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2616 Palavras
Kethelyn Nonato Larissa acabou o café dela e subiu para o quarto e eu fiquei na sala, mexendo no meu celular até o i****a do Isaque chegar. —Porque tu não se despediu de mim ontem. — ele falou e eu revirei os olhos. —Não preciso nem responder né? —Claro que precisa, pô fiquei louquinho pra te beijar. —Então vai continuar. — digo me levantando para ir para o quarto com a Larissa mais ele me segurou. —p***a, vai ficar de cu doce? —Como assim? Então quer dizer que se eu não quero te beijar é cu doce? —Vai se f***r garota, tu e essa tua boca gostosa. Se liga, tem outras pra eu beijar. — gritou e eu gargalhei alto. —Então vai, vai lá meu amor. — digo caminhando para o quarto, onde fiquei até a Larissa terminar de se arrumar. Peguei minha bolsa com dinheiro e meu celular, desci junto com a garota, encontrando Isaque assistindo o jogo do flamengo no sofá, a única solução era esperar meu irmão junto com esse i****a. Meu celular começou a tocar dentro da bolsa chamando a atenção dos dois seres na sala. —Oi gatinha. — resmunguei —Amiga do céu, tô morrendo de saudades, minha vida sem você aqui tá chato. —Ô falsidade gente, quando eu estava ai você vivia reclamando de mim. — falei e gargalhei. —Bom saber que você não tá com saudades de mim. — ela fingiu um choro e eu sorrir mais ainda. —Ah Bia, você sabe que sempre foi meu ponto te paz ai né? Também tô com saudades, tô louca pra você começar a olhar o ap, inclusive vou procurar também. —É o que eu mais quero, não vejo a hora de acordar todo dia e olhar pra sua cara de b***a. —Eu já penso ao contrário, não quero acordar todos os dias e olhar para sua cara de b***a não. —Cínica do c*****o. — ela disse rindo. —E a dona Sheila, falou alguma coisa? —Faltou pouco ir atrás de você e nem é zueira, falando nisso tenho que voltar pro trabalho. Beijos, conversamos pelo w******p. —Beijos gatinha. —Larissa, vamos? A gente chama um Uber. — falei colocando meu celular na bolsa. — meu irmão não vai chegar tão cedo. —E é ai que você se engana, acabei de chegar. — meu irmão fala se jogando encima de mim. — de quantos tá o jogo? —Começou agora, tá zerado. — Isaque respondeu e ele se entertreu no jogo. É mole viu? —Igor? Então vamos querido? — chamei e ele revirou os olhos se levantando. Entramos no carro dele e começamos a descer o morro, indo em direção ao asfalto. Dentro do carro foi um silêncio confortável, só com o som do carro tocando baixo. Depois de uns vinte minutos dentro do carro vejo que o Igor parou em frente ao shopping. Eu desci do carro e guardei o meu celular na bolsa meu irmão tirou um bolo de dinheiro e me entregou. —Boas compras minha n**a. — mandou um beijo no ar e saiu sem nem esperar resposta. —Isso aqui dá uns três meses do meu salário, no mínimo. — eu falei e ela riu. —Bem vinda ao meu mundo gata! — Larissa diz animada e eu só nêgo guardando o dinheiro na bolsa e entrando no shopping. A primeira loja que fomos foi uma de móveis, o restante a gente poderia gastar tudo em roupas e outras coisas, se bem que é iria guardar tudo, para economizar no meu ap. —Bom dia meninas, posso ajudar? — um rapaz chegou e perguntou, ele me encarou de cima a baixo, e eu só sorrir. —Sim, pode sim. — Larissa disse tomando a frente e eu agradecendo por ser tímida demais. — estamos procurando móveis de quarto, poderíamos dar uma olhada? —Bem podem vim que irei mostrar para vocês. |√| Depois de ter comprado os moveis do quarto, fomos comprar roupas e calçados. Aproveitamos para almoça e comprei o carregado do meu nootbook também. Fomos embora de Uber, o motorista não sobe o morro e no fim, Lari e eu subimos à pé, cheias de sacolas. Assim que chegamos já escutamos os meninos brincando na parte de trás da casa. —Até que fim vocês chegaram, tamo' só esperando vocês e o restante do pessoal. — Igor disse com sorriso mais cínico no rosto. —Não tô afim, eu vou subir pra descansar um pouco. Espero que aproveitem. — digo e me viro para subir, passando pela Larissa. —Fica n**a depois a gente te deixa quieta. — meu irmão insistiu e eu revirei os olhos, pois sei que ele ia morrer insistindo. —Mesmo se eu quisesse, não trouxe biquíni! Por favor, eu ainda estou de ressaca. — virei novamente e encarei meu irmão. —Tem problema não, vou te tacar de roupa mermo. — Isaque se levantou da cadeira e veio para o meu lado. —Não Isaque, não faz isso, por favor. É sério