Aconteceu?

3141 Palavras
À medida que as horas noturnas avançavam, a madrugada nublada parecia mais radiante. Os goles de cerveja começavam a embaralhar as mentes de nossos personagens. As músicas banhadas por 'Catch Side' tocavam ritmadas aos pingos de chuva que insistiam em cair no chão. O cheiro de terra molhada não era mais tão forte quando os feromônios dos jovens que ferviam naquele ambiente descontrolado. Os solos de guitarra eram tão acelerados quanto às batidas dos corações de Castanhari e Roberta, que haviam acabado de fazer 'você sabe o que', deixando o romance um pouco mais morte do que ontem. Os casais já formados estavam começando a combinar como seriam suas noites, afinal, já são mais velhos e bem estabelecidos. Já não havia mais aquela inconstância que os nossos protagonistas têm no momento. Por falar neles, os dois estavam inquietos, pois como vimos depois que observaram os antagonistas saírem do banheiro juntos, decidiram triplicar e bebida. "Vou beber um pouco mais e conversar com a Laura". — analisou Valentim. "Irei virar um pouco mais de vinho e prometo me soltar para Valentim". — avaliou Laura. Seus amigos notaram a elevação acelerada do álcool da dupla, mas nada podiam fazer, sabe? Eles são amigos e não os pais. Com o bom senso, cada um cuida da sua própria vida. A paixão que sentiam um pelo outro, ardia, queimava e fervia em silêncio, e pouco a pouco as chamas tomavam proporções dantescas e ameaçavam afastá-los. Isso aconteceu mais vezes do que podemos ver nestes capítulos. Tanto para Valentim, quanto para Laura, era extremamente difícil conviver com o ciúme diário, bem como suportar os papos sobre garotos e garotas que entravam e saíam de duas vidas. Castanhari e Renata eram um problema recente e recorrente em suas conversas. Logo, começaram a andar um pouco mais afastados e assim surgiram os dois grupos com Laura sempre andando com Fernanda, Lilian e Valentina, para fofocarem e fazerem tudo aquilo que as mulheres fazem. Enquanto Valentim ficava próximo de Bernardo, Felipe e Pedro, para falarem de futebol e conversarem sobre o que os homens fazem. Mas faltava algo a mais, me entende? Eram dois casais de namorados, uma dupla de irmãos que eventualmente estavam acompanhados ou não, Valentim e Laura, sempre segurando vela. Era bem nítido, mas nenhum dos dois queria admitir o quanto estava sofrendo. Vez ou outra, as meninas e os rapazes colocavam pilha, perguntavam como andavam as coisas, mas aquela chama parecia não querer acender nunca. Contudo, extremamente opostos à situação dos protagonistas, a vida tem que seguir, não é mesmo? É o que afirmaram os outros personagens. — E você e a Lilian? O que vão fazer? — questionou Bernardo. Felipe olhou admirado para os olhos brilhantes da Lilian. Ela estava um espetáculo, havia acabado de ser modelo para uma “make” e saiu direto para a festa de despedida de Laura. — Estamos pensando seriamente em nos casarmos, sabe? — respondeu Felipe, encabulado. — O que? Está falando sério? — questionou Pedro. — Sim, nós namoramos por muito tempo pela internet e nos conhecemos tão bem quanto qualquer casal normal, entende? Já havíamos nos decidido sobre isso à algum tempo, mas por favor, não contem a ninguém ok? O noivado será logo. — comentou Felipe. Pedro cuspiu a cerveja da boca. — Caraca! Não acredito, tem tão pouco tempo que conheço vocês. — Bernardo assustou-se. — QUE LEGAL CARA! — respondeu Valentim, maravilhado com a situação. — Mas é apenas eu que darei um passo a mais, certo? — expôs Felipe. Ele chegou a dar um tapinha nas costas de Pedro. — Como assim