O beijo se aprofundava a cada segundo , urgente, como se nenhum dos dois tivesse mais controle. Theodore deixou escapar um gemido baixo contra a boca dela, os dedos percorrendo as curvas com intensidade, marcando o corpo dela como se quisesse provar que era só dele.
Sophie retribuiu com a mesma fome, puxando os cabelos dele, inclinando a cabeça para dar espaço aos lábios quentes que agora desciam pelo pescoço dela. O arrepio foi imediato, tão forte que a fez arfar e soltar um sussurro quase involuntário:
— Theodore...
Esse chamado fez os olhos dele se encontrarem com os dela escuros e profundos, cheios de algo que misturava desejo e algo mais, quase possessivo. Ele não disse nada, apenas voltou a beijá-la, mas agora suas mãos se perderam no tecido do vestido, subindo devagar, explorando, até encontrar pele.
Sophie arqueou as costas ao sentir o toque. Ela segurou o rosto dele entre as mãos e o beijou com uma entrega que queimava, como se todo o controle que sempre manteve tivesse simplesmente desaparecido naquele instante.
Theodore deixou escapar um sorriso curto contra os lábios dela, ofegante, antes de murmurar com a voz grave:
— Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso.
Sophie o olhou, os olhos brilhando em desejo e provocação.
— Então não me faça esperar mais.
As palavras dela foram o estopim. Theodore a puxou ainda mais contra si, o ambiente silencioso do escritório sendo preenchido apenas pelo som dos suspiros, dos beijos intensos e do roçar apressado dos corpos. O mundo lá fora não existia mais apenas eles dois, entregues por completo, no limite entre desejo e necessidade, sem mais espaço para barreiras ou formalidades.
O escritório, que sempre foi palco de contratos e planos de negócios, naquela noite se tornou cenário de uma entrega que nenhum dos dois seria capaz de esquecer.
Sem pensar, Theodore a girou tirando ela da estante e a guiando até a mesa. Com um movimento firme, a fez sentar sobre a madeira polida, espalhando alguns papéis pelo chão. Sophie ofegou, mas não protestou ao contrário, agarrou-se mais a ele.
— Vai… bagunçar todo o escritório — disse ela, entre um beijo e outro, o tom levemente brincalhão, mas a voz trêmula denunciava o quanto já estava entregue.
Theodore encostou a boca no pescoço dela, os lábios roçando contra a pele exposta.
— Não me importo. — A voz dele saiu grave, rouca, como se cada palavra carregasse o desejo que vinha segurando por tempo demais.
Sophie arqueou levemente o corpo ao sentir o toque, os olhos semicerrados.
— Você é insuportável quando decide algo… — sussurrou, mas suas mãos que apertavam os ombros dele contradiziam a frase.
Ele ergueu o rosto, o olhar intenso cravado no dela.
— E você… é uma delícia.