Pré-visualização gratuita Capítulo 1
Dylan
Oito anos atrás
A vida é incrível pra c*****o. Dirijo meu Porsche, comprado com o dinheiro que ganhei trabalhando no negócio da família, pelas ruas de Chicago para buscar a Scarlett para o nosso encontro. Essa noite é uma noite especial.
Primeira noite do resto de nossas vidas.
Sorrio ao me lembrar do dia em que Scarlett Sanderson entrou na minha aula de inglês na Ashwood Prep no ano passado. Ela era quieta, modesta e não se impressionava nem um pouco comigo nem com ninguém. Isso irritava meus amigos, mas havia algo nela que me fazia querer saber o que a motivava. Não era só o fato de ser bonita, porque claramente não se esforçava tanto nessa área quanto as outras garotas. Seu longo cabelo loiro estava sempre preso em um r**o de cavalo ou trança. Ela não usava maquiagem, até onde eu sabia. Não tentava mudar o uniforme para destacar os p****s ou a b***a. Mesmo assim, era a garota mais bonita de lá. Pelo menos eu achava. Mas, mais do que isso, ela era independente.
— Você devia sair comigo — disse a ela, com uma confiança quase arrogante. Eu a seguia pelo corredor em direção ao seu armário.
Ela arqueou uma sobrancelha, desinteressada.
— Não consigo imaginar por quê.
Meus amigos riram baixo atrás de mim. Eu não gostava disso, mas também não era do tipo que desistia fácil.
— Sou Dylan Torello.
— Eu sei.
— Então saia comigo.
Ela parou, me encarando com aqueles olhos azuis profundos e cheios de cautela.
— Ou o quê? Vai me matar?
Então ela sabia quem eu era. Sabia de onde eu vinha. A maioria das garotas achava a reputação da minha família... intrigante. Algumas ficavam assustadas. Outras, fascinadas.
— Os negócios da minha família te incomodam?
Ela bufou e continuou andando até seu armário.
— Todas as empresas são corruptas, organizadas ou não.
Aquilo chamou minha atenção.
— Você acha mesmo?
— Eu sei. Todos eles mentem, trapaceiam, roubam, cometem fraudes e se aproveitam das pessoas. A única diferença é que os chamados "negócios legítimos" não matam tantas pessoas.
Eu ri, surpreso. Eu realmente gostava daquela garota.
— Então sai comigo.
Ela balançou a cabeça com um meio sorriso.
— Até agora, não encontrei nada de interessante em você.
— Sou Dylan Torello.
Ela parou de novo, como se tentasse entender por que eu insistia tanto
Ela para de novo.
— Você é rico?
— Sim.
— Poderoso?
— Claro. — Eu comandava a escola.
— É isso?
Meu sorriso arrogante vacilou. O que mais havia?
— Quer dizer, se você tirar o dinheiro e o poder da sua família, o que sobra? — O olhar dela atravessou minha fachada, como se enxergasse algo que nem eu queria ver. Senti-me exposto. Uma fraude. E não era uma sensação boa.
Qualquer outro no meu lugar teria mandado ela se f***r. Mas eu não. Porque, no fundo, queria que ela me visse. Que visse o verdadeiro Dylan, não o nome, nem o sobrenome, nem a pose. Só eu.
— Saia comigo e você verá.
Ela não aceitou o convite naquele momento. Mas uma semana depois, cedeu.
Estamos juntos desde então.
Ainda faltam alguns meses para a formatura do ensino médio. Depois, virá a faculdade. Mas, sinceramente, não tenho dúvidas: Scarlett e eu ficaremos juntos. Para sempre.
Lembro de uma vez ouvir meu pai comentando, preocupado, sobre a minha… obsessão por ela. Minha mãe, no entanto, o tranquilizou. Disse que era só uma fase. Que, na faculdade, eu “me encontraria”.
Como eles estão enganados.
Scarlett é o que me ancora. Ela é o que me revela. E pretendo deixar isso claro para ela hoje à noite.
Estaciono em frente à casa dela. Modesta. Pequena, mas com um jardim que ela mesma cuida. A única razão pela qual Scarlett estuda na Ashwood Prep é a bolsa de estudos. Um dia, quando ela for minha esposa, ela vai... viver no luxo. No conforto. Na segurança que o meu mundo pode oferecer — mesmo que às vezes seja um mundo sombrio.