superman? — questionou Bernardo. — A mãe da Valentina conheceu um cara e quer se mudar para morar com ele, ter a sua própria i********e, eu não a julgo isso é importante, mas isso acabou nos aproximando mais. Então nos decidirmos que ela começará a dormir lá no meu apartamento. — comentou Pedro um tanto encabulado. Os amigos comemoraram. — Mas e você Bê? Como estão às coisas com... — essa pergunta sempre matava Bernardo do coração. Ele respira fundo, sente toda a tristeza de sua alma solitária, mas conclui com um sorriso largo. — Um dia ela volta, despedidas são tristes, mas nós não podemos manter pessoas presas como pássaros em nossas gaiolas, elas são livres, se for amor, ou melhor, se ainda existe amor, sei que ela retornara. — respondeu Bernardo. Valentim se sentiu sufocado por seus amigos íntimos estarem com suas vidas já bem resolvidas, tendo planos e atitudes com seus pares amorosos. Aquele sentimento amargo em sua alma não passa nunca. O grupo dos garotos anda animado, eles continuaram contando sobre alguns planos e metas, mas Valentim só queria saber mesmo era de virar mais latas de cerveja. Enquanto a banda tocava, almas eram tocadas e persuadidas. Estamos no Rio de Janeiro, sabe? O auge da libertinagem e das decepções amorosas. Todo mundo aqui busca alguma coisa em alguém que não é o seu par. O importante é se divertir no meio da bagunça da noite. É no meio disso que Castanhari e Renata voltam a se encarar como se comessem pelo olhar. Parece que uma única vez não era o suficiente para que conseguissem saciar o vazio sentimental que o amar deixa em suas vidas. Infelizmente, irão descobrir que não é assim que se resolvem os problemas do coração. Mas por hora, vamos até ao grupo das garotas, elas começaram a agitar. As garotas bem que tentam fazer com que Laura bebesse menos, mas ela não cessava. O único jeito que fazê-la dar uma diminuída, foi aumentar o assunto. — É sério que você e o Pedro vão morar juntos agora? — questionou Fernanda. As meninas arregalaram seus olhões. — É? E VOCÊ NEM ME CONTOU NADA! — exclamou Lilian. — Era segredo? Buda Baril! Perdão Val! — desculpou-se Fernanda. — Morar junto hem? Deve ser um grande avanço na relação... — desconversou Laura enquanto encarava Valentim, rindo e brincando com os meninos. — É claro que eu ia contar pra vocês, mas é que foi tudo tão rápido, sabe? Nós meio que queríamos, mas não tocávamos no assunto. Aí quando comentei sobre minha mãe sair de casa e as despesas dobrarem, a Taís disse pra eu morar de vez com o Pedro. — respondeu. As meninas voltaram a se maravilhar com a notícia. — Mas nós ainda não decidimos dia nem nada. — desconversou. — Um sonho isso, sabe? Parabéns mesmo Valentina. — Lilian lhe abraçou. — E vocês? Nada ainda? — brincou Fernanda. — Nós estamos indo com calma, dividimos a cama apenas pra ver filmes, às vezes a carne fala mais alto, mas ele me respeita, eu admiro muito isso nele. — respondeu Lilian. As garotas estranharam. — Mas eu perguntei pra Valentina ué? Pedro não gosta muito de algumas coisas, mas agora você nos deixou com muitas dúvidas! — exclamou Fernanda. — Ai Fê, é que eu e o Felipe, nós... Não... Valentina se assusta. — Você ainda é virgem? — perguntou. — Sim. — respondeu Lilian. Laura se engasgou com a cerveja. — Eu resolvi esperar meninas, me respeitem! — debochou Lilian. — Nossa, eu não podia imaginar algo assim. — comentou Laura. — Se você e a outra pessoa realmente se amam, o diálogo é tudo, sabe? Se fosse t*****r por t*****r, não seria nada de especial. Eu não quero algo assim na minha vida. — replicou Lilian. Aquele