Capitulo 1

2759 Palavras
SARA.. Depois de passar a noite inteira chorando, e como consequência ter criado olheiras terríveis. hoje não queria pisar o pé naquele colégio, e tudo graças a meu pai. Para quem não conhece, o apresento: Senhor Ricardo, mais conhecido como, controlador, s*******o e irritantemente irritável, se é que existe esse termo. Minha vida nunca fez muito sentido, sempre tive tudo que uma garota da minha idade almeja, mas permanentemente me sinto frustrada e infeliz. Filha de pais separados, e com comportamento totalmente ao contrário do padrão normal da sociedade, assim que minha família era na realidade, exceto quando estávamos em público, aí então bancávamos a família perfeita. Pelo menos uma única vez gostaria que Jaqueline, vulgo minha mãe, deixa-se de me olhar como um estorvo, e me trata-se como sua filha. Ela até tenta disfarçar e dizer que me ama, mas é nítido que não tem se quer vocação para ser mãe. Há muito tempo desisti de buscar insistentemente sua atenção, e decidi trata-la da mesma maneira a qual sempre me tratou. Mesmo separados, sei que papai gosta dela de uma certa forma. Falando nele, gostaria que parasse de me ver como uma boneca de porcelana, que a qualquer momento pode se quebrar. Se ele ao menos soubesse, que já estou quebrada por dentro a tanto tempo. Na realidade, ele tinha uma grande culpa nisso, poís sinto falta de como me tratava antes, agora tudo que faz é trabalhar naquela empresa, e tentar me recompensar com presentes e mimos, ele não entende que o que desejo é uma família de verdade? Vejo a maioria dos jovens da minha escola com pais que se importam com eles, que incentivam suas escolhas, enquanto os meus? só conseguem enxergar a si mesmos, ou quanto dólar caiu na sua conta hoje de manhã. Aliás, dinheiro é o maior amor de Ricardo, ele acredita que tudo se resolve com dinheiro, como num passe de magicas! por isso resolveu pagar o único garoto a qual eu realmente me mantinha interessada, para ficar longe de mim. E agora, todos na escola estão me humilhando. Como se não bastasse ser a gótica estranha da escola, agora sou a gótica estranha filhinha do papai. Logo após me deixar no portão da escola, encontrei a professora Talita no corredor. A única pessoa que parecia realmente se importar comigo. __Que bom que te encontrei, estou precisando que me ajude a levar esses livros. - Deposita alguns livros sobre meu colo. __Oi para você também professora. __O que aconteceu? Sua cara não está das melhores. - Pergunta enquanto entramos na sala. ___Onde deixo os livros? A Ignoro totalmente, não estava a fim de conversinhas agora. ___Sara, não pense que vai fugir de mim. Se posicionou na minha frente cruzando os braços. __ Pode começar, sempre te vejo com a Julia e agora você está sozinha, o que houve? - Suspiro pesadamente. ___Ela é uma falsa! Julia contou para todo mundo, que meu pai pagou um garoto para ficar longe de mim. E Adivinha? agora a escola inteira está me zoando. - Respondi aborrecida. __Espera, seu pai fez o que? - Balançou a cabeça tentando assimilar. ____Isso mesmo que ouviu, ele pagou um menino para ficar longe de mim, aliás, isso é quando ele não manda o Yuri ameaçar os garotos. Sabe professora, estou cansada dele. Ele pensa que sou criança e quer controlar minha vida. ___Ele pode estar tentando te proteger, mesmo assim essa não é a maneira certa. ___Na realidade, meu pai não se importa comigo, ele só quer controlar tudo e todos. - Joguei as mãos para o auto.