O som das solas dos sapatos de Donna ecoava na calçada, abafado pelo rugido distante do tráfego da cidade. Maxwell caminhava ao lado dela, com a postura ereta e o rosto ainda marcado pela tensão que carregava desde o hall do prédio no Bronx. Pararam em frente a um Audi preto discreto, impecavelmente limpo, como tudo nele. Ele abriu a porta do carona com um gesto automático, e Donna entrou sem dizer palavra. O carro se moveu com suavidade, cortando o trânsito até encontrar as vias que os levariam a Staten Island. O silêncio permaneceu nos primeiros minutos da viagem, denso, quase palpável, até Maxwell arriscar um suspiro mais longo, como quem desfaz um nó no peito. — Sinto muito — disse ele, sem tirar os olhos da estrada. — Por ninguém ter te informado sobre o imóvel em Staten Island. O

