Kethelyn Nonato
Depois do ocorrido eu liguei para o Erik e ele me desculpou na boa, ele também disse que teria que ir embora, pois a mãe dele tinha passado m*l e estava internada.
E agora tô me arrumando para ir pra festa na casa do Ph, na verdade eu não queria ir, mas Larissa praticamente me obrigou e nem é zueira.
—Keth, vai logo pô, tamo atrasado c*****o. — meu irmão gritou da escada, e eu revirei os olhos.
—Já vou, calma, estou só passando meu gloss. — digo pegando meu celular e descendo para a sala. —
—Gatinha ein? — meu irmão me abraçou.
—Não estou nem arrumada, pra falar a verdade eu não queria nem ir. — falei me jogando no sofá.
—Vamo logo Keth. — Larissa me puxou le eu resmunguei.
—Chatice vocês dois ein? Chegando lá, vão ficar agarrando com seus peguetes, e eu vou ficar segurando vela. — falei e eles riram.
Fomos caminhando a pé, não era longe e assim que chegamos já era possível escutar a música que estava tocando.
Os meninos Felipe, Pedro, Douglas e Isaque estavam sentandos do lado de fora da casa jogando truco. Meu irmão foi se juntar com eles e eu me sentei entre o Igor e o Ph.
Eles ficaram jogando por bastante tempo, enquanto Larissa e eu ficamos fofocando de várias meninas passavam e com cara de b***a.
—Tô doido p***a? Tão de s*******m pô, não ganhar nenhuma é f**a. — Isaque diz se levantando.
—Ih ala pô, tá apelando amorzinho. — meu irmão disse com voz de mulher e ele mostrou o dedo entrando na casa.
Os meninos continuam jogando por bastante tempo, eu comecei a ficar entediada assim que começou a escurecer.
—Larissa, já estou no tédio viu.
—Também, queria beber.
—Pior que eu também. — falei e ela riu.
—p***a, lá dentro tem cerveja pô, nem ofereci antes porque não tava ligado que tu bebia. — Ph falou sem tirar os olhos do jogo.
—Beleza, vou ir lá buscar. Você vem Lari?
—Vou nada, vou ficar com meu neguinho. — ela diz e eu reviro os olhos. Folgada viu.
—Esse muleque é mais branco que filhote de urubu, se liga fia. — Igor debochou e ela fez careta.
—Trás uma para mim, viu Kethelyn. — ela dá ênfase no meu nome, e eu gargalho entrando na casa.
Sair procurando a cozinha pela casa que estava cheia de gente, achei e peguei duas cerveja no freezer. Na mesma hora me deu vontade de usar o banheiro e eu fui para o andar de cima.
Procurei pelas portas e acabei encontrando uma varanda maravilhosa que dava para ver o morro todo e quase todas as luzes estavam acesas.
Melhor vista que eu já vi em toda minha vida!!!
—Gradou da vista também né?
—Isaque desculpa, não tinha te visto e realmente a vista é perfeita. Já tô de saída, aproveita ai. — falei dando meia volta para fechar a porta
—Não pô, fica ai. Tamo mermo precisando dialogar. — ele falou se levantando e fechando a porta atrás de mim logo ele me agarrou pela cintura fitando meus olhos.
—Eu já disse que eu não vou ficar com você, por favor respeite isso. — disse sentindo toda minha força indo por ralo abaixo assim que ele roçou sua boca pelo meu pescoço.
—p***a, é impossível ficar perto de tu e não querer te beijar. — ele passou sua mão pela minha nuca agarrando meu cabelo.
—Isso é só um capricho, você é caprichoso demais. Aliás, você não vai querer uma adolescente cheia de problemas. — abri meus olhos e encarei ele.
—Pô, tô ligado que eu sou caprichoso, mas eu não tô nem ai, eu preciso te beijar Kethelyn, isso que vai resolver os meus problemas. — ele falou sério, e eu sentir minhas pernas ficarem bambas.
—Então me beija, por favor! — pedi e como se tivesse esperando isso, ele agarrou minha boca, como se não fosse suficiente, nosso beijo calmo foi transformando em um beijo feroz. E quando não nos restou ar, nos separamos com selinhos.
—Nó, sei nem o que falar. Só te peço pra ficar um pouco aqui comigo, bele?
