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O Dono do morro e a Stripper misteriosa

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Sinopse

Jade é um enigma. Na boate, ela dança como ninguém, atiça o desejo sem precisar se entregar. Seu rosto é um segredo, seu corpo, uma tentação. Nunca se envolve, nunca se vende. Fora dali, é apenas uma mulher comum, escondida no morro do Alemão, lutando para pagar a faculdade e sustentar a mãe doente.Falcão é o dono do morro. Poderoso, temido, acostumado a controlar tudo e todos. E ainda assim, há meses, uma mulher o atormenta. A stripper misteriosa da boate, que ele vinha frequentando há tempos. A única que nunca cedeu, que nunca se curvou a ele. Ele volta noite após noite, consumido pela obsessão, tentando desvendar aquele rosto escondido, aquela mulher que povoa seus sonhos.Até que o destino resolve brincar com ele.Em uma noite de sangue e tragedias, quando Falcão está à beira da morte, uma mulher surge das sombras e salva sua vida. Mas não é só isso. O cheiro, o toque, o olhar… tudo nela é familiar. E então a verdade o atinge como um tiro no peito: a mulher que ele deseja todas as noites esteve tão perto o tempo todo, e ele nunca soube que era ela. Como isso era possível ? Agora, nada mais pode afastá-lo. O jogo mudou. Não se trata mais apenas de desejo ou obsessão. Ele precisa dela. Mas Jade não é uma mulher fácil. E Falcão? Ele não aceita perder.Entre o perigo, o desejo e um segredo que pode custar caro, eles se encontram num jogo sem escapatória.No morro, no crime e na paixão, quando o todo poderoso se apaixona pela única mulher que nao se impressionava com nada do que ele fizesse, só há um caminho: o tudo ou nada. E ele estava disposto a tudo

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Capítulo 01
Jade narrando Terminei de arrumar a casa toda, deixei a janta da minha mãe pronta como sempre faço, e fui pra boate. Hoje eu estou muito cansada, pois levei a minha mãe pra fazer vários exames, o caso dela tá cada vez mais grave, e eu não tô vendo outra alternativa. Eu vou precisar trancar a minha faculdade, e essa era a minha última opção, eu não queria ter que desistir do meu sonho. Mas eu embarquei nessa por ela. Tanto na faculdade, quanto no trabalho, então eu faço o que for preciso por ela. - você já vai, minha filha ?- ela me pergunta deitada no sofá e eu concordo pegando a minha mala - já, amanhã de manhã eu tô aqui, qualquer coisa me liga, ou grita a dona Rita aqui do lado, tá ?- eu falo beijando a sua testa - coelho também está por perto, se precisar chama ele também. benção mãe - eu falo e vejo uma lágrima escorrer do seu rosto - Deus te abençoe, que Deus me dê saúde pra te tirar desse trabalho - ela fala e eu suspiro pesado Saio de casa e aceno pra dona Rita que estava recolhendo roupa da guarda, e ela sinaliza que eu vá tranquila para o meu trabalho. Eu começo a descer o morro e eu estava com a cabeça explodindo, eu não lembro quando foi a minha última refeição por falta de tempo, de tão corrido que foi o dia. - morena, contigo eu caso e te levo pra Madri - um dos meninos do morro brincam comigo e eu gargalho e sigo descendo a favela rumo ao meu destino Os meus vizinhos acham que eu já faço estágio como enfermeira, mas não. Eu trabalho numa boate como dançarina, sou stripper, mas sou virgem. Confuso né ? Mas é a minha realidade! Eu já tive um namoradinho, mas quando me senti pronta pra me entregar pra ele, eu vi ele com outra fudendo na casa dele, foi horrível. Mas nem tive tempo pra sofrer. Na mesma semana descobri a leucemia da minha mãe, já avançada. Tratamentos? Caríssimos. Eu me vi perdida e sozinha Ela tem uma aposentadoria que não cobre nada dos seus medicamentos. Então a minha única saída vendo empregos fudidos que pagavam pouco, foi essa boate. Coelho também me ajuda muito, ele é afilhado da minha mãe, mas eu não gosto de contar com ele, ou passar pra ele uma obrigação que não é dele. O dono da boate é um escroto, Velho nojento, tenho um ranço dele, mas ele aceitou as minhas condições quando viu o faturamento que eu trouxe só com a minha dança, e o meu jeito com os clientes, mesmo sem deixar nenhum deles me tocar. Isso instiga eles cada vez mais, e é assim que eu faço o meu nome. Aliás, meu vulgo “Angel”, porque por motivos óbvios eu uso máscara e não revelo o meu nome nunca. Quem me arrumou esse trabalho foi uma colega da faculdade. Eu cheguei desesperada, cansada e disposta a desistir de tudo, logo no início quando tudo parecia estar desmoronando na minha cabeça, e ela me ofereceu ajuda. Eu ganho muito bem aqui, além das gorjetas que as vezes chegam quase no valor do meu salário, ou