Ela sai antes que eu chegue à porta. Seus pais não me toleram. Talvez tenham medo. Ou talvez só não confiem no tipo de poder que represento.
Abro a porta do carro para ela e a puxo para um beijo antes que entre.
— Está se sentindo melhor? — pergunto, lembrando que ela não parecia bem mais cedo.
— Sim. Acho que foi algo que comi. Já passou.
Ainda bem. Estava empolgado com essa noite, e teria sido um saco se ela cancelasse.
Levo a gente até um dos prédios do meu pai. Um dos altos, de vidro espelhado. O terraço tem vista para o Lago Michigan. Ainda está frio para a primavera, mas mandei instalar aquecedores e pendurei luzes em cada canto. Tudo para ela.
— O que você planejou? — pergunta enquanto o elevador sobe.
Dou um meio sorriso.
— É uma surpresa.
E ela sorri de volta. Aquele sorriso que me desmonta.
Mas hoje… hoje eu vou mostrá-la o quanto ela é minha.
Eu a puxo para os meus braços.
— Talvez nós dois possamos ficar satisfeitos. Meu p*u endurece só de pensar nisso, e tenho certeza de que vou deixá-la sentir. Começamos a t*****r há apenas um mês. Antes disso, havia beijos e carícias. Eu a dedilhava e ela esfregava meu p*u ou o chupava. Mas foi só no mês passado que consegui enfiar meu p*u dentro dela. Foi fantástico pra c*****o.
Suas bochechas coram.
— É só nisso que você pensa.
— Sou um adolescente tarado.
O elevador abre e saímos para o terraço. Combinei um jantar e privacidade neste paraíso no terraço.
— Dylan — ela sussurra, seus olhos azuis brilhando enquanto observa as luzes, as flores e a mesa posta para dois. — Você fez tudo isso? É tão lindo.
Eu me deleito com a visão dela. Ela parece tão importante para mim. Como respirar. Às vezes é assustador. — Só o melhor para você.
Depois que o jantar é servido, ficamos sozinhos e ninguém nos incomoda. É uma vantagem de ser filho de Maxim Torello. Ninguém ousaria incomodar ele ou sua família.
O jantar é repleto de risadas e conversas, às vezes sobre coisas profundas e às vezes sobre absolutamente nada. Quando terminamos de comer, eu a levo para uma espreguiçadeira dupla. Sentamos, aconchegados um no outro.
— Tenho uma coisa para você. — Meu coração está a mil por hora de tanto nervosismo. Normalmente não fico nervoso, mas estou quase tremendo.
— Ah? Não é meu aniversário.
Tiro o anel de safira azul do bolso. Ela me encara, confusa.
— Dylan? — suspira, a voz baixa, quase uma súplica.
— Sei que somos jovens, que ainda temos a faculdade e toda uma vida pela frente... Mas eu sei. Sempre estaremos juntos. E esse anel é uma promessa disso.
Os olhos dela brilham, e é como se por um instante o mundo ficasse em silêncio só para ouvir o coração dela batendo. Adoro quando ela me olha assim. Como se eu fosse um super-herói e o mundo todo estivesse seguro nos meus braços.
— Um anel de compromisso? — Concordo com a cabeça, firme.
— Você vai usar?
— Claro.
Pego a mão dela com cuidado e deslizo o anel no dedo.
— Nunca tire, tá? Você é minha agora.
Ela me dá aquele sorriso irônico, arqueia a sobrancelha e balança a cabeça do jeito que só ela sabe — o jeito que me diz que acha que estou sendo possessivo, talvez até um pouco antiquado.
— Eu sou eu mesma, Dylan...
— Você é minha. E eu sou seu.
Ela dá de ombros, mas não discute. Está em paz com isso. E eu a beijo, deixando que minhas mãos encontrem sua cintura e depois, lentamente, deslizem por baixo da saia do vestido dela.
— Dylan... estamos ao ar livre. Qualquer um pode ver.
Sempre me surpreendo quando ela fica modesta. Scarlett é tão direta, tão segura.
— Ninguém vai nos incomodar. Eu me certifiquei disso. Só Deus pode ver. E tenho certeza de que Ele não se importa. Afinal... foi Ele quem nos fez assim. Seres sexuais.
