***De volta a Narradora***
Alexia achando ser Ibrahim, mas não era apenas um rapaz procurando droga para comprar, olhei e ele m*l conseguia ficar em pé.
— Quelle frayeur (que susto)
— Savez-vous? (Conhece ele?)
— Ça doit être un de ces junkies qui viennent ici tous les soirs. (deve ser uma desses drogados que vem aqui todas as noites)
Catherine abaixa a cabeça para evitar que o rapaz veja seu rosto ao se aproximar delas, Alexia rapidamente o distrai mostrando onde estaria a droga.
— Só vou levar essa infeliz ali e já volto, abre aquela gaveta, tem heroína ali, fique a vontade.
Elas corriam pelas ruas escuras até um beco, onde alexia havia deixado sua moto, Catherine sentiu medo, mas subiu segurando firme, ela ia correndo muito, pois precisava voltar antes que Ibrahim retornasse.
Quando chegaram no aeroporto, Alexia entregou a passagem para Cuba, cidade de Varadero, Catherine desceu, pegou a mochila, dentro tinha alguns malotes de dinheiro.
— Estou lhe dando todo dinheiro que eu tinha, se precisar de proteção vá atrás da máfia em Varadero, eles são os únicos que poderão te ajudar.
— Mesmo sabendo dos seus motivos, eu te agradeço, Alexia por sua ajuda, adeus!
Após se despedir de Alexia, a jovem Catherine entrou correndo no aeroporto, pela passagem ela teria ainda quase 4 horas para fazer o checking, precisava se manter escondida, até que pudesse embarcar.
Mesmo com medo por estar indo para um país totalmente desconhecido, qualquer coisa era melhor que estar ali nas mãos de Ibrahim, que era uma bomba prestes a explodir. As horas pareciam não passar, por segurança preferiu se esconder no toalete, sem celular, não poderia se dar ao luxo de dormir mesmo que estivesse louca para isso.
Alexia passou a madrugada inteira fora de casa, quando retornou era dia, ao passar pela porta escutou Ibrahim possesso de raiva por descobrir que Catherine havia fugido, sobe sua mira o jovem que ela havia deixado em casa quando saiu.
Por sorte o rapaz estava drogado demais para se recordar de tê-las vistos, sem contar que Ibrahim já havia descontado nele toda sua fúria.
— Aquela desgraçada fugiu, porque não ficou em casa Alexia, onde esteve até agora?
— Eu fui numa boate nova, o dono quer fechar negócio com a gente para fornecermos as drogas, achei que fosse algo bom para a gangue, como ia saber que sua priminha iria fugir?
— Já mandei dois dos homens no aeroporto, não acredito que teria dinheiro para ir tão longe, mas não custa nada verificar, ao escutar isso Alexia se preocupa e se oferece para ir até lá, o que Ibrahim concorda na mesma hora.
Ela pega sua moto, olha no relógio e pela hora que estava na passagem entregue a Catherine ainda restava quase uma hora para seu embarque, precisava chegar lá e caso fosse preciso distrair os homens de Ibrahim.
De volta ao aeroporto, dois homens, estilo punk, andavam pelo saguão em busca da jovem de cabelos ruivos, mas não conseguiam encontrar nada, do toalete, Catherine escuta a chamada do voo para Cuba, ela olha sua passagem e respira aliviada.
— Dieu merci (Graças a Deus), está na hora.
Com muito cuidado ela abre a porta do toalete, de onde estava até o portão de embarque era quase 500 metros que ela pretendia fazer correndo, colocou a touca do moletom, assim que deu o primeiro passo alguém a agarrou pelo braço. Catherine se virou para puxar e viu ser Alexia, levou um susto, sem entender o motivo de estar ali, quando ela lhe avisa.
— Que faz aqui no banheiro, pelo amor de Deus.
— Estava me escondendo, por que voltou?
— Ibrahim mandou duas pessoas te procurar, eu ainda não os encontrei, mas imaginei que se esconderia aqui.
Elas começam a caminhar quando Alexia vê os dois membros da gangue parados na entrada do portão de embarque e avisa para Catherine.
— Olha eles ali.
— E agora?
— Vou distraí-los e você corre o máximo que puder, tudo bem?
— Está bem.
Então Alexia correu em direção aos homens de Ibrahim e quando eles a avistaram ela sinalizou para ele, dizendo ter visto Catherine no portão de entrada, eles correm acompanhando a mulher, enquanto isso a jovem que pretendia embarcar para uma nova vida, passa pelo portão de embarque dando a Deus a tudo que havia passo naquele país.
Aos saírem do aeroporto, Alexia começou a olhar para os lados, os homens corriam a procura da jovem e não encontraram nada, o que restava era voltar e dizer a Ibrahim que ali Catherine não havia passado. Assim que o grupo passou pela porta, Alexia contou que tinham procurado por todas as partes e nada.
— Eu irei encontrá-la, já fiz isso uma vez, faço de novo, só uma questão de tempo.
— Não tem outro lugar que ela poderia se esconder?
— Sem dinheiro? Não faço ideia, exceto caso tenha procurado ajuda em alguma delegacia.
No avião, durante a decolagem, a jovem Catherine olhava pela pequena janela e sinalizava dando um adeus a sua cidade que já não era o local que se sentia segura, cansada e sabendo que o voo duraria quase 12 horas, apesar das escalas que teria que fazer.
Ainda, sim, teria muito tempo para descansar e recuperar o sonho durante os dias que esteve sobe as ameaças de seu primo.
Por sorte Catherine falava o espanhol e inglês devido às escolas que frequentou, então para ela não seria assim tão difícil se comunicar nunca cidade desconhecida, durante o voo ela pode enfim começar a pensar no futuro apesar de todo trauma, estava exausta demais e depois da segunda escala acabou dormindo despertando somente quando pousou em Varadero, onde pegou um ónibus.
Catherine desce perto de alguns hotéis e pousadas, Varadero era uma cidade turística de Cuba que rodeada pelo mar, encantada pela cidade ela caminha a procura de um local para poder descansar até que chega numa pequena pousada.
— Buenos días, necesito alquilar una habitación. (É bom dia, preciso alugar um quarto)
— No eres de aquí? vino a dar un paseo? (A senhorita não é daqui? Veio a passeio?)
— No, estoy buscando trabajo (Não, eu estou em busca de trabalho)
— En ese caso estás en el lugar correcto, creo que algo lograrás en el “diamante del puerto” hacen muchos eventos y reciben gente de todo el mundo. (Nesse caso está no local certo, acredito que irá conseguir algo no “diamante do porto” eles fazem muitos eventos e recebem pessoas do mundo inteiro)
— Lo haré en la mañana, gracias señorita. (Farei isso pela manhã obrigada senhorita)
Como era noite, no momento só restava tomar um banho, comer algo e dormir, seja o que ela pretendia fazer teria que esperar o dia seguinte, então foi para o quarto onde, pode tomar um banho quente e tranquilo.
Depois pediu uma refeição que comeu como apreciando cada pedaço, em seguida desabou na cama e dormiu o dia inteiro, mas ali naquela cidade tão pacata era dominada pela máfia conhecida por “El Corvo” liderada pela família dos Romero.