mais. Homem é um bicho muito b***a mesmo. Mas eu não quero isso pro meu futuro. Eu tô aqui por necessidade, eu só tenho a minha mãe. Meu pai eu não conheço, então somos só nós duas uma pela outra. E eu não gosto de depender de ninguém. E eu não quero que o pessoal do morro saiba e a minha mãe se envergonhe de mim, de forma alguma, eu não me perdoaria. E por mais que ela diga que não ligue, eu prefiro manter a descrição, ninguém precisa saber. E eu sigo a minha vida assim Ou melhor, estava seguindo né. Tem algumas já que eu ando vendo uma movimentação na boate, aqui é distante da favela, bem distante mesmo, do outro lado da cidade, pra não correr riscos de ninguém me ver aqui e me reconhecer por alguma má sorte. Só que eu tô com um pressentimento muito esquisito nesses últimos dias aqui… não sei o que me aguarda, mas algo irá mudar, e eu não sei se isso é bom ou r**m - tá atrasada- o seboso do dono da boate já me cerca logo na entrada - não tenho culpa se dois ônibus quebraram. E até onde eu sei a boate ainda não abriu - eu tento passar por ele mas ele segura o meu braço - anda de ônibus porque quer, carro a sua disposição tem, você sabe o que precisa pra ganhar - ele fala e eu gargalho - a emoção de andar de ônibus eu não perco por nada, mil vezes melhor- eu sou encaro de cima abaixo e ele me larga com raiva - nojento - eu resmungo e vou pra minha sala me trocar - ai deus, me dá forças… não tem sido fácil- eu falo fechando os olhos e respiro fundo Coloco o meu espartilho preto, faço a minha maquiagem, coloco o meu salto, arrumo o meu cabelo, coloco os meus acessórios e me sento esperando a minha hora de entrar Amanhã tenho que estar na faculdade 7h da manhã, tudo meu é longe, um cansaço só, eu só entro em casa, tomo banho, troco de roupa e vou embora, já deixo até minhas comidas prontas e minha mochila arrumada. Eu me esforço muito, eu sou pobre, favelada, filha de uma mulher que me criou sozinha, preta. O mínimo que eu faço é me esforçar, e pra mim o corre é dobrado, não tenho tempo pra nada. - mas eu ainda vou ver minha mãe na minha formatura, aplaudindo a enfermeira dela- falo sozinha com os olhos marejadas - amiga, o teu show é em cinco minutos, casa tá cheia - uma das funcionárias entra na minha sala e eu concordo me levantando A maioria delas aqui não tem sala, se arrumam todas juntas, porque já chegam e ficam praticamente nuas para fazer programa, só eu e essa minha amiga que me arrumou esse trampo que não fazemos programa, nós revezamos os dias de trabalho, e na sexta feira trabalhamos juntas com exclusividade. Dou um último confere e vou fazer meu show. Os homens aqui são ridículos, eles ficam iguais uns idiotas me olhando, jogam dinheiro pra mim, e eu nem dou confiança Eu ando entre eles e danço conforme a musica sensual toca atrás de mim, ouço muitos pedidos pra eu retirar a máscara, e já até me acostumei Vou caminhando entre eles e quando jogo o meu cabelo pra frente e venho subindo a mão deslizando nas minhas pernas, levanto o rosto e vejo ele, merda! O dono do morro onde eu moro, inferno! Ele me encarava fixamente, e eu engoli seco sentindo a tensão do momento. Eu disfarcei e passei por ele virando de costas mas sentia o seu olhar queimar na minha pele Eu voltei pro palco com a minha mente a milhão, continuar a dança foi praticamente impossível. A luz ficou ainda mais baixa focando só no pole dance na meio do palco e eu comecei a minha performance, mas parecia ter algo magnético entre nossos olhares, parecia que eu estava dançando pra ele pela forma como nosso olhares se encontravam o tempo inteiro durante a minha apresentação Os ruídos, gritos, assobios, aplausos, ficaram silenciosos e parecia haver apenas nós dois ali. Por mais que eu tentasse desfocar, a forma como seu olhar predador me chamava. O medo dele me reconhecer que me consumia, toda aquela tensão deixava tudo ainda mais intenso E quando eu terminei a minha dança, de cabeça pra baixo no pole dance eu o vi levantar e ir até a mesa onde fala com os responsáveis pelos programas. Eu me despedi do palco e sai dali rápido direto pra minha sala Meu coração estava disparado, minhas mãos trêmulas, eu estava toda suada. Nervosa em pânico - merda, o que esse desgracado está fazendo aqui ? Que p***a - eu andava de um lado para o outro nervosa com medo dele ter me reconhecido - você tem noção quanto dinheiro você me faz perder ?