não sei nadar, vou morrer afogada. — minto tentando correr mais já estava nos braços dele. — tô falando sério, me coloca no chão. —Tarde demais Keth. — ele disse e quando menos esperei já estava na piscina de roupa e tudo mais. —Gente essa é a minha irmã. — Igor diz me apresentando para os dois meninos que estavam lá. — cuidado que ela é bravinha. — continuou e todos riram. —E eu sou o Ph. — o garoto fala me olhando de cima a baixo. —Olá Ph. — digo saindo da piscina e me sentando na beira, juntos com eles. — e olá FL. — comprimento o namorado da Larissa, todos me olhou curioso mais não perguntaram nada. Tirei a blusa, e fiquei só de sutiã. Tinha um jogo acontecendo aqui e eu não iria ficar só perdendo. Agora ele que lute, Isaque já me olhou malicioso, e eu não tchum para ele. —Gata bora subir? Vou te emprestar um biquíni. — Larissa me chamou e eu fui até ela. Subimos para o quarto dela, eu vestir o biquíni que ela me me emprestou com, um short jeans meu, pois não queria entrar na água novamente, Lari desceu na frente, e eu fiquei atrás conversando com a Bia pelo WhatsApp Fiquei no quarto deitada, viajando nas coisas e nem tinha percebido que a porta tinha sido aberta. —Não vai descer mais não? Tá todo mundo te esperando. —Vou descer, mais não agora! Estou descansando um pouco. — digo e desvio meu olhar para o celular. —p***a, vai ficar na marra mesmo? Emburrou do nada. —Não aconteceu nada, mas eu não tô afim de me apegar em ninguém, tô melhor assim. Você não presta nem um pouco e eu não vou quebrar minha cara de novo, acho melhor você beijar as outras bocas que você disse e me deixar em paz, por favor! — falei saindo do quarto e indo direto para a piscina. —Keth, demorou ein? E tu viu meu irmão ai? —Não Lari, estava conversando com a Bia e não vi ele. Será que a água tá muito gelada? — digo pondo as pontas dos dedos, e logo sinto um impulso que me fez ir de cara para a piscina. —Me diz você. — ela fala rindo e eu reviro meus olhos rindo também. —Se quisesse me matar é só falar, mas fácil. — falo e todos riram. —Vem, deixa eu te ajudar. — Ph disse me puxando para a beira da piscina. —Obrigada, qual o seu nome? — perguntei na maior cara de p*u. —Pedrio Henrique. —Nome bonito, gostei. — falo e logo vejo cobra se sentando na mesa com meu irmão, alguém bateu na porta e eu fui abrir. —p***a, que gostosa ein? — um garoto fala assim que eu abrir a porta e eu reviro os olhos. —E o respeito? Tá longe né? Junto com o seu senso. — falei e as outras três meninas começaram a rir. —Foi m*l mana, PK bem me disse que tu era assim, eu só brinquei só. —Pode entrar, eles estão te esperando já. — digo dando passagem para eles que entraram e foram direto para a piscina. —Vem cá n**a, te apresentar o povo para você. — meu irmão me puxou assim que eu atrevessei a porta. —Eu sou a Laura irmã desse i****a aqui. — diz apontando para o Pedro. —E eu sou a Kethylen, mas podem me chamar de Keth. —O restante é a Carla, DG e Isabel. — fala e eu só sorrir em resposta. Eu aproveitei que estava todos distraídos entre si e sair, indo para o quarto da Larissa me jogando na cama. Sensação r**m de vazio. Tudo dentro de mim está oco, nem consigo sentir mas nada. Sou tirada dos meus pensamentos com meu telefone tocando. —Alô? —Oi, Keth? —Sim, eu mesma. Quem está falando? —Sou Erik, me desculpa te ligar assim sem mais e nem menos. —Erik? Não conheço nenhum. —O atendente da loja de hoje mais cedo. —Ah sim, agora eu lembro. — falei e escutei do outro lado ele rindo. — mas então, como conseguiu meu número? —Sua irmã me passou, espero não se importar. —Não, tá tudo bem. Não me importo, só fiquei um pouco surpresa. —Eu sei que já são três da tarde, mas queria te chamar pra sair comigo. Larguei meu serviço agora. —Ótimo!! Aceito. Estou mesmo precisando sair, podemos nos encontrar na praia da barra, perto do quiosque do seu José. —Sim por mim tudo bem. Te vejo daqui mais ou menos uma hora. —Tá bom, até daqui a pouco. Eu me levantei e fui para o banheiro tomar banho, tomei uma ducha e sair. Peguei uma calça jeans preta e uma blusa colada em meu corpo, assim que vesti a roupa calçei meu vans, soltei meu cabelo e passei um gloss na boca e por fim uma argola. Desci as escadas de fininho e abrir a porta devagar, aproveitando que estava todos ocupados para pode notar minha ausência por alguns minutinhos. Ia descendo o morro devagar, sentir o vento batendo em meu rosto e o misto de