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1549 Palavras
Quando chego em casa o i****a entra logo atrás de mim e cumprimenta Elena que arrumava a mesa. Elena sem saber quem ele era e achando que era algum amigo meu, o trata tão bem e o convida a se juntar ao nosso jantar, mesmo eu tentando dar sinal para ela não o fazer, de seguida ele vai com meu pai para o escritório, óptimo, os dois problemas indo conversar. – quem é aquele gato?_ Lena se aproxima de mim assim que os homens saem. – o velho, desdentado, horroroso e sem escrúpulos para quem eu fui oferecida_ falo seguindo para meu quarto. – que? Aquele velho trabalha para ele? Não acredito_ ela me olha em choque_ ele não tem nada de velho, desdentado, horroroso... – mas tem tudo e um pouco mais de sem escrúpulos_ eu termino ao passo que deixo minha bolsa e sigo do quarto para a cozinha. – e eu convidei ele para jantar_ toma noção_ por que você não me impediu de o convidar?_ me olha indignada. – mas eu tentei te impedir, não viu meus gestos?_ falo óbvia. – eu achei que ele fosse um colega seu do trabalho e você queria muito que eu não falasse besteira_ dá de ombros. Eu dou um tapa em minha própria testa_ e por que você convidaria meu colega?_ pergunto óbvia. – estava só tentando ser legal, como eu ia adivinhar que aquele velho de ontem trabalharia para um cara tão jovem assim_ justifica_ já agora, quantos anos será que ele tem?_ me olha curiosa. – uma pergunta válida_ respondo pensativa enquanto me foco em ajudar a pelo menos terminar de cozinhar. – eu tenho 30_ a voz dele soa atrás de nós, fazendo ambas nos virarmos_ podia ter me perguntado durante o caminho que você preferiu fazer em silêncio_ ele declara olhando para mim, em resposta reviro os olhos e me foco novamente na comida. – você é jovem, porque está fazendo isso?_ minha irmã se pronuncia. – relaxa Elena, eu não farei nada com ninguém, sua irmã assinou o meu contrato e isso por enquanto é um empecilho para qualquer uma que seja a minha vontade, por enquanto, isso tudo vai depender da dedicação da baixinha_ a voz i****a do b***a atrás de mim, soa mais irritante que a umas horas atrás. – você já não teve o que queria? Por que não vai embora?_ pergunto sem me virar para o encarar. Ele começa a rir_ você vai comigo Gabiezinha. – o que?_ Elena e eu falamos juntas. – você me pertence, claro que eu vou levar você comigo_ fala óbvio. – se você a deixar aqui isso não irá mudar_ Lena argumenta. – eu sei, mas ela me será mais útil comigo, do que aqui_ dá de ombros. – deixa ela ficar, por favor, eu preciso dela_ Elena implora. – você vai poder visitar ela, e ela não será minha prisioneira, ela poderá te visitar também. – porquê você está destruindo nossa vida?_ eu pergunto. – ah qual é, vocês não viverão juntas para sempre, estou só adiantando o inevitável_ ele argumenta_ estou permitindo um último jantar, aproveitem_ me dá as costas_ vou até resolver uns assuntos e depois volto, podem se despedir_ ele segue até a porta e logo a abre. Eu e Elena nos olhamos e mesmo sem dizer nada sorrimos uma para a outra. Pra não ficar triste, eu peguei em um dos recipientes com comida e fui colocar na mesa. – e por que você quer falar com ela?_ oiço a voz do i****a na porta, mas não sei com quem ele falava, por isso vou até lá. – esse é um assunto particular nosso_ Jake fala. – o que está acontecendo aqui?_ olho para os dois homens. – que bom que você está aqui, eu queria falar com você, mas esse cara não estava deixando_ Jake responde olhando para mim. – o que você faz aqui Jake? Nós não temos nada para falar_ reclamo. – quem é ele?_ Lorenzo me encara. – você não estava indo dar uma volta?