__ E quer saber?! melhor assim, se ele não faz questão, eu menos ainda, e enquanto a Julia? Eu quero distância. - Tento sair rapidamente, acabei que falei demais. d***a! Ela me impede segurando meu braço. __Querida olha para mim. - Pausa me fitando. __Eu não conheço seu pai, mas por favor, não faça nada que possa se arrepender. ___Me arrepender? Riu. __Nunca me arrependo de nada professora. __Espera Sara, antes de ir quero que pegue isso. - Me entrega um cartão. Se um dia quiser dar uma passadinha lá vamos adorar te receber, atrás tem meu número, pode ligar para mim a qualquer hora, saiba que no que puder irei ajudá-la. Deus pode estar chamando você, só que tem que dar ouvidos a voz dele primeiro. ___Sei professora, me poupe de discursos religiosos, já basta minha vó. - Peguei o cartão e sai pela porta a fora. Passei pela porta como um furacão, e meu corpo se chocou violentamente com uma parede sem músculos, me fazendo cair de b***a no chão, olho incrédula para o garoto magrelo que acaba de me derrubar como um trator, e se quer teve a decência de olhar para trás. Me levanto imediatamente limpando uma poeira invisível. ___Hei b****a?! não olha para onde anda não? - Gritei irritadiça, todos me olham imediatamente. Devo ter colocado medo neles também. Sorri. __ desculpa gente, não precise se assustar era atualmente necessário. - Me desculpo com os alunos. Quando alguém aponta para algo atrás de mim. - Giro o corpo percebendo que o menino havia cessado os passos no meio do caminho. Ele está vestindo um moletom preto com touca, escondendo praticamente todo o seu rosto, pelo visto não vou ser mais a única com gostos peculiares, existe outro esquisito na escola. Ele retorna caminhando na minha direção me causando um mini pânico. Mantenho a postura ereta, ele era um tanto assustador, mas agora não poderia voltar atrás. Minha pouca reputação que restava estava em jogo. ___O que foi que disse gracin...? Ele sorrio, mas seu sorriso se desmanchou assim que seus olhos fixaram sobre um ponto qualquer no meu rosto, poderia jurar que vi algo escorrendo por debaixo da sua touca, mas com certeza era suor. Sem conseguir reagir sobe a indolência dele em ficar parado apenas me olhando, resolvi tomar uma atitude. ___Você ouviu exatamente o que eu disse, ou além de cego tem problema de audição? O encaro desafiadora. - Escuto todos cochicharem, e como um instalo segura meu braço com força causando um desconforto. ___Quer morrer? Sabe com quem está falando? - Sua voz soa grave. ___Não sei, vai me dizer que com o exterminador do futuro? Provoco sorrindo, minhas pernas começaram a fraquejar, eu devo estar totalmente louca, normalmente não costumo agir dessa forma, o que está havendo comigo? Ele faz um movimento brusco me puxando para perto dele e me abraça apertado. - Esbugalho os olhos com meu cérebro entrando em curto-circuito, coloco minhas mãos sobre seu peito em uma tentativa frustrada de me afastar, e sua mão pousa nas minhas costas impedindo meu ato. __Por favor, apenas fique assim por um momento. - Sussurrou frágil com a voz embargada e meu coração errou uma batida. Estava praticamente abraçada com um desconhecido no meio do colégio, na frente de todos os alunos, e se isso não é a coisa mais insana que pudera me acontecer, não sei o que seria. ___ você sente-se bem? Cochichei por preocupação. __ E você como se sente? Estava preparada para responder quando emendou. __ o que achou do meu abraço, sentiu o meu aroma? Seu coração está acelerado, não está? - Seu tom soa irônico, e de forma súbita o empurro me afastando. __ o que disse? - Entreabro a boca incrédula. Enquanto ele passa a manga do moletom no rosto. ___Saiba que só irei te deixar safar dessa vez, porque foi a única que conseguiu fazer com que eu senti-se algo hoje. Da próxima vez talvez meus sentimentos não estejam tão acessíveis. - Aponta um dedo na minha direção com um pequeno sorriso de lado, abaixa a touca seguindo seu caminho. Fico paralisada vendo-o sumir do meu campo de visão, em seguida solto a respiração que nem eu mesma havia percebido que estava prendendo. ___Ficou maluca Sara? Sabe quem é ele? - Uma menina desconhecida para ao meu lado. Ela estava sorrindo parecendo chocada. ___Não, por quê? - Balanço a cabeça ainda meio tonta. ___Ele é o melhor amigo do Dono do morro. Para se mais