📓 NARRADO POR MIGUEL SANTANA O calor dela bateu no meu peito antes mesmo de eu pensar. O cheiro, a pele, o jeito que encaixou no meu corpo quando puxei… Era provocação demais pra uma noite só. A mão dela cabia inteira na minha. A cintura também. E eu segurei como se fosse minha porque naquele segundo, era. O i****a que tava atrás dela ainda demorou uns dois segundos pra entender o que tava acontecendo. Dois segundos a mais vivo. Ele deu meio passo pra frente, levantou a mão como se fosse falar comigo. Erro. Nem dei tempo. Virei só o suficiente pra encarar ele por cima do ombro da Ana. — “Sai.” Uma palavra. Baixa. Sem levantar a voz. Sem precisar. Ele congelou. — “Qual foi, mano? Eu só tava dan—” Eu soltei um riso curto, sem humor nenhum. Meu maxilar travou. Meu corpo