_ retruco_ na verdade nenhum de vocês deveria estar aqui, por favor, saiam_ peço pacientemente. – eu saio, só me dê 5 minutos, só isso Gabie_ Jake me olha em súplica. – ela não irá dar isso para você_ Lorenzo responde no meu lugar, fazendo eu e Jake olharmos para ele. – e quem é você para responder por ela? – o amor da vida dela, agora vá embora e nunca mais a procure, ou haverão sérios problemas_ fala ameaçadoramente. – vá embora Jake_ reforço no instante que o loiro me encara com incredulidade. – tá bom, eu vou, você quem perde_ ele me dá as costas e vai até seu carro. – se eu volto a ver esse garoto, com certeza meto uma bala no meio da testa dele_ o i****a fala focado no carro do loiro. O olho desacreditada_ você é doido? – não, mas sou muito possessivo_ ele me olha fixamente_ enfim, você tem péssimo gosto, ele nem é tão bonito assim, e pelo que captei de você, nem bom carácter ele é_ revira os olhos. – saí daqui_ aponto para a rua. – tá, eu tô indo_ revira os olhos caminhando até seu carro_ te pego em duas horas_ ele entra no carro e dá partida. Eu entro na casa e decido me focar inteiramente no jantar. ••• {4 horas depois.} O carro estacionou na frente de uma mansão, isso não me surpreendeu, bandido sempre tem uma mansão, principalmente se for o chefe da máfia, só me espanta que ele ainda não tenha sido preso acusado de crime organizado, ou assassinato, ou qualquer outra coisa, tipo, ele deve ter alguma evidência que faça com que o investiguem, principalmente por essa mansão, ela deveria ser motivo de questionamento entre as autoridades, não? – desça_ ele fala abrindo a porta do carro e descendo. Eu permaneço no carro e então o mesmo dá a volta e abre a porta do meu lado_ oh você é um cavalheiro? Não sabia_ pergunto com deboche. – anda logo_ ele revira os olhos, deixa a porta aberta e caminha em direção a mansão. Desço do carro, pego minha pequena mala de roupas e então vou atrás dele. Ele passa pelos guardas que ficaram quase como estátuas diante dele. – boa noite_ eu falo para eles que me respondem quase em sussurros. De seguida caminho até ele que me encarava próximo a escada, mas eu parecia uma camponesa indo pela primeira vez a cidade, fascinada pela beleza do interior da mansão. – vamos logo, eu quero dormir_ me apressa. – claro_ caminho o mais rápido que posso até ele e logo estamos subindo vários degraus até ao segundo andar. Imensas portas compunham o corredor, tinham obras de arte caras na parede e eu não duvidaria da legitimidade delas, tipo, eles são bandidos nem, quem os enganaria ou por que eles comprariam pirataria. – esse é o seu quarto_ ele abre uma porta quase no fim do corredor, bem ela é praticamente a última pois de seguida vem um lance de escadas. O quarto era duas vezes o tamanho do meu quarto antigo, tinha várias coisas luxuosas e a iluminação era bem melhor que a da minha casa inteirinha. – ei, espera aí_ falo quando o mesmo quer sair do quarto. – o que foi? Pensou que dormiria comigo?_ arqueia a sobrancelha e eu o olho indignada. – óbvio que não, eu nem quero dormir com você, qual o seu problema_ reclamo. – fala logo criatura, eu quero dormir_ me olha entediado. – você não se esqueceu de me dar instruções de sobrevivência? Estamos na casa de um mafioso, e se houver uma invasão de madrugada? E se alguém entrar aqui e tentar me matar? Você não acha que deveria me instruir?_ cruzo os braços. – apenas sobreviva até o amanhecer, eu estou cansado, é quase meia noite, você me fez demorar na sua casa_ reclama. – eu te fiz demorar? Você quem mora do outro lado do mundo, foram 3 horas para chegar na sua casa, o que me leva ao ponto de que eu tenho que trabalhar amanhã bem cedo, e como eu vou chegar no hospital a horas?_ arqueio a sobrancelha. – ah qual é, quer mesmo falar dessas coisas agora? Eu estou cansado, amanhã eu falo com você_ segue em direção a porta mas eu vou mais rápido e paro na sua frente. – não, você vai ter que me responder agora, e outra, o que eu devo fazer aqui? Por que me trouxe?_ o olho impaciente. – Gabriela_ ele me olha irritado_ se você tiver medo, é só subir essa escada e entrar no único quarto existente, eu estarei lá, se for trabalhar carro é o que não falta por aqui e o que você tem que fazer é simplesmente me obedecer, satisfeita? – não_ respondo calmamente. – f**a-se_ ele me tira do caminho e abre a porta_ durma e não saia por aí perambulando_ ele fecha a porta e simplesmente vai até sei lá onde, me deixando com cara de tacho no meio do quarto. – ah, que raiva desse metido a b***a_ reclamo levando minha mala para perto da cama e indo tomar um banho.
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