assunto certamente irritou Laura. Todas as suas amigas estavam com planos de vida, enquanto ela nem conseguia tocar no assunto com Valentim. Alguns minutos, respingos de chuva e latinhas de cerveja mais tarde, já não aguentando manter-se naquela situação, Laura decidiu que era hora de percorrer até o bar para afundar-se ainda mais na sarjeta. Valentim já havia visto que a hora estava avançada demais e sua amada já deveria ter ido embora, mas internamento desejava que ela ficasse mesmo sabendo que não faria nada. Ele também foi ao bar pegar outra latinha. Os dois se encararam, aquilo não foi planejado. Estavam um pouco arrasados, não podiam acreditar que deixariam uma chance dessas escapar por entre os seus dedos. Infelizmente, como bem disse, o orgulho era o carcereiro desta paixão. Laura não imploraria pelo amor do Valentim. Ela estava cansada de ser a amiga que assistia às suas conquistas e que morria de ciúmes de cada uma das garotas que ele levava para a cama. Valentim bem que queria pedir que ela fosse, mas amava a amiga e convenceu-se que o certo era ficar feliz por ela, observar e a rodear de amor enquanto rezava e presava por sua felicidade. Chegou ao momento da festa de despedida em que ambos estavam tristes e buscaram refugio na bebida. Várias pessoas já haviam ido embora. Menos o orgulho e a timidez da dupla. Mas é aqui que o deus do destino começa a agir novamente. — Estou com sono, vamos em bora quando? — questionou Fernanda Valentina encarou o relógio. — Nossa já vai dar quatro horas da manhã. — ela concluiu acenando para Pedro. Fez aquele típico sinal de "vamos embora". Pedro e os meninos foram até o grupo feminino. — Já querem ir? — questionou Felipe. — Tá tarde amor! — respondeu Lilian. — Hmmmmmmm 'tá tarde amor'. — brincou Bernardo. — Até parece, ninguém aqui irá fazer nada esta noite. — brincou Laura. Os corações de Laura e Valentim dispararam aquilo soava como uma implicância. — Você estão todos juntos? — questionou Laura. — É? — concluiu Valentim. — Sim, nós deixaremos vocês a sós, podem ficar tranquilos. — brincou Pedro. As meninas se despediram de Laura. Os meninos se despediram de Valentim. A dupla estava só, para fazer o que bem entender. — O que acham que eles vão fazer? — questionou Pedro abrindo o carro. — Se forem parados como nós, eles realmente não farão muita coisa. — respondeu Valentina. — Eu acho os dois muito saídos, não? — replicou Lilian. — Podem até ser, mas quando se trata um do outro, são uma negação. — triplicou Felipe. — Eu sou nova demais pra pensar nessas coisas, espero que façam com segurança. — brincou Fernanda. — Os homens da família não são bons com o romance, então eu não sei sobre o que estão falando. — brincou Bernardo. O sexteto lotou o carro e partiram ruma ás suas respectivas casas. Quem já não estava mais lá, eram Castanhari e Renata, que adivinhem só, saíram juntos, não? Infelizmente não. Pois Renata se engraçou em um Motel com um homem levemente acima do peso e casado, enquanto Castanhari tratou de ir para um quarto com uma mulher que havia acabado de noivar. O ciclo de corações vazios não parara de girar. Valentim e Laura fizeram o que sabiam de melhor. Beber, esperar e passar raiva. Em pouco tempo, a festa ficou fazia e a banda se retirou. O relógio começou a marcar quatro horas da manhã e a dupla não conseguiu pedir um Uber. Todos estavam cancelando a viagem. “d***a”. — pensou ele. “E agora”. — pensou ela. O celular de Valentim tocou. Era Castanhari. — Onde você está? — onde tu nunca foi moleque! — gritou. Valentim revirou os olhos. — Seguinte, as