—Preciso ir no banheiro, eu tô apertada.
—Tu tá querendo se livrar de mim, isso sim. — ele me puxou pro colo dele. — vai ir não, vai segurar mais um pouco.
—Se eu não conseguir segurar e mijar em você é culpa sua. — falei e ele gargalhou. — i****a. — continuei e rir junto com ele.
—Tu lembra do dia que tu chegou? — perguntou e eu concordei que sim. — aquele dia tu desgraçou minha sanidade.
—E se eu não tomar cuidado, quem vai acabar com minha sanidade é você. — falei e ele me olhou meio triste. — desculpa, foi só uma brincadeira, você tá bem?
—Não te julgo não pô, tu tem tuas maneiras de esconder tuas frustrações que eu tô ligado.
—Eu bebo até esquecer meu nome.
—Então pô, eu também tenho minhas paradas, e mó barra ter que levar isso tudo de cara, por isso que eu faço tudo que eu faço, eu gosto do poder, gosto de ter todas no meu pé é isso que me faz sentir vivo.
—Já entendi aonde isso aqui vai chegar.
—Pô entendeu nada, tu interpretou a parada da tua maneira.
—O que aconteceu? Nunca te vi tão pra baixo assim.
—Ah, essa semana faz cinco anos que minha mãe morreu, e eu me sinto culpado pra c*****o. Era novo, emocionado só pensava em b****a.
—Pelo visto isso não mudou né? — falei e me arrependi na hora. — e eu sinto muito pela sua mãe, sei que independente de onde ela estiver, ela te ama muito. — abracei ele com toda minha força, sentindo o cheiro dele invadindo minhas narinas.
—Pô, eu me lembro que eu fugia de casa pra ir em baile, transava com as minas na cama da minha mãe, nó eu era terrível, e também lembro que ela me dizia que eu não podia só ficar com alguém pra magoar ou ferir outra pessoa, e nisso eu tô ligado que ela tava certo.
—E você fazia isso pra magoar quem?
—Ela né, tentava magoar minha mãe pra mostrar ela, que ficava magoado vendo ela deixar aquele canalha fazer o que queria com ela.
—Mas no final você só se machucou a si mesmo. — falei mais pra mim do que pra ele, me deitei em seu peito e fiquei sentindo o cheiro dele, amanhã eu lutaria contra ele, hoje não.
—Antes dela morre, eu prometi pra ela que assim que eu achasse a pesssoa certa eu teria que cuidar dela, tá ligado? Não tratar ela como eu tô acostumado e essas baboseiras toda. Eu prometi porque eu pensava que não ia achar nunca.
—Hum, você vai achar muito com esse tanto de menina no seu pé. — falei e ele sorriu.
—Pô, eu tô ciente que elas só querem o que eu posso proporcionar pra elas, mulher gosta é disso, luxo, poder e essas paradas
—Acho que eu vim com defeito então prazer, João. — brinquei e dessa vez ele gargalhou e eu acabei rindo.
—Tu me faz sentir umas paradas mó louca, e eu fico louco porque eu nunca sentir isso antes, porque contigo?
—Tá na cara que é porquê eu sou linda né querido? Olha a beleza da mãe. — falei colocando a mão na cintura e ele negou sorrindo e agarrando minha boca.
—Amor? Estava te procurando, já rodei a casa toda e você com essa daí. — alguém falou e separamos nosso beijo encarando a figura.
—Amor é o c*****o Ana, que i********e tu acha que tem comigo? Vai camba da minha frente. — ele falou e eu me levantei do colo dele, pra sair da varanda também.
—Tu tá assim comigo desde que essa daí chegou aqui.
—Ai garota sua voz é um nojo, não vem me tirar a paciência não viu? — digo passando por ela, porém ela agarrou as duas alças do meu cropped, fazendo as duas arrebentarem.
—Não dá as costas pra mim não fia, tu não é fodona pra pegar macho dos outros? Agora aguenta. — resmunga e eu não me segurei, já virei dando um tapa na cara dela.
—Tô aqui, não é isso que você quer? Sua burra, fica ai brigando por uma pessoa que nem é sua ao invés de fazer um curso. — discutir com ela sem nem ligar se meus p****s estavam descoberto.