Ela ri, jogando a cabeça para trás.
— Você tem resposta pra tudo, né?
— Só quando se trata de você.
E então a puxo mais para perto, decidido a mostrar que, promessa ou não, ela já era minha muito antes daquele anel.
Abro o zíper do vestido dela.
— É romântico. Você gosta de romance, não é? Puxo o corpete do vestido dela para baixo e esfrego a palma da mão no mamilo coberto pelo sutiã. Está duro e eu quero chupá-lo.
Ela suspira e se acomoda em mim, entregando-se a mim.
— Sim.
Estou impaciente. Minhas mãos estão por toda parte. Nos p****s dela. Apertando a b***a dela. Dedilhando a b****a dela. Ela se vira, acariciando meu p*u, mas eu preciso t*****r com ela.
— Suba em cima, Scarlett. — Eu a puxo até ela ficar montada nas minhas coxas. Ainda não fizemos assim. Adoro a posição. Os p****s dela estão bem ali. Posso enterrar o rosto neles enquanto ela me cavalga.
Com as mãos nos meus ombros, ela se abaixa sobre mim. As sensações mais incríveis eletrificam meu p*u. Ela balança e começa a cavalgar lentamente. Eu coloco a língua para fora, lambendo e chupando seus m*****s.
— Mais — rosno enquanto a necessidade se acumula em minhas bolas. — Mais rápido, querida.
Minhas mãos agarram seus quadris e a incitam a continuar.
Ela está respirando com dificuldade. Sua cabeça está para trás, seus longos cabelos caindo em cascata ao redor dela como se ela fosse uma deusa. Seus p****s balançam na minha frente. É, a vida é incrível.
— Dylan… Eu… Ah…
Sua b****a aperta meu p*u com força.
— p***a, sim…
Meu orgasmo me percorre, meus quadris se contraindo sob ela enquanto o prazer irradia para cada célula do meu corpo.
Depois, deitamos sob as estrelas e conversamos sobre o nosso futuro. Meu pai insiste que Dons bem-sucedidos são inteligentes nos negócios e em entender as pessoas, então vou estudar administração e psicologia. Consigo enxergar minha vida com tanta clareza. Serei mais bem-sucedido que meu pai. Terei Scarlett como minha rainha. Sim, a vida é incrível.
Mais tarde, deixo Scarlett em casa. Ela me manda um beijo da janela do quarto e eu finalmente vou para casa. Na manhã seguinte, acordo tarde e vou para o café da manhã. Encontro meu pai na porta, minha mãe mexendo na gravata dele.
— O que está acontecendo? — pergunto. Meu pai não tem horário de trabalho habitual, mas sábado costuma ser o dia dele jogar golfe. Ele não joga golfe de terno Brioni, então deve estar acontecendo alguma coisa no ramo.
Ele olha para mim, com os lábios franzidos daquele jeito que me diz que está irritado comigo.
— Eu...
— Ele vai limpar a bagunça — minha mãe o interrompe, dando-lhe um tapinha no peito.
Franzo a testa, perguntando-me novamente o que está acontecendo e se tem a ver comigo. Se sim, por que minha mãe está intervindo? Meus pais podem ser uns babacas às vezes. Eles nunca se poupam quando se trata de mim.
Meu pai funga.
— Quero você com o Jacob hoje.
— Eu ia...
— Eu disse, com Jacob. — A voz do meu pai ecoa.
Puta merda. Mas eu concordo e m*l posso esperar para ser eu quem manda. Meu pai sai, e minha mãe me encara por um momento com a mesma decepção que meu pai sente.
— O que eu fiz?
— Nada. Vai se vestir.
Ela me deixa sozinho, e fico ali, perdido nos meus próprios pensamentos, tentando entender o que está acontecendo.
Dou de ombros e volto para o meu quarto. Tomo um banho demorado e visto um terno, me preparando mentalmente para trabalhar como carregador de malas hoje — o mesmo trabalho que Jacob faz. Parece um rebaixamento, sinceramente. Eu era o carregador de malas do meu pai desde os quatorze anos.
Nos últimos anos, estive mais envolvido com os negócios, aprendendo o básico ao lado dele.
Mando uma mensagem para Scarlett, avisando que estarei ocupado o dia todo. Que pena. Queria vê-la de novo.