- eu me assusto com o meu chefe entrando na minha sala aos gritos comigo- um homem importante acabou de oferecer trinta mil pra fuder contigo e eu tive que negar, que c*****o - ele soca a parede do meu lado - essa b****a tem o que ? Ouro? p***a, Jade - ele grita furioso - ANGEL, aqui em horário de serviço é ANGEL- eu grito com ele de volta - podem oferecer trinta milhões, eu não vou. E eu te dou muito mais lucro que isso por noite, vai me dizer que hoje você não vendeu o triplo de bilheteria de novo ? Então pronto p***a - eu falo e eu estava muito nervosa, nem estava me reconhecendo - vai lá pra fora e termina o seu serviço, não era pra você estar aqui - ele fala e sai batendo a porta irritado Eu respiro fundo, tiro a máscara e descanso a minha cabeça na porta - a noite tá só começando, jade - eu falo sozinha e tomo uma garrafa de água todinha Coloco a minha máscara de volta e vou lá pra fora, passo pelos clientes e vejo ele lá, com uma p**a no colo e assim que ele me vê sua mandíbula trava - meu sonho é você, meu doce, você sabe que eu venho todas as noites para te ver- um cliente antigo fala e eu sorrio - eu te ofereço o melhor show da noite, mas apenas isso, e essa vista aqui já é privilegiada- eu falo dando uma voltinha e ele me dá 500,00 - seu show sempre me faz gozar horrores quando volto pra casa, como nem fudendo essas putas eu consigo - o embrulho vem forte com a sua fala, mas eu pego o dinheiro sorrindo e me afasto Eu falo que a caixinha é boa… aqui só vem velho rico, que precisa recorrer ao tadala pra funcionar, segundo as meninas Passo pelo falcão e sinto sua mão gelada feito pedra me segurar - eu quero você no quarto, agora - ele fala frio, como se já não soubesse a resposta - sou dançarina, amor, e não vou pra cama com você - eu falo meiga e jogo um beijo pra ele e me afasto o mais rápido possível Falo com mais alguns clientes e já estava na hora do meu segundo show… Eu nunca fiquei tão nervosa assim pra um show, mas o toque gelado da mão do falcão ainda corria pelo meu corpo quente me deixando ansiosa Eu voltei pro palco e dei o meu melhor, como sempre. Ele ficou o tempo todo ali, agora com duas putas no colo, mas ele não ia pro quarto e não tirava os olhos de mim. Meu show acabou e eu recebi uma chuva de palmas, mas ele continuava me encarando sério e fixamente. Eu me recompus, agradeci e desci do palco. Eu nunca troquei de roupa tão rápido quanto hoje, e ainda tô indo pra casa com mil reais de caixinha, tem dias que é só a mão de Deus mesmo, eu precisava tanto dessa grana, Deus é justo e bondoso demais comigo Sai da boate pelos fundos, já eram 4:30 da manhã, eu tinha que voar pra casa, estou morta e com muita fome Assim que atravessei para a frente da boate eu vi o falcão dentro do seu carro, e senti como se ele tivesse me esperando, mas eu passei direto e soltei o ar - ele não me reconheceu! Ótimo!- eu falo sozinha e corri pro ponto de ônibus Fui até perto do morro e de lá chamei um moto táxi pra subir a favela. Quando passei na boca ele já estava lá, óbvio, de carro e metade do tempo que levo de ônibus. Ele estava arrastando uma p**a pra sua sala e eu só consegui focar nos seus olhos sombrios falando com ela. Quando ele olhou pra principal onde eu passava, eu virei o rosto na intenção de me esconder Cheguei em casa e já fui logo tomar banho e tomar uma garrafa de café antes de me preparar pra batalha do dia, comi um pão com presunto, e só, não ia dar tempo de comer direito Eu só durmo quando chego de tarde, porque madrugada e manhã é impossível pregar os olhos. Minha mãe estava dormindo no seu quarto, eu arrumei seus remédios, coloquei o dinheiro na sua mesinha, e saí de casa de novo, com outra mala com troca de roupa na bolsa Fui saindo do morro atrasada e vi o falcão subindo de moto rasgando pela favela com outra p**a na garupa Eu não falo muito com os meninos do movimento, sou educada e cumprimento eles, mas falar mesmo só com o meu carrapato insuportável, é trabalhoso, as vezes até cobaia, inclusive… - coelho me leva no ponto de ônibus, por favor, eu tô mega atrasada para a faculdade - eu imploro pra ele sem nem ligar pra p**a que ele estava desenrolando - tu comeu ? - ele sempre se preocupa comigo, mesmo não sabendo da minha vida dupla, eu tento manter ele por perto do meu jeito - comi- eu falo e ele n**a bolado - por favor coelho, eu vou perder a hora - eu falo e ele n**a - eu te deixo na faculdade mas tu vai tomar café comigo, e direito, sem reclamar. não tem meia hora que tu subiu essa favela igual um Bicho, já cansei de te falar já- ele começa a brigar comigo como sempre e eu reviro os olhos e subo na moto Ele nem se despede da menina e arranca comigo favela abaixo me xingando todinha e eu calada escutando ele falar pra c****e no meu ouvido. Mas o que não saia da minha mente era o olhar do falcão enquanto me via dançar naquele palco. Só de lembrar minha pele se arrepia toda…

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