específica é o braço direito dele, tem um irmão mais velho que também não é lá essas coisas, mas parece que está mudando. Seu irmão trabalha de garçom no restaurante aqui perto. Todos são tão lindos, só que Mark é uma peste, com certeza foi expulso do outro colégio, e me admira não ter feito algo pior por tê-lo retrucado. O que ele te disse quando te abraçou? Foi uma ameaça, não foi? - Reviro os olhos impaciente enquanto ela não parava de tagarelar. __ Não me lembro de ter pedido a ficha criminal desse garoto. (...) Finalmente começa as aulas, tento me distrair e exaurir minha mente turbulenta, porém não conseguia esquecer a cena no corredor, aquilo foi totalmente estranho. Também não conseguia parar de olhar para cara da Julia, juntamente com o garoto que eu estava apaixonada. Por que só agora vejo o quanto b****a é, por aceitar o dinheiro do meu pai? Paixão é uma doença perigosa. O intervalo finalmente chegou, compro um lanche para comer, pego a bandeja e vou até o pátio, olho em volta e vejo onde deveria me sentar. Na mesa da Julia fora de cogitação, dos nerds piorou, já era estranha o suficiente sendo a gótica da escola. Então me restou duas opções. A mesa dos famosos da barra pesada, a aquela livre do tal Mark. Encaro sua mesa em expectativa, mas meu sorriso murcha ao ver que ele não parece nem um pouco a fim de companhia, muito menos da minha especificamente. De fato, ele me causava arrepios - dou de ombros, dos males o menor. Caminho até a mesa dos garotos da barra pesada. ___ olá? posso me sentar aqui. - Dou meu melhor Sorriso amarelo. ___Claro gata, fica à vontade. - Um deles sorri apontando para cadeira. Sento-me perto deles que imediatamente passa o braço sobre meu ombro. Ignoro e começo a comer tranquilamente. Eles começam a falar de festas e baladas juntos com as meninas, que realmente não estava satisfeita com a minha presença pela forma que me olhava torto, como se me importasse. Até que eles entram no assunto sobre drogas, começam a falar o quanto a sensação é boa". ___O que acha Sara? Tá a fim de conhecer essa viagem? Aposto que se tornando uma de nós vai poder se vingar da sua amiga fura olho. __Acha mesmo? Como que me tornando uma drogada ajudaria me vingar? - Pergunto indiferente. __Ué, sabe que ela sempre quis entrar para o nosso bando, mas Julia não faz nosso estilo, já você? - Segura meu queixo. __ Eu topo! Bato na sua mão a tirando. Não sou fã de grandes perigos, a última vez que tentei fazer algo que não condizia com meu caráter moral, não deu muito certo, sem contar minhas crises de pânicos recorrentes, só que não tinha nada a perder mesmo, meu pai não estava nem aí para mim, sempre fiz o melhor e ele se quer notou. Quem sabe assim ele valorize mais a filha perfeita que tinha. O final da aula chegou, eles já estavam me guardando na saída, entrei no taxi e fomos juntos até uma rua deserta, assim que chegamos nos sentamos na calçada esperando alguém chegar, balancei meus pés impaciente quando a pessoa finalmente chegou, levantei os olhos surpresa ao notar que era o menino do corredor, o tal Mark. ___Aqui está o bagulho. - Entrega o pacote. ___Fechou irmão. Você é o cara. - Bate no ombro dele, e então seu rosto se vira roboticamente na minha direção. ___Qual é estressadinha! está nessa onda também? Tem certeza de que é essa a vida que você quer? Pensei que fosse uma garota esperta, devia ter notado que lhe faltava alguns neurônios quando me provocou daquela forma. - Fiz uma careta. ___Está maluco Mark? Está dando uma de proerd agora? Ian sabe disso? - Ri debochado. Confesso que o sorriso dele era agradável. ___Não, e quem vai contar, você? Acha que ele vai acreditar? Em um viciado que se acha o tal; mas m*l consegue lidar com seu vício e sua capacidade de ser um i****a. Como é mesmo? Ah lembrei, sofre pressão da mãezinha para tirar boas notas e não ser a vergonha da família. Eu pelo menos ganho