mulher mais feliz do mundo acreditando que estava apaixonada por ele, e realmente no começo pensei que estava e foi por isso que as coisas chegaram até aqui. Depois de alguns encontros, começamos a nos beijar e finalmente fui para a cama com ele, pensei que seria mais uma pelo fato dele ter desaparecido durante uma semana mas logo em seguida me pediu em noivado e ficamos juntos durante mais alguns meses até resolvemos morar juntos, alugamos um apartamento no centro da cidade juntos e eu sabia que ele tinha dinheiro, eu também tinha embora não quisesse nada do que vinha dos meus pais, meu pai não foi um bom homem ele era um bom amigo para os outros mas era um péssimo pai para mim e um péssimo marido para minha mãe que ainda o amava e por isso viajaram para comemorar as bodas de ouro e morreram em um acidente, o maldito naufrágio em um barco e eles ainda estavam em um lugar completamente abarrotado de tubarões e eu não tive nem como enterrá-los. Henry foi o meu porto seguro desde o princípio enquanto estava me sentindo sozinha e abandonada, eu não tinha mais nada porque os meus pais morreram, a única coisa que me deixaram foi as escrituras da grande mansão no centro da cidade, me deixaram uma grande fortuna em dinheiro e eu ainda não tive coragem de pegar um dólar para gastar, na minha cabeça era a única coisa que eu tinha dos meus pais e queria deixar guardado mas agora, isso fez com que eu pudesse levantar a minha mão colocando sobre o meu ventre. Dois meses atrás eu comecei a passar m*l porém eu ainda fiquei naqueles dias doloridos e cheia de cólica e por isso não pensei que isso poderia sequer acontecer, hoje mais cedo fui para o trabalho e acabei desmaiando no horário do almoço meu chefe me deu algumas horas extras para Descanso acreditando que eu estava muito cansada, e aproveitei para ir até a farmácia mais próxima e comprar pelo menos três exames de gravidez eu estava tão feliz que pedi para sair mais cedo para contar para Henry, meu noivo. Por pensar nessas palavras minha boca se enchia com um amargor que me lembrava vinagre, como eu pude ser tão i****a e acreditar que um homem daquele jeito pudesse se apaixonar por mim? Levantei os meus olhos para as minhas mãos percebendo a minha aliança e ele estava logo ao lado o anel de noivado, não pensei duas vezes em os arrancar e deixar jogado em cima do sofá enquanto eu voltava para o quarto tentando fazer o possível para não despertar nenhum som que eles pudessem ouvir mas pelos gritos que a minha melhor amiga estava dando no quarto ao lado, era quase impossível saber que eles sequer poderiam imaginar que eu estaria aqui. Gisele foi a minha melhor amiga durante anos e ela não conhecia Henry , estudamos juntas e nos formamos na faculdade, o sonho dela era ter uma grande empresa enquanto o meu sonho era levar uma vida simples e humilde assim como a minha mãe e o meu pai mesmo tendo dinheiro e fortuna, isso nunca deixou de mudar o coração bondoso que eles tinham a não ser a minha mãe que era a mulher mais Gentil do mundo e o meu pai que só pensava em trabalhar e esqueceu que basicamente tinha uma filha. Respirei profundamente terminando de ajeitar a minha bolsa e percebi que não havia muitas coisas no apartamento, Ainda bem que eu não havia trazido tudo da formação dos meus pais porque queria ter pelo menos um pouco mais de paz e não ficar lembrando o tempo todo da morte de todo mundo que eu acabei perdendo, com esse amargor na minha cabeça nem lembra do que aconteceu hoje cedo. Cheguei em casa feliz e com um sorriso tão lindo nos lábios que não percebi as provas espalhadas pelo apartamento, quando me aproximei do quarto ao lado pude perceber um som estranho , Gisele estava na cama com o homem que eu pensava amar de todo o meu coração, Henry era o homem que eu pensava que amava de todo o meu coração, estava na cama com outra mulher que dizia ser a minha melhor amiga, eu olhei para a pequena caneta do exame de gravidez nas minhas mãos e olhei para a porta ouvindo os gemidos altos sendo espalhados por todo o apartamento, então arrumei as minhas coisas o mais rápido que podia e peguei todas as minhas documentações da minha herança, inclusive do apartamento que eu comprei onde eles estavam me traindo Vou deixar tudo isso para trás e vou buscar uma nova vida, o meu bebê não vai ter uma vida como a minha e eu vou fazer aquilo que eu tenho que fazer... A passos calmos e leves, consegui chegar até o corredor e logo em seguida aprecei meu passo até chegar ao elevador, sem olhar para trás apertei o botão do térreo e finalmente eu limpei as lágrimas ajeitei meu cabelo me olhando no espelho do elevador e então coloquei um sorriso falso no rosto não para mostrar que estava feliz com a minha ida e sim para que ninguém pudesse ficar me perguntando o que havia acontecido para que eu pudesse sair chorando de dentro do elevador. Meus olhos estavam lutando com a ardência pela vontade de chorar, era um fator por causa da traição que acabei descobrindo e eu sabia disso, quando finalmente as portas do elevador se abriram caminhei com toda dignidade do mundo até chegar ao lado de fora antes de tirar o meu telefone do bolso e chamar um táxi, sabia que ele poderia me levar para qualquer lugar que eu queria Então neste exato momento vou pegar um ônibus e vou para o mais longe que puder de Nova York. Taxista - para onde vai senhorita?