📓 NARRADO POR MIGUEL SANTANA O silêncio ali dentro ficou leve um silêncio bom, cheio de cheiro de café e bolo, com o som do vento batendo na janela e o velho batucando os dedos na mesa. Por um instante, parecia que nada r**m podia alcançar a gente. Até que a paz foi interrompida do jeito mais bonito possível: — “Tô prontaaaaa!” A voz da Manu ecoou do corredor, e antes que eu olhasse, ela já veio disparada o cabelo desgrenhado, uma blusa que m*l combinava com a saia florida e um par de tênis desamarrado. Parecia uma faísca viva no meio daquela calmaria. Lívia se virou rindo. — “Pronta pra quê, menina?” — “Pro parque, ué!” — respondeu ela, orgulhosa, mostrando a mochilinha rosa pendurada num ombro só. — “O maninho prometeu!” Rey riu alto, balançando a cabeça. — “Vish… promessa de Sa