muito dinheiro, e sempre consigo tudo que quero, não importa como, vai mesmo querer me desafiar? - Soa insensível. ___Não, Desculpa cara. - Responde baixo e dou um leve sorriso, medroso. __ Bom deixa eu ir, porque a atmosfera está carregada de perdedores. - Me olha de relance se retirando. Nunca havia visto alguém tão metido como esse garoto. ___Não liga para ele. Vamos nos divertir. - Ele sorri e todos começam a usar, me entregam um cigarro. fico olhando pensativa, aquele garoto podia ser um metido, mas ele tinha razão. Usar isso era só um método de fugir, sei que quero chamar atenção, mas essa é realmente a forma certa? Me colocar numa situação como essa? O que posso ganhar com isso, além do que algumas descargas de adrenalina que vão neutralizar cada célula do meu corpo me levando fora da realidade, e depois? Depois a dor e o vazio vem em dobro. __Desculpa amigos, mudei de ideia. - Estico o braço e o garoto me encara. __Quem disse que você pode mudar de ideia Sara? Agora que está aqui, vai ter que usar essa m***a!. - Segura meu braço me empurrando contra a parede, coloca o cigarro forçado na minha boca, minhas costas latejam de dor e cuspo fora. . ___Eu não quero, me deixem ir, ou vai ser pior. __ Deixa-a ir? Ele olha para o outro irônico. ___Acha mesmo que vamos deixar você ir depois de descobrir nossos esquemas? Ou você prova essa d***a, ou vai sair daqui morta!. - Sinto meu corpo estremecer. Ele estava totalmente transtornado. ___Então, se quiser vão me m***r, mas não irei usar. - Digo entre dentes. Sinto o primeiro soco no meu estomago e fico sem ar, em seguida sou jogada no chão, tudo começou a girar, e mesmo que tentasse lutar contra eles, sabia que eram muitos e não iria dar conta, sem contar que a d***a do meu medo me paralisa quando mais necessito reagir. As lagrimas começam a surgir. Feliz Sara? Onde sua rebeldia te levou. Tento me levantar, porém a vertigem causada pelo estresse me impede de ficar de pé. __De jeito nenhum gatinha. - Me empurrou novamente no chão e se a Joelhou perto de mim colocando a mão no meu pescoço me enforcando, fazendo eu me deitar para trás. __Por favor. Eu juro que não conto para ninguém. Somente para escola inteira e a polícia. - Falei quase sem voz, se fosse para morrer que seja com dignidade. Não implorando por misericórdia para esses cretinos que nem devem ter se quer um coração. ___ Sua coragem me admira garota, e será exatamente ela que vai te levar para debaixo da terra hoje. Olhou para o lado e agarrou uma barra de ferro que estava jogada no chão. O segui com os olhos assustada e os fechei logo em seguida, já estava esperando o pior, dizem que no momento da morte e que se passa um filme na nossa mente, então deve ser por isso que agora que estou preste a morrer, a única coisa que vejo é o quanto quero estar viva, o quanto amo meus pais e principalmente minha vó, sei que sempre desejei morrer, contudo estranhamente depois de abraçar aquele garoto no corredor, e ser a segunda pessoa a perguntar como eu me sentia, percebi que na verdade tenho a resposta para sua pergunta, embora não me sinta bem, não quero morrer como uma covarde . Foi por isso que recorri ao único que poderia me ajudar naquele momento. ___Meu Deus, se o senhor realmente existe, por favor me ajude. - Implorei esperando a morte. Foi então, que um claro bateu contra meu rosto. E ofuscou minha visão. Escutei o estrondo da barra de ferro caindo ao meu lado, abri os olhos tossindo tremula e com os olhos lacrimejados, os avistei correrem assustados . Olhei ao redor sem entender o que está acontecendo, então escuto o roncar de uma moto, e na esquina vejo a silhueta de um rapaz. Apertei os olhos tentando visualizá-lo nitídamente, Apenas fixei no gesto da sua mão passando nos fios do seu cabelo e os jogando para trás, colocou o seu capacete, e arrancou logo em seguida.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR