capitulo 69

1049 Palavras

📓 NARRADO POR ANA LÍVIA O chão do beco já tremia antes mesmo de eu chegar na pista. A batida batia no peito, no estômago, no sangue. Manu me puxou pela mão assim que me viu. — “Vem, doutora… hoje a gente vai incendiar essa porra.” Ela riu daquele jeito dela riso de quem nasceu pra caos, brilho e confusão. Eu fui. Por um motivo simples: eu queria incendiar. Querendo ou não, Miguel me queimava há tempo demais. A gente entrou no meio da pista e a batida mudou. Funk pesado, grave vibrando no asfalto. A Manu jogou o cabelo pra trás, passou a mão pela minha cintura e me puxou pra dançar como se fosse natural. E eu deixei. O vestido dourado pegava a luz inteira. A f***a abria alto demais quando eu virava, os recortes na cintura faziam cada curva aparecer. Eu dançava solta, livre,

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR