Capítulo 02 Granada

1618 Palavras
Granada Narrando Granada: — Manda subir, p***a! Só subir, c*****o! — falo nervoso com o Farelo, que está agoniado porque a mãe dele foi vítima na última invasão. Farelo: — Coê, patrão, tô só mandando um papo. Os desgraçados, pelo jeito, não tão brincando. Dou uma gargalhada olhando pra ele. Granada: — Você já me viu brincando no serviço? Pois é, não tenho nem tempo e nem saco pra brincadeira — ele levanta os braços e sai. Só problema atrás de problema nesse inferno. Venho recebendo ameaças de invasão há mais ou menos duas semanas, e a tropa já está praticamente pronta, caso aqueles cuzões resolvam subir. A última invasão pegou a gente despreparado. Mataram a enfermeira e uma pá de inocentes. Mas dessa vez, não. Dessa vez, tô com sangue nos olhos, esperando o filho da p**a que vai ter a ousadia de tentar. Eu entendo a preocupação do Farelo, perder o avô daquele jeito foi f**a, mas eu não posso sair metendo os pés pelas mãos. Não vou atrás de ninguém. Quem quiser, que venha até aqui. Bomba: — Qual foi agora? Farelo tá ali fora soltando fumaça, parece até um dragão. Brabão mesmo. O que rolou que eu perdi? — ele entra já na p***a de um interrogatório. Granada: — Deixa o moleque, pô. Tá só cismado, logo passa — falo. Bomba, todo marrento, joga um envelope em cima da minha mesa. — Que p***a é essa? — pergunto, olhando pra ele. Ele aponta pro envelope, eu abro e já vejo uma foto, currículo, a ficha completa. Bomba: — Tá aí a ficha da mina que vai ocupar a vaga no hospital — ele diz. Tá muito eficiente pro meu gosto. Antes de eu pedir, já providenciaram. Granada: — Elisa? Humm... 28 anos — falo, dando aquela entortada na boca. — Já subiu ou como vai ser? — Ele dá uma gargalhada, mas logo fecho a cara. — Engoliu o Bozo por acaso, p***a? — dou logo aquele carão, e ele para de rir na hora. Bomba: — A mina tá subindo, pai. Como tu sabe, ela já bateu a real que veio de São Paulo. E como ela vai trampar aqui, o melhor é ficar dentro da favela, tu sabe bem disso. Só olho pra ele sem dizer que sim ou que não. Granada: — Com certeza quero aqui, debaixo dos meus olhos, uma pessoa que vai estar dentro da minha comunidade e trabalhar em prol dos meus — digo, dando uma boa revisada nas fotos. A mina não é novinha, mas tem uma cara de quem não leva desaforo. Espero que ande pelo certo, tô afim de dor de cabeça nessa p***a não. Cristina: — Chefinho... — Cristina entra com aquela voz de safada. Bomba: — Tô indo nessa, chefia. Vou fazer minha ronda, depois vou lá no campão aberto ver o treinamento dos cria. Qualquer coisa, grita no rádio — fala, me olhando. Dá aquela olhada pra Cristina e balança a cabeça, negando. Dou uma verificada na rabeta dela, que não é nada pequena. A loira é toda montada, do jeito que a geral gosta. E não vou negar uma b****a, não mesmo. A doutora gosta de safadeza, e eu dou o que ela quer, sempre que tô afim, e isso é quase sempre. A filha da p**a não fica com ninguém só pra ter o gostinho de sentar pra mim. Granada: — Tu não devia estar atendendo no hospital, c*****o? — a safada fecha a porta, vem na minha direção abrindo o jaleco, e pra variar, não tá usando nada por baixo, só a calça. Cristina: — Hora do almoço, chefinho. Tô de dieta, quero uma proteína direto da fonte — ela fala, esfregando o silicone na minha cara. — Diz que tu não gosta de uma mamada na hora do almoço — já abaixa, tira meu p*u pra fora, e o bicho vai acordando sem nem precisar de muito esforço. — Cabecinha rosinha... — ela passa a língua e cai de boca com ele já durão. Junto a mão no cabelo dela, forço a cabeça pra baixo e jogo a minha pra trás. Granada: — Isso, safadä. É leite que você quer? Então mama gostoso, filha da p**a! — a safadä mete uma garganta profunda, sinto meu paü varar a garganta dela. — Isso, safada — dou um tapão na cara dela, o que a faz aumentar a velocidade. Com a mão livre, aperto os p****s dela. A vida não sorriu muito pra mim, e me fez ser essa pessoa fria, rude, desiludida com o amor. Hoje, com meus 35 anos, 1,98m de altura, dono da Penha... é isso mesmo, sou dono dessa p***a toda, herdei do meu pai. Sou grandão, sarado, tatuado, e levo a vida regada de luxúria, mulheres, bebida e muita droga. Aqui, geral me conhece como um cara durão e r**m, mas nem sempre foi assim. Mesmo sem demonstrar muito, tenho minhas qualidades. Só minha prima, tia Lizontina e o Bomba conhecem meu lado brincalhão. Minha vida virou de cabeça pra baixo quando minha mãe ficou doente. Depois de correr de um lado pro outro em vários hospitais no Rio de Janeiro, meu pai, contra a minha vontade, mandou ela pra São Paulo, pra ser cobaia num hospital de oncologia. Dois anos depois, ela morreu lá. E, logo depois, meu pai foi morto numa invasão aqui na Penha, pelo BOPE. Não senti remorso. Foi ele quem mandou minha mãe pra morte. A vida no crime nunca foi fácil, e depois da perda dela, só piorou. O único amor que conheci foi o dela. Não me permito e nem me permitirei me envolver ou sentir algo por ninguém. Eu não sei lidar com essa p***a de perda. Talvez o único amor verdadeiro seja o de mãe. Granada: — De pé, safadä — falo, puxando ela pelo cabelo assim que ela limpa meu p*u, tirando todo o leite. Cristina: — Nossa, grandão, que brutalidade. Tu sabes que eu faria de tudo pra ser tua fiel. Ser tua única, sem te cobrar amor, só queria ter você me comendo forte todo dia — falo, dando um tapa na b***a dela assim que ela abaixa a calça, me dando a visão do rabö sem calcinha. Granada: — Não precisa ser minha fiel. O socadão pesado tu já tem, carälho — falo, colocando a camisinha no meu p*u e enfio a cara dela na mesa, deixando ela praticamente pendurada Ela ajeita no salto, abaixando a calça até a canela, e eu entro com tudo, sem aviso. Cristina: — aaaaaaaa! AMOR! — a safadä grita. Ela até pode ser usada, mas o tronco aqui é grande, e faz estrago em qualquer buraco. Não vou alisar putä, não aliso nem novinha, vou alisar p**a velha? Granada: — Já te mandei a ideia, não vou repetir. Não vem com esse papo de amor, que pro meu lado não cola — seguro firme no cabelo dela, soco forte e rápido, e gozö intensamente. Tiro a camisinha, jogo no lixo, coloco outra no p*u e bato na perna. — Tá olhando o quê, carälho? Vem sentar, porque ainda não tô satisfeito nessa porrä — digo, e a safada vem com aquela cara de p**a safada. Cristina: — Tu é um safadö gostoso, difícil de satisfazer — ela fala, sentando de costas pra mim, começando a rebolar com força. Ela geme, mas eu aperto o pescoço dela, e ela já sabe: para de gemer na hora. Granada: — Isso, cachorrä safadä. Tu gosta, né, porrä? — ela dá mais duas sentadas pesadas, e eu gozö de novo. — Agora vaza — falo, indo pro banheiro. Tiro a camisinha, lavo meu p*u, olhando ela de lado e balançando a cabeça. Ela levanta a calça, e com o jaleco ainda aberto e os p****s de fora, se aproxima. Ao deslizar a mão pela mesa, ela derruba o envelope e se abaixa pra pegar. Cristina: — Vai ser sempre assim? — ela pergunta, olhando as coisas da nova moradora. — Ih... então tá ciente da nova moradora, né? — fala, olhando os documentos que o Bomba trouxe da nova enfermeira. Granada: — Não é da sua conta. Vaza, já deu. Vai procurar o que fazer — dou um esporro. Ela fecha o jaleco, mas eu assovio pra ela e ela olha pra mim. Tiro quatro notas de 100 e entrego pra ela. Cristina: — Sério, Granada? Eu já te cobrei pra me f***r? — Ela pega o dinheiro, coloca no bolso do jaleco, abre a porta e me olha séria. Ajeita o cabelo com a cara mais feia do mundo e sai. Granada: — Veio até aqui, mamou, me aliviou e agora não quer ser tratada como putä? Tá achando que é o quê? Tô dizendo que tô ficando mole nessa p***a mesmo. Pego as coisas da enfermeira e vou colocando tudo de volta no envelope. Dou mais uma última olhada nas fotos dela, reviso o histórico. A mina é viúva, tão nova... Menos m*l, assim pelo menos não vai ter nenhum arrombado subindo o morro atrás da mulher que decidiu vir trabalhar aqui. Pego meu telefone e anoto o número dela, nunca se sabe quando vou precisar. Guardo tudo no envelope, abro o cofre, coloco o envelope lá dentro, tranco o cofre e guardo a chave na carteira. Acendo um baseado e, enquanto fumo, minha mente começa a apertar de novo com as ameaças que o morro tá sofrendo. Não tenho paciência pra ficar no escuro nessa merda. Não tô de óculos no bagulho, não. Acham que eu vou me entregar fácil? Deixem eles acharem. Tô esperando, mais preparado do que antes, e dessa vez não vou aceitar perdas..
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