chaves do lugar estão na caixinha dos correios, fecha quando for embora, ok? Fica contigo e me dá outro dia. BEIJO DO GORDOO! — brincou. Valentim se irritou. “Cara irresponsável do desgraça”. — pensou Valentim. Reclamando e murmurando, ele caminhou até a caixa dos correios e pegou a chave. Mas foi nesse exato momento que um temporal caiu. Uma chuva torrencial sem precedentes e sem avisos desmoronou em sua frente. — Vem aqui pra baixo. — gritou Laura. Os dois se refugiaram debaixo da cobertura do bar. — O que o Castanhari queria? — Era pra pegar a chave, trancar o lugar e devolver pra ele depois. — Há tá. — disse ela. — Há bem. — disse ele. A chuva continuava a desmoronar do lado de fora. O Uber deixou de atender aos pedidos e os dois se viram ilhados na casa. — Pelo menos temos as chaves. — brincou Valentim. — Abre aí, deve estar melhor do que aqui fora. A dupla entrou um tanto tímida no lugar. Como bem mencionei, trata-se de um aluguem que o pai de Castanhari estava reformulando para cobrar mais depois, mas como a obra estava parada, ele usa como salão de festas às vezes. — Vou trancar, tá? — comentou Valentim, tímido. — Tá pô! — respondeu Laura, tímida. Eles estavam sozinhos e sentados no sofá da sala. O álcool começou a agir, refreando as suas inibições. A dupla até que tentou conversar sobre outros assuntos, mas um não parava de encarar e admirar a boca do outro. Em pouco tempo, Valentim, enfim, se afagou no rosto dela. Os seus dedos deslizaram sobre os lábios da amiga. Laura sorriu quando seus olhos se encontraram. Ela era a garota mais linda do mundo aos olhos de Valentim. Como ímãs, o casal de amigos foi aproximando-se e, os poucos centímetros que os separavam, ainda bem que logo deixaram de existir. Eles podiam ouvir os seus corações trepidar. As mãos tremiam e uma corrente de ar pairava sobre suas cabeças. O frio na barriga que sentiam quando estavam pertos, triplicou. Eles ofegavam e os olhos derramavam o universo de emoções que traziam em si. O beijo bem que foi tímido de início. Valentim e Laura trocaram selinhos, testando um ao outro. O medo que sentiam de se perderem, resistia ao efeito do álcool, mas o desejo que tinham um no outro era mais forte. As pontas dos dedos tocando-se sutilmente, tal como os lábios. Os movimentos pareciam ensaiados. As línguas já pareciam se conhecer de outros carnavais. Os carinhos e esfregadas de nariz um no outro, escancaravam a i********e que tinham. Os dedos deslizaram, entrelaçando suas mãos. Os corpos resvalaram. As respirações soavam como murmúrios. O desejo e o amor haviam finalmente se tocados. Os lábios de Valentim aprisionaram o lábio superior da Laura. Ela recolheu o lábio inferior, derrapando sobre a textura suave da boca do amigo. O calor espalhou-se onde seus corpos se tocavam. As línguas encontraram-se e as mãos soltaram-se, afoitas para atar-se aos seus corpos. Os seus pensamentos estavam desconexos. Paixão pulsava entre eles, recobrindo suas peles de suor. Eles fizeram né? É óbvio que não! Esse não é um conto Hot, então você pode apenas imaginar como aconteceu. O resto da madrugada passou num piscar de olhos e quando o dia amanheceu Laura perdeu vários minutos admirando o amigo dormindo enquanto se recordava da noite que tiveram juntos. Ela teria pensado que foi mais um dos muitos sonhos que sempre invadiam o seu sono, se não tivesse despertado em peças íntimas. Não, eles não haviam ultrapassado os beijos, o que a deixou frustrada em certa medida. Ter a sua primeira vez com o Valentim era tudo o queria, todavia não protestou ao argumento do amigo. — Quero você, mas quando acontecer quero que seja tudo sobre esse momento. Você bebeu demais, eu bebi o triplo, não quero estragar as coisas. O amigo não estava mentindo e ela sabia que era o melhor para ambos, assim não poderiam culpar o álcool pelo que viesse a ocorrer. A dupla de amigos concordou e retomou aos beijos e carícias. Ela adormeceu nos braços de Valentim, enquanto ele tracejava o seu rosto na ponta dos dedos enquanto lhe dava os tão sonhados selinhos. Incerta sobre como se comportar ou o que dizer quando o amigo acordasse, decidiu fingir que ainda dormia. Laura pegou a camisa de Valentim que estava jogada no chão, vestiu-se e deitou, abraçando-o. Ele instintivamente passou o braço em volta do seu corpo e deu-lhe um beijo nos cabelos. Laura ficou quieta, pensando que talvez o tivesse acordado, não percebeu que Valentim ainda dormia e permitiu-se acarinhar o torso do amigo. Ao abrir os olhos, a primeira coisa que Valentim foi uma linda mulher deitada com uma linda mulher. Seu cérebro não o poderia fazer esquecer-se das latinhas que havia bebido. “NUNCA MAIS EU VOU BEBER”. — praguejou em pensamentos por ter bebido tanto. Estava com uma ressaca infernal e não lembrava como tinha terminado no sofá abraçado a uma garota. Ele fechou os olhos e inspirou profundamente, lutando para resgatar qualquer resquício de memória, mas não adiantava, não fazia ideia de quem era à garota, tão pouco conseguia se lembrar-se ficaram no beijo se fizeram s**o. — Será que ela vai ficar chateada se eu perguntar? Valentim abriu os olhos e mirou a garota. Aquela cabeleira. O perfume que predominava em seu corpo. — NÃO PODE SER! Ele deslizou para longe da garota e levou os braços à cabeça, pressionando a têmpora, mas antes de volta a olhar a sua companhia, convenceu-se que era a ressaca pregando-lhe uma peça. O coração quase parou quando ela se mexeu e ele pode constatar de que era Laura deitada ao seu lado, vestindo a sua camisa. — SENHOOOOOOOOOOOOOOOOR. — exclamou. Ele usava só a boxer. Levantou depressa, recolheu as roupas da amiga e as dobrou sobre a cama. Não havia indícios de c*******a no quarto. “Não encontrei nenhuma embalagem aberta”. — pensou. Ele tomou uma ducha gelada para aliviar a ereção e pôr em ordem os pensamentos. “SERÁ QUE FIZEMOS SEM?” — imaginou. Após um tempo na ducha, ele reparou que não se lembra de cenas tão chocantes e impactantes como as que ele tanto sonhou, logo, concluiu que ficaram conversando depois que todos se foram, perderam a noção do tempo e Laura decidiu passar a noite, por isso trocou suas roupas pela camisa que ele vestia. Afinal, estava frio. Valentim nunca gostou de dormir vestido e eram amigos há tantos anos que deve ter se livrado da calça sem cerimônia. “É claro que foi isso que aconteceu, tínhamos mais álcool circulando em nosso sangue do que o corpo dava conta de processar”. — avaliou. — Porque afinal, se eu estivesse realmente raciocinando bem, saberia que dormir tão perto de Laura, sentindo todo o calor da sua pele e o seu aroma maravilhoso, não daria certo para nenhum de nós. — sussurrou para si mesmo. Do outro lado da porta do banheiro, a garota sentou-se de pernas cruzadas e ponderou sobre os últimos minutos. O amigo pulou para fora do tapete tão rápido quanto era possível. Ela prendeu a respiração assim que ele a afastou. Valentim não se demorou ao seu lado, não a olhou por longos minutos, como ela fizera, não lhe fez nenhum carinho, sequer a tocou. “O que será que aconteceu? Será que no fundo, ele não me amava mesmo?” — pensou.
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