HENRIQUE MOURA NARRANDO
Luana está com aquele maldito biquíni branco, molhada, e anda até mim. Estamos sozinhos, será impossível resistir. Talvez eu dê vazão a esse sentimento louco de posse, talvez eu a faça minha, finalmente, e eu sei que ela quer. Ela desfaz o laço do pescoço e a parte de cima cai, mostrando seus seioss que tem mais ou menos o tamanho de minhas mãos. Eu estou sentado, ela veio até mim e se sentou no meu colo, com uma perna para cada lado do meu corpo. Apoia as mãos em meu peitoral coberto por uma camiseta branca, e me olha com desejo. Eu levo minha mão até seu pescoço e a puxo para perto de mim, empurrando minha boca contra a dela, em um beijo intenso. Minhas mãos passeiam por seu corpo levemente úmido, ela rebola, e eu estou a beira da loucura. Entrelaço meus dedos por seu cabelo loiro, enquanto a incentivo para que continue rebolando e assim me estimulando com o corpo. Minha calça está a ponto de explodir...
— Delegado! — Kelly gritou e eu acordei do cochilo. Massageei minhas têmporas em protesto ao grito. É melhor que Kelly não mande eu me levantar, porque infelizmente meus sonho com a Luana me causou uma ereção.
— Precisa de um grito desse? — Resmungo.
— Te chamei três vezes e você não veio. Quer que eu faça o que? Minha vontade foi de dar um tapa na sua cabeça, i*****l. — Kelly, Kelly... O que tem de gostosa, tem de louca.
— Diga do que precisa.
— Eles aceitaram a reabertura do caso dos Cupertino. Mas eu tenho algo a te falar. — Ela se sentou à mesa, mexeu em seu cabelo e arrumou o decote, como se quisesse se mostrar para mim. — Isso vai ser um grande problema.
— Por quê?
— Eu li seus apontamentos... Eu também acho que a morte deles foi política. — Ela disse em um sussurro.
Ela é esperta. Talvez a melhor investigadora daqui.
— É, isso pode ser um problema. Está preparada pra ver o mundo desmoronar, Kelly? — Ela sorriu de forma maliciosa.
— Sempre. — Piscou um dos olhos para mim.
Kelly está constantemente flertando comigo, apesar de agir como se me odiasse.
— Precisa de mais alguma coisa?
— Sim. Quando você vai encher a cara comigo, delegado Moura?
— Quando você não for mais minha chefe, talvez. — Pisquei um dos meus olhos e ela sorriu com malícia. Seria tão mais fácil se eu quisesse a Kelly, tão menos problemático... Eles colocariam cada um de nós em um departamento e é isso.
— Se mudar de ideia, você tem meu número.
Quando meu plantão acabou, fui para casa de Luana, que não consigo chamar de casa ainda. É difícil me acostumar com isso. Em um dia, eu frequentava tudo apenas como um amigo... E agora, eu cuido de tudo. Dá um p**a trabalho.
Meu telefone começou a tocar. Eu coloquei minhas coisas no sofá e vi o rosto de Luana na tela. Ela não me ligaria se não fosse algo importante.
— Alô? Aonde você está? — Meu estômago revirou de preocupação. Aonde essa garota está uma hora dessa?
— Henrique... Eu perdi minha carteira na festa de um amigo. As coisas saíram do controle e eu preferi ir embora, e eu não consigo chamar um táxi e... — Ela começou a chorar. — Que merda de dia!
— Me manda sua localização. — Pedi, já com o coração na garganta.
— Já mandei. — Ela estava chorosa. Quando vi o lugar, percebi que ela poderia estar em perigo. Não é um lugar legal para uma garota como ela estar.
— Fica no telefone comigo. Me fala sobre o que aconteceu. — Coloquei o telefone no prendedor que fica no vidro, liguei o carro e comecei a dirigir feito um louco.
