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O ENCANTO DA SEREIA

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Sinopse

Yara, uma moça brasileira sai do Brasil para tentar a vida fria e cinzenta de Londres, lá começa a trabalhar em um bar barulhento, seus dias são longos e cansativos. Um dia enquanto atende mais uma dupla de clientes ingleses com seus ternos chiques e conversar sobre serviço, Harry, um dos clientes que está passando por um problema familiar se encanta com o sotaque da brasileira. Harry há observa a noite inteira e um plano arcaico, porém certeiro surge em sua cabeça. Daquele dia pra frente a vida de nenhum dos dois foi a mesma. A dele foi colorida por ela, e a dela, foi ganhando forma por ele.

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Capítulo 1. Discussões de família
A sala de reuniões da Bakserville Contábil estava silenciosa. As paredes de vidro refletiam o final da tarde cinzento, e o relógio sobre a porta marcava cada segundo com uma precisão irritante. Harry estava de pé à cabeceira da mesa longa, a postura rígida, as mãos apoiadas no tampo de madeira escura. À sua frente, Joseph Bakserville folheava um relatório como se precisasse de mais provas para confirmar o que já tinha decidido. — A empresa precisa de estabilidade, Harry — Joseph disse por fim, sem levantar o rosto. — E estabilidade começa pela família. Harry fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Ele já sabia que a conversa viraria aquilo. Sempre virava. — Pai… eu tenho trinta anos Estou pronto para assumir a empresa. Me preparei desde os quinze pra isso. — Sua voz estava firme, mas havia tensão em cada palavra. — O que a minha vida pessoal tem a ver com a capacidade de dirigir a Bakserville? Joseph bateu o relatório contra a mesa com força. O som ecoou nas paredes envidraçadas. — Tudo! — ele explodiu. — Um líder precisa ter estrutura. Precisa ter alguém ao lado, uma família, filhos… alguém que dê continuidade ao nome Bakserville! Eu tinha sua mãe quando assumi o lugar do seu avô, e isso fez de mim um homem completo. Você não tem nada disso! Harry se endireitou, a expressão endurecida. — Não vou me casar só porque o senhor acha que isso me torna mais competente. — Ele cerrou o maxilar. — Isso é antiquado, arcaico, controlador! A empresa precisa de visão, inovação. Não de tradições ultrapassadas que o senhor insiste em enfiar goela abaixo. O rosto de Joseph ficou vermelho, seu olhar se tornou afiado. — Enquanto eu for o presidente, ainda tenho voz. E minha voz diz que um Bakserville que não sabe construir um lar, não é digno de comandar um império financeiro. A frase caiu como uma sentença. Harry deu um passo à frente, encarando o pai sem desviar. — Então talvez seja hora de decidir se o senhor quer um gerente de família ou um CEO. Porque eu não vou colocar uma aliança no dedo só para satisfazer seu orgulho. Joseph respirou fundo, os olhos brilhando de frustração e algo quase parecido com medo. — Se você não crescer, Harry… não posso te entregar o que é seu por direito. O silêncio que se seguiu era tão denso que parecia preencher cada canto da sala. Harry apertou os dedos na mesa, tentando controlar a raiva que queimava em seu peito. — Eu já cresci, pai. O senhor é que ainda não percebeu. E então o relógio continuou marcando cada segundo… como se anunciasse o começo de uma guerra silenciosa entre pai e filho. A tensão na sala aumentou como se o ar ficasse mais pesado. Joseph deu a volta na mesa lentamente, o passo firme, controlado o tipo de andar que Harry sempre reconhecera como sinal de que o pai estava prestes a falar algo duro demais. — Você acha — começou Joseph, a voz baixa e carregada — que pode simplesmente assumir tudo assim? Sem construir nada fora dessas paredes? Harry estreitou os olhos. — Eu construí a Bakserville comigo mesmo durante anos, pai. Fiz o que o senhor pediu com eficiência e dedicação.Não é o suficiente? Joseph parou diante dele, tão perto que Harry conseguia sentir o cheiro de café forte que o pai tomava desde antes do nascer do sol. — Não é. — Joseph respondeu, seco. — Se você não tiver alguém ao seu lado até o final deste ano, alguém que represente estabilidade, parceria, respeito…, então eu colocarei outra pessoa como diretor. Jonathan é perfeitamente capaz. Harry deu um passo para trás, como se tivesse levado um soco invisível. — Jonathan? — Sua voz saiu com incredulidade. — O senhor colocaria o seu sobrinho… no meu lugar? — Se ele provar que é mais homem que você, sim! — Joseph rebateu imediatamente. A frase ressoou dentro de Harry como um trovão. Jonathan, o primo que passara metade da vida viajando e a outra metade evitando responsabilidades. A comparação queimava. — Isso é absurdo. — Harry esfregou o rosto, tentando controlar a explosão crescente. — Eu dediquei minha vida a esta empresa, pai. Não vou aceitar ser chantageado por conta de um casamento! Joseph deu uma risada curta, amarga. — Não se trata de casamento. Se trata de você provar que é capaz de se comprometer com algo que não seja trabalho. Deixar de viver como um garoto magoado que… — ele hesitou por um segundo, mas então continuou com crueldade deliberada: — que até hoje não superou a Olívia. Harry congelou. A sala inteira pareceu escurecer. — Não faça isso. — Ele falou quase sussurrando, mas havia perigo em sua voz. Joseph cruzou os braços. — Como não fazer? — perguntou, levantando o queixo. — Você a colocou num pedestal, Harry. A deixou destruir sua confiança, seu foco… e ainda age como se nada disso importasse! Desde que ela foi embora, você mergulhou no trabalho como um coitadinho tentando tapar um buraco que não consegue encarar. Os olhos de Harry brilharam de fúria. — A minha vida pessoal não é assunto seu. E muito menos do conselho.Ele respirou fundo, tentando não perder o controle. — Olívia me deixou faz quatro anos. Quatro anos, pai. Eu segui em frente. — Seguiu? — Joseph retrucou com um deboche que doeu mais do que gritaria. — Então por que nunca mais trouxe ninguém aqui? Por que não se relaciona seriamente com ninguém? Você acha que eu não vejo? Você é um homem preso ao passado, e homens presos ao passado não comandam empresas do futuro. Harry bateu a mão na mesa com tanta força que o som reverberou na sala de vidro. Seus olhos estavam marejados, mas de pura raiva. — O senhor não tem o direito de usar a minha dor como argumento. Joseph endureceu o semblante, mas havia um vestígio de arrependimento por trás do olhar pequeno demais para ser reconhecido como desculpa. — Eu tenho o direito de preservar esta empresa. — Ele disse, mais calmo. — Se você quer ser meu sucessor… prove. Apareça com alguém. Mostre maturidade. Caso contrário… Jonathan assume. Harry respirou fundo, devagar, sentindo o chão escorregar sob seus pés. — O senhor está me pedindo… para arrumar alguém por conveniência. — Ele disse, com um riso incrédulo. — Para montar um teatro. — Estou pedindo que você cresça. — Joseph corrigiu, firme. — E decida se quer lutar pelo que é seu. O silêncio se instalou de novo, mas desta vez não havia relógio capaz de preencher o espaço entre pai e filho. Era o tipo de silêncio que separa duas eras e que deixa claro que, a partir dali, nada mais seria igual.

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