Chego em casa naquela noite e tento ligar para ela. Nada. Nenhuma resposta. Penso em ir até sua casa, mas minha mãe insiste para que a família jante junta. Isso raramente acontece fora dos feriados. E hoje nem é feriado.
Acabo sentado à mesa com meus pais, meu irmão Henry e minha irmã Harper. Henry foi suspenso da escola de novo — o moleque tem um parafuso solto. Ele é impulsivo, meio selvagem... o que pode ser útil ou desastroso para os negócios da família.
Harper, por outro lado, está pressionando meu pai sobre seu lugar na empresa. Ela quer ser parte do império, mesmo sabendo que a máfia ainda carrega ideias arcaicas sobre o papel das mulheres.
Depois do jantar, minha mãe insiste que nós três — “as crianças” — passemos um tempo juntos. Reviramos os olhos, mas vamos para o home theater assistir a um filme.
Quando termina, já está tarde demais para ir até a casa da Scarlett. E ainda não tenho nenhuma resposta dela. Nenhuma mensagem. Nenhuma ligação.
Uma parte de mim está irritado, a outra, preocupado. Ela está brava comigo? Tento lembrar de qualquer coisa que eu possa ter feito para deixá-la chateada, mas tudo me parece perfeito. Na sexta-feira à noite, ela usava o anel. Estava linda. Se derretendo nos meus braços.
*****
No domingo, meu pai me coloca para trabalhar de novo. Tento escapar para ver Scarlett, mas Jacob me vigia como um falcão. Não tenho autonomia para mandá-lo se f***r — ainda. Então engulo a frustração e cumpro meu dever.
Na segunda-feira de manhã, estaciono meu Porsche em frente à casa de Scarlett, pronto para buscá-la.
Mas a casa está escura.
Silenciosa.
Estranha.
Bato na porta. Nenhuma resposta. Olho pela janela. O quarto dela está vazio. A cama feita, sem um travesseiro fora do lugar.
— Que p***a é essa? — murmuro para mim mesmo, o estômago se revirando.
Desço os degraus devagar, com uma sensação pesada no peito. Onde ela está? Onde está a família dela? Não há vizinhos por perto. Ninguém para perguntar.
Entro no carro e sigo para a escola, na esperança de encontrá-la lá. Preciso de respostas.
Assim que chego ao estacionamento da Ashwood Prep, meus olhos percorrem cada canto. Nenhum sinal de Scarlett.
Ela não está no corredor. Nem na sala de inglês.
Depois da aula, vou direto para o escritório.
— Sra. Michigan, a senhora viu a Scarlett? —
A secretária levanta os olhos do computador, franzindo a testa.
— Ela não te contou?
Sinto o chão desaparecer sob meus pés.
— Me contou o quê?
— A família dela se mudou.
— O quê? Mudou para onde? — pergunto, a voz saindo mais alta do que deveria.
— Inglaterra. O pai dela recebeu uma herança ou algo assim. Achei que ela tivesse te avisado. Sei que vocês eram... próximos.
— Não. Ela não me disse nada.
Ela pegou meu anel. Me olhou nos olhos. Disse que era minha. E foi embora.
Saio do escritório como um zumbi. Minha mente não consegue processar. Tudo que planejei. Tudo que acreditei.
Arruinado.
Fico emburrado por dias. Sem motivação. Sem rumo. As semanas passam, e continuo afundando até que meu pai explode:
— Você vai acabar morto se deixar uma mulher te transformar em um covarde, Dylan. — Ele aponta o dedo na minha cara. — Coloque a p***a da sua cabeça no lugar. Assim que fizer isso, tenho trabalho para você.
Levo mais um dia para admitir: ele está certo.
Scarlett me quebrou. Mas eu deixei.
Então engulo a dor. Enterro o sentimento. Me concentro nos negócios.
Quando entro na faculdade, já sou o braço direito do meu pai. Seu conselheiro. Seu herdeiro. Ao lado dele, aprendo tudo — as estratégias, as alianças, as mentiras.
Sigo seu exemplo. Me torno mais duro. Mais implacável.
Não há espaço para amor.
Não há espaço para inocência.
Superei essas ideias infantis.
Agora, só duas coisas importam: dinheiro e poder.