Ela veio pro meu lado para me bater e eu fiquei esperando, se ela queria ela ia ter, não por causa de homem, isso é coisa de mulher burra.
—Ana, vou dar três segundos pra tu sumir da minha frente. — Isaque puxou ela pelo braço, que me encarou com raiva.
—Sempre fiz tudo pra você. — falou e saiu correndo chorando. Falsa.
—Tu tá bem? — ele disse e seu olhos foram parar nos meus p****s.
—Minha cara tá aqui encima. — falei puxando minha blusa e ele voltou a me encarar.
—Foi m*l, toma aqui ó, veste minha blusa eu vou te levar pra casa. — ele falou tirando sua blusa de frio e me entregando.
—Obrigada. — tomei a blusa dele em minhas mãos e me vesti, sentindo o cheiro dele empreguinado em meu nariz. — que blusa enorme, caramba.
—Tu que é pequena demais pra ela. — diz e eu gargalhei. — pô foi m*l pela tua blusa, se tu quiser te dou uma grana pra comprar outra.
—Não precisa, tenho muitas blusas. — encarei o céu que eu nem tinha percebido que estava fechado. — podemos ir? Acho que vai chover. — falei e segurei a mão dele.
Descemos até a entrada da casa e para minha felicidade, meu irmão não estava mais lá e também ninguém pareceu preocupado com o que via.
Aliás não tinha nada demais.
—Já tá chovendo né? — Isaque riu e saiu me puxando para a chuva.
—Ou calma ai. — eu falei e voltei para a cobertura.
—Ih qual foi?
—Tenho medo de chuva. — falei e ele começou a rir.
—Tá falando serião? — pergunta e eu concordo. — p***a, vamo esperar passar.
—Não, tá doido Isaque? Se meu irmão ver a gente aqui ele vai me encher o saco. — falei e ele revirou os olhos.
—Então bora pô, no três a gente corre. — ele falou e eu concordei segurando sua mão firme.
Ele contou até três e saimos correndo igual dois loucos varridos, eu com toda minha lerdeza acabei escorregando e lá ia de cara no chão.
—Correr pra quê né? Já estamos sujos e molhado. — disse me sentando vendo o Isaque me encarar. — que foi?
—Tu já beijou na chuva?
—Não é meio clichê. — respondi fazendo careta e ele riu.
—Só segue o roteiro garota, tu vai me beijar sim! — ele falou puxando meu corpo pra ele e agarrando minha boca.
Devagar ele colou os lábios no meus e junto com a chuva nossos lábios iam escorregando, sua respiração era quente e ofegante enquanto o vento frio soprava nosso rosto, ele puxou minha cintura colando no meu corpo no dele.
—Uau. — foi a única coisa que eu conseguir falar depois que desgrudamos nossas bocas.
—Ai papai, tu vai me matar ainda. — ele falou apoiando sua boca no meu pescoço.
—Assim quem vai morrer sou eu. — gargalhei. — vamos embora Isaque.
—Vamo, antes que tu passe m*l depois.
—Ui, tá preocupado comigo é?
—Não viaja garota, teu irmão que ia me encher o saco. — ele diz e eu reviro os olhos. Fomos o caminho todo conversando.
Quando chegamos eu fui direto para o quarto da Larissa e ele foi pro dele, também tinha dito que iria vim me fazer companhia para eu não ficar só.
Fui para o quarto indo direto para o banheiro, tirei a roupa molhada e pendurei o short para ele secar e a blusa no lixo.
Liguei o chuveiro na temperatura queimando e deixei a água escorrer em meu corpo, tirando toda friagem que eu havia pegado.
Fiquei não sei quanto tempo de baixo do chuveiro e só sair quando meus dedos enrrugaram. Me enrolei na toalha e fui para o quarto trocar de roupa.
Acabei optando pelo meu pijama de unicórnio, assim que vesti ele eu passei creme de pele por todo meu corpo.
Me deitei na cama e liguei meu notebook para assistir minha série favorita. Já estava na sétima temporada de pretty little liars.
Estava entertida assistindo o sexto episódio que nem tinha percebido que o Isaque tinha voltado com brigadeiro. Ele estava com uma calça de moletom, sem camisa.
Ai minha pressão, senhor!!