- ele me perguntou assim que colocou a minha bagagem no porta-malas, coloquei cinto de segurança e eu olhei para frente me decidindo qual caminho seguir. Fernanda - vamos para a rodoviária mais próxima - ele afirmou com a cabeça e logo fez o que havia pedido , estava tão triste que olhei uma última vez para o prédio onde achei de seria feliz , o lugar que pensava ser o meu porto seguro e agora não passava apenas de um pesadelo de uma memória r**m que vai me atormentar pelo resto da minha vida. Taxista - chegamos - eu estava pensando em tantas coisas que eu não percebi que o motorista estava dirigindo mais rápido para que pudéssemos chegar então, me ajudou a tirar a minha bagagem do porta-malas e me entregou, dei uma nota de $20 em suas mãos antes de entrar na rodoviária. Haviam tantas pessoas andando de um lado para o outro, tantas pessoas pensando em um futuro melhor ou chegando de uma viagem das férias das crianças, aquela típica vida que queria ter com o homem que eu achei que amava, com o homem que achei que me amava. Uma lágrima desbravou o meu rosto então respirei fundo ele levantando a minha mão e a limpando para impedir que as pessoas pudessem ver, olhei para frente tentando manter a minha dignidade quando comecei a caminhar na direção para comprar a minha única passagem, estou indo para um lugar onde não conheço, com pessoas que eu não conheço e sem um lar para morar, mas eu vou dar a volta por cima assim como sempre conseguir e voltar uma boa vida para o meu filho. Fernanda - você não vai ter uma vida como a minha- eu falei para o meu filho colocando a mão no meu ventre como se ele pudesse entender, tão pequeno, mas estava feliz que ele estava ali porque não me sentia sozinha e sabia que precisava lutar por alguém - Eu juro que você vai ter uma vida boa - olhei para o lado quando o homem passou por mim, apressado com o telefone no ouvido, parecia desinteressado em tudo ao redor E eu queria agir assim então respirei fundo tentando manter a calma quando me aproximei da atendente. Atendente - para onde vai?- essa mesma pergunta começou a se repetir na minha cabeça quando olhei para cima vendo o nome de várias cidades, muitas estavam por perto e por pouco tempo cogitei-a pensar que poderia ir para Malibu, mas eu sabia que seria o primeiro lugar onde ele me encontraria ,havia dito no ano passado que seria um sonho passar a lua de mel olhando para o mar, isso fez com que eu pudesse repetir o meu suspiro de tristeza por pensar que havia perdido tantas coisas por culpa daquele maldito Traidor- moça você precisa me dizer para onde vai para que eu possa te dar a passagem . Fernanda- Me desculpa- olhei uma última vez para cima percebendo que encontraria pelo menos uma única cidade onde eu tinha certeza absoluta de que ele não iria me encontrar, o lugar longe o suficiente para que eu pudesse descansar e viver uma vida boa posso fazer o possível para ser feliz estando longe das pessoas que me machucaram quando mais precisei de ajuda e consolo - eu vou para o Kansas - ela firmou com a cabeça digitando no computador assim que pediu os meus documentos, paguei a passagem com o único dinheiro que havia na minha carteira sobrando apenas o cartão de crédito que havia recebido dos meus pais e todos os outros cartões que tinha um dinheiro da minha herança. Atendente - boa Viagem- minhas mãos estavam tremendo quando ela me entregou a passagem, então eu agradeci deixando um sorriso aparecer e caminhei na direção onde o ônibus estava esperando. Havia motorista do lado de fora esperando a passagem então eu entreguei em suas mãos e logo em seguida ele pegou a minha mala colocando embaixo no ônibus, olhei uma última vez para as ruas de Nova York e logo em seguida subi dentro do ônibus sem olhar para trás Eu juro que a partir de hoje nunca mais irei colocar meus pés nessa maldita cidade a não ser para destruir Henry e Gisele, eles estavam naquele lugar por minha causa e pelo meu dinheiro, então não vou descansar até deixá-los na míngua, quando finalmente me sentei e os outros passageiros entraram naquele exato segundo em que estava deixando a cidade, enquanto deixava que as lágrimas pudessem banhar o meu rosto eu jurava de todo o coração que eles iriam me pagar pela traição que me causaram, mas agora preciso descansar e esperar chegar o meu destino pois eu sei que a partir de agora vou precisar ser uma leoa para proteger o meu filho. Fernanda - eu juro...