— Eu estava na casa de uma amiga, então alguns amigos dela convidaram ela pra festa... Só que ela começou a beber muito, e sumiu. Eu fiquei com medo... Eu não gosto disso. — Suspirou. — Essa rua é horrorosa, mas eles queriam que eu ficasse, não me deixavam em paz! — Aquilo fez meu sangue subir.
Garotos. Malditos garotos.
— Tô chegando, linda. — Avisei.
Entrei na rua e comecei a procurar Luana. A avistei quase no final dela, e dei graças a Deus que ela estava bem.
Estacionei o carro em frente a ela, e ela logo entrou. Suspirou e encostou a cabeça na parte de trás do banco, com olhos fechados.
— Obrigada.
— De nada.
Eu a olhei discretamente. Estava com uma saia na metade da coxa e uma blusa branca bem colada e decotada. Nos pés, um tênis branco e seus cabelos estavam soltos.
Eu foquei meus olhos no caminho. Não era seguro olhar pra ela, cada dia que passa, fica pior.
— Como foi seu dia hoje? — Ela perguntou. Tenho certeza que estava tentando quebrar o clima constrangedor dentro do carro.
— Foi bom. Trabalhei bastante... Levei uma bronca da chefe por dormir no trabalho... — Contei meu pequeno incidente com Kelly para que ela desse risada, e consegui.
— Que responsável da sua parte. — Ela falou sorrindo. Eu tentava evitar olhar para ela, mesmo que estivéssemos em uma conversa agradável.
— Como foi o seu dia, Luana?
— Chato. Briguei com o Ruan, ele é meu ex-namorado e queria me beijar na festa. Eu odeio isso... Foi o real motivo de eu ter ficado tão brava. Fora o fato da minha amiga ter enchido a cara. — Ela respirou fundo e mexeu no próprio cabelo. — Eu odeio esse tipo de drama.
— Parece bem chato. — Foi a única frase que consegui formar. Ruan, então? Quero socar a cara desse muleque.
— É ainda mais chato quando a gente faz isso no intuito de provocar alguém, e essa pessoa não corresponde. — Ela me olhava de forma fixa. Eu estacionei o carro na frente da casa dela e tirei meu cinto.
— Queria que eu dissesse o que? Você é livre, Luana.
Queria que não fosse.
Queria que fosse minha, só minha.
Luana pulou do banco do passageiro no meu colo, colocando uma perna para cada lado do meu corpo. Isso fez sua saia subir e sua bundaa ficar completamente exposta.
— Henrique, por favor... — Ela deslizava as mãos por meu peitoral, e c*****o, ela estava tão perto.
Tão, tão perto.
E dessa vez, não era a p***a de um sonho. Ela estava ali, no meu colo, pronta para ser devorada.
— Luana, desce. — Falei, mesmo que meu corpo implorasse para ela ficar.
— Não.
Luana rebolou no meu colo, tal qual fez no sonho. Eu apoiei minhas mãos em suas coxas macias, as escorregando por sua pele até alcançar sua bundaa descoberta. Apertei as duas mãos ali e senti como se meu corpo não me obedecesse mais.
— Você tá me descontrolando, Luana. Desce dessa p***a de carro. — Falei, olhando em seus olhos. Em resposta, ganhei mais uma rebolada em meu colo.
— É exatamente o que eu quero. — Luana rebolava sem o menor pudor.
Ela aproximou o rosto do meu, e roçou os lábios. Eu estava e******o e louco, completamente louco. Mas eu não podia ceder. Se eu cedesse, se eu a beijasse, não tinha volta.
Subi as mãos para a cintura dela e, por mais que me doesse fazer isso, a tirei do meu colo e coloquei no banco do passageiro.
Eu desci do carro, e ela também. Ela sabe que eu a quero, mas mesmo assim ficou chateada. E com motivo.
Entrei em casa e ela veio logo atrás, batendo os pés com braveza. Subiu as escadas e foi para o quarto, e eu fiquei lá embaixo, duro pra c*****o e com vontade de invadir aquele quarto.