Mano, aquela noite tava um caos na minha cabeça. Eu pilotava a moto do Herus, toda amassada, voltando pro morro com o vento frio batendo na cara. O acidente ainda tava fresco na memória, o jeito que o Herus voou do asfalto, o sangue escorrendo, o barulho do carro batendo no matagal. Porra, ver o Cachorrão, o cara que manda no pedaço, largado no chão daquele jeito, mexeu comigo. Eu sabia que ele era brabo, mas ali, todo fodido, ele parecia só um mano qualquer, frágil pra c*****o. O Guilherme foi pro hospital, seguindo a ambulância, e eu tava levando a moto de volta pro morro pra avisar o Falcão. Meu coração tava apertado, não só pelo Herus, mas pelo que tava rolando com o Gui. Esse branquelo tá bagunçando meu peito, e eu não sei mais o que sinto. Cheguei no QG, o morro tava quieto, mas

