CAPÍTULO 3

704 Palavras
ELLEN Nunca um nome tão peculiar chega até mim por nada, ninguém e inocente, muito menos me arrependo do que faço ou escrevo, então, quando lancei a primeira resenha de William Keller, eu estava com raiva e ranço dele. Mas só um pouco. O suficiente para dizer que ele era um machista e logo o pior tipo de homem na cidade, tem alguns termos de baixo calão direcionados a ele, como egoísta e logo altruísta. Ele era um cavalo de troia. Um enorme e colossal cavalo de troia que me derrubou com tudo aquilo. Na verdade, ele era diferente, mas um diferente r**m e que deixava ele como um crápula. Eu suspiro fundo, enquanto sinto meus pés me matarem e enquanto levo uma dura tremenda do embuste do meu chefe, graças a minha crise temperamental depois de 40 minutos com o princeso e a matéria na coluna. O número de visualização da coluna cresceu muito, mas, sobre ele, a foto anexada, as mulheres são sempre safadas demais, foram comentários de alto nível e baixo nível em relação a figura de William Keller, claro, sobre o pôster, com altas críticas sobre o termo machista empregado a imagem do poderoso princeso de cueca. Fora isso, bem, eu levava um esporão do chefe. Eu odiava levar bronca. - Não podia ter feito aquilo Ellen, você, praticamente, estragou tudo! - Você queria visualização e alcance, você conseguiu, só não foi a pauta que o senhor pediu - Seguro o copo com a vitamina e mais uma vez sinto o sapato me incomodar. Droga. Eu estava com um maldito salto alto preto, quando você vai em uma reunião você tem que fazer a culta, mulher de negócios, porque em pleno século 21 e isso que garante a participação da mulher, o empoderamento feminino, tanto em imagem como trabalho feito. Só de usar saia você tem suscetíveis fatores que podem fazer você passar por muita coisa r**m. Falta de confiança, respeito ou Assédio. - Eu tenho apenas você de colunista nessa área, não me faça contratar outra e reduzir seu bom salário em dois. Eu suspiro fundo. Sabendo que ele acaba de ameaçar a pessoa errada. No dia errado. Comigo calçando o sapato errado, no meio de uma avenida, sem estar tomando, sossegadamente, minha vitamina de abacate. Eu jurei que não iria surtar. Eu... o que era mesmo? Ah, pro inferno! - Se me ameaçar de novo eu peço demissão e só volto com o dobro, não me ameace, sabe que eu faço meu trabalho como ninguém, seu querido Keller, bem, e um bosta, só aquilo está ótimo, não mexa mais no lixo, porque quanto mais mexer, mais vai cheirar mau. - Eu quero mais histórias envolvendo os Keller, você entendeu? - Claro, vou ver se eu acho a última p**a que ele fodeu, ai vou perguntar como foi e quanto ele pagou - A linha e desligada. Minha vontade e voltar no jornal e esfregar algo na cara do embuste, mas fico calma por alguns segundos e caminho, tendo um pouco de paz de espírito. Tomo a vitamina até a última gota e logo sinto minha barriga roncar satisfeita. Assim quero paro em um lugar menos cheio eu entro em um beco, para comprar d***a? Não. Me inclino e tiro o sapato e fico paradinha, vendo meu dedinho espremido e vermelho, Deus, eu não vou comprar mais sapato alto, vou usar pantufa pelo resto da minha vida. E apavorante isso, meu Deus. Enfio o sapato no pé e volto a caminhar de volta, no segundo que pego para atravessar a rua o celular toca é me faz assustar, um passo em falso e eu cambaleio para trás, quando penso que vou cair, algo me pega. Olho para o braço na minha cintura o logo tento me apoiar, mas sinto o salto quebrado. Trezentos dólares. Quebrados. Eu respiro e me apoio no braço, tentando me localizar. Desastre, e isso que eu sou, um desastre! - Obrigado - Sussurro. - Eu tenho um azar, que p**a m***a! - Eu peguei você, não se preocupe - Eu lembrava daquela voz, meu pai do céu. Eu tremi toda, da cabeça aos pés. Até meu dedinho do pé vermelho tremeu de nervoso. Era ele.
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