sensação e liberdade, agora eu sei porquê meu irmão ama esse lugar. Mesmo vendo que algumas pessoas me encarava com cara feia, eu não estava nem ai. Ver as crianças brincando na rua sem nenhuma preocupação deixava meu coração leve. Cheguei na barreira e quase pulei de alegria, queria muito ir para a praia, nesse horário era lindo. —Ih p***a, quem tu pensa que é pra tá saindo do meu morro assim? — um cara gordo e baixo gritou e eu virei me encarando ele. —Pensei que fosse do cobra, mais fica tranquilo viu? Dá próxima vez vou sair pelo o esgoto e na hora de entrar, vou pular de paraquedas. —Olha aqui tua p*****a, tu não manda em nada aqui, cê pode ter dormido com o Pk, com o Cobra, eu não me importo. — diz me pegando pelos braços. —Que isso tio buldogue é a irmã do Pk p***a, tá cheiradão? Solta ela. — ouço e logo estava esbulhada no chão. —Ih se liga ein? Dá próxima não vai ter nem chance de explicar. —Ótimo me faz esse favor. — sorrio provocativa e ele se virou saindo. — valeu Fl.— digo me levantando e arrumando minha roupa. —Não foi nada pô, tá bem? —Sim, obrigada de verdade. — agradeço e saio. Pedi um Uber e em quinze minutos eu já estava no quiosque e para minha surpresa o Erik já estava lá. —Que bom que tu chegou, achei que não vinha. — diz e eu gargalho. — ah e você está linda. —Obrigada. — sorrio e desvio do olhar dele. — tô com fome, vamos naquela lanchonete? —Por mim tudo bem. — ele diz e caminhamos para o local, conversando coisas bobas —Boa tarde, o que vão querer? — o garçom chegou. —Eu vou querer, uma porção de batata frita, um x-tudo e quero também um milk-shake de sabor chiclete. — falei sem olhar o cardápio, até porque eu sempre venho aqui com minha amiga. —Pra mim pode ser o mesmo que o dela, e pra beber pode ser coca-cola. — ele fala e o garçom acaba de anotar tudo e sai. —Você tem quantos anos? — ele diz segurando minha mão. —Estou com dezoito anos e você? — pergunto sentindo minhas bochechas queimarem. —Tenho vinte anos. — fala e solta minha mão, depois disso foi um silêncio constrangedor. —Aqui está seu pedido. — garçom apareceu algum tempo depois e me entregou o que tinhamos pedido. Depois que acabamos de comer, ficamos conversando coisas aleatórias e até que ele era legal, me distrair por um bom tempo. Estava tudo indo normal, até o telefone dele começa a tocar, encima da mesa. Lhe encarei e fiquei esperando alguma reação. —Não vai atender? Pode ser importante. —Vou, você pode esperar só um momento? — perguntou e eu concordo que sim, enquanto ele saiu da mesa e foi para o banheiro foi minha brecha. Me levantei e deixei o dinheiro do meu lanche em cima da mesa, atravessei a rua e comecei a caminhar na calçada até me afastar o bastante. Tirei meu tênis e segurei com uma mão, na hora que a areia entrou em contato com meus pés, meu alívio apareceu. Caminhei o suficiente pra não ser encontrada por ninguém, e no meu telefone já tinha várias ligações do meu irmão, Larissa e de Erik. Me sentei embaixo de um coqueiro e fiquei lá, passei a tarde inteira lá, e quando o sol se pôs, foi meu o recomeço, era tudo perfeito demais pra não acreditar que tudo podia se resolver. Fui embora assim que anoiteceu, quando estava no morro vi um praça e me sentei um pouquinho pra observar as crianças. Voltei a subir o morro e m*l cheguei em casa e já escutava a gritaria do lado de fora. —Kethelyn? Onde tu tava pô? Saiu sem avisar por que? Podia pelo menos ter me atendido quando eu liguei. —Desculpa eu não vi. — foi a única coisa que eu conseguir dizer. — agora o por que da gritaria? — perguntei e observei a Larissa chorando. —Por culpa do meu irmão, que fica me prendendo, poxa Keth, fala com ele que não tem nada demais em gostar de alguém. — ela pediu em prantos e eu fui consolar ela. —Eu não vou falar nada com ele sabe por que? Porque ele nunca amou alguém igual tu e o Felipe se ama. —Tu não sabe nada da minha vida garota, não se intromete no meio. —Pra você ser azedo assim é a única resposta, e dá licença que não tô falando com você. — respondi e ele me encarou surpreso. —Eu amo tanto ele, depois que Isaque entender que eu vou ficar com o Felipe, ele querendo ou não a cabeça dele vai explodir. —Então tá vacilona, se fode sozinha. — ele falou e ela me encarou perplexa. — não vou avisar de novo viu? Não vou cobrar boi de ninguém depois que quebrar a cara. — falou